quinta-feira, 10 de maio de 2012

Jiddu Krishnamurti


O pensamento é tempo. Ele nasce da experiência e conhecimento, que são inseparáveis do tempo e do passado. O tempo é o inimigo psicológico do homem. Nossa ação é baseada no conhecimento e, portanto, o tempo, assim o homem é sempre um escravo do passado. O pensamento é sempre limitado e assim nós vivemos em constante conflito e luta. Não há evolução psicológica. Quando o homem se torna consciente do movimento de seus próprios pensamentos, ele verá a divisão entre o pensador e o pensamento, o observador e o observado, o experimentador e a experiência. Ele descobrirá que esta divisão é uma ilusão. Só então haverá observação pura, significando isso percepção sem qualquer sombra do passado ou do tempo. Este vislumbre atemporal traz uma mutação profunda e radical na mente.

(...)
A liberdade não é uma reação, nem tão pouco uma escolha. É pretensão do ser humano achar que, por ter escolha, ele é livre. A liberdade é pura observação sem direção, sem medo de punição e recompensa. A liberdade é sem nenhum motivo, a liberdade não está no fim da evolução humana, mas se encontra no primeiro passo da sua existência. Pela observação, a pessoa começa a descobrir a falta de liberdade. A liberdade é encontrada no estar atento, sem escolha, à nossa existência e atividades diárias.

(...)
O pensamento nasce da experiência e do conhecimento, que são inseparáveis do tempo e do passado. O tempo é o inimigo psicológico do ser humano. Nossa ação é baseada no conhecimento e, portanto, no tempo. Assim, o ser humano é sempre escravo do passado. O pensamento é sempre limitado e assim nós vivemos em conflito e luta constantes. Não há evolução psicológica.

(...)
Afinal de contas, que é mundanidade? Mundanidade, certamente, é estar satisfeito - estar satisfeito não somente com as coisas exteriores, com propriedade, riqueza, posição, poder, mas também com as coisas internas. A maioria de nós está satisfeita em um nível muito superficial. Obtemos satisfação em possuir coisas - um carro, uma casa, um jardim, um título. Possuir nos dá um extraordinário sentimento de gratificação. E quando estamos satisfeitos em possuir coisas, procuramos satisfação em um nível mais profundo; buscamos o que chamamos de verdade, Deus, a salvação. Mas ainda estamos movidos pela mesma compulsão - a exigência de sermos satisfeitos. Da mesma forma que você busca satisfação no sexo, em uma posição social, em ser dono das coisas, assim você também quer ser satisfeito por meios "espirituais".

Jiddu Krishnamurti

Sem comentários:

Enviar um comentário