domingo, 9 de abril de 2017
Fala-me de ti
"Fala-me de ti.
Mas não me fales do teu eu que está sempre ocupado ou sempre bem, nem aquele que mostras para o mundo. Podemos fazer isso, é claro, mas essa conversa é pequena e eu quero ser grande, eu quero ver o teu eu que é maior, quero saber do teu eu que tem desejos, paixões e questões, medos e batalhas.
Eu também tenho questões e lutas, medos, paixões e necessidades meu amigo.
Gostavas de saber o que vai no meu coração?
Fala-me de ti...
Viaja leve, meu caro.
A carga que carregas é, muitas vezes, pesada demais, e o peso que suportas não foi carregado por ninguém além de ti próprio. Faz um balanço daquilo que carregas. O que gostarias de não carregar mais na tua viagem?
Deixa ir, liberta o espaço.
Temos medo de mostrar os nossos corações, preocupados que seremos julgados.
Mas, meu amigo, quero que saibas: se mostrares o teu coração, até podes ser julgado, mas serás abençoado, pois ao partilhar o teu coração, ao ousares partilhar os teus segredos, crias a possibilidade de que mais de nós se possam despir, possam descartar as pesadas camadas de vergonha e estigma e levantar os seus rostos, prontos para sermos vistos e conhecidos por quem realmente somos, sem medos, sem máscaras.
Fala-me dos teus triunfos e derrotas; das tuas esperanças e sonhos, dos teus medos e anseios.
Fala-me de ti.
O que vai no teu coração?
Anseio por um mundo onde as palavras fluem autênticas e leves dos nossos corações.
Eu quero saber: fala-me das histórias que guardas, das palavras secretas do teu coração, das tuas esperanças, sonhos e medos, dos triunfos, perdas e amores que carregas.
Fala-me de ti e eu te direi tudo de mim..."
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