os olhos,
desenhados no medo da voragem das entranhas vazias,...
o sonho,
omnipresente da partilha de alegrias,....
a fina obscuridade de um pão de dor, sem limites.....
a estranha ausência de Amor, sem o qual, não sobrevives,
olhos pedintes...
.
ninguém me cala,
.
ninguém impede este grito,
que dói e é tão aflito, que o grito não sai da fala,
sai da palavra, sai das mãos, sai da alma e em dor exala,
sem perfume, como um queixume,
.
ninguém me cala,
.
e, se o que tenho são palavras, e espinhos de rosas bravas,
p'ra dizer meu azedume,
que me queime todo o lume,
que incendeio nas palavras,
.
mesmo com boca queimada,
e com a voz torturada,
de onde não me sai a fala....
.
ninguém me cala...
.
a culpa é minha!! A culpa é nossa!! E é tão vergonhosa,
que não consigo pedir PERDÃO!!!
perdoa toda a Humanidade,
por viveres nesta ansiedade,
por não teres amor, nem pão....
ROSA MARTINS
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