quarta-feira, 9 de julho de 2014

..........saber porque algo acontece connosco


"...Tendemos a acreditar, mesmo que inconscientemente, que se fizermos o bem, coisas más não vão acontecer connosco...."

Desistir da necessidade de saber por que algo acontece connosco irá definitivamente contar-se como um dos desafios pessoais mais rigorosos das nossas vidas. 
Tudo na natureza humana anseia por uma explicação para os eventos que ocorrem.
O nosso senso de razão é mais do que um atributo da mente; é um poder arquetípico que governa a nossa capacidade de fundamentar as nossas vidas e equilibrar as forças do caos no mundo.
O poder da razão conecta-nos com o Estado de direito e da justiça, direccionando o comportamento humano no ténue caminho do certo e errado.
Render-se da necessidade de saber "porquê" representa a libertação de todo um mapa arquetípico interior, da qual o ego depende nas suas estratégias de sobrevivência. 
Num mundo em que percebemos o espiritual, como sendo influenciado pelas polaridades de certo e errado, bem e mal.
Render-mo-nos vai contra todos os nossos instintos de protecção, fundamentadas como são na necessidade de segurança pessoal.
O medo inconsciente é de que ao render-mo-nos iremos libertar as forças do mal nas nossas vidas, sem as regras das forças do bem para combatê-las.
Tendemos a acreditar, mesmo que inconscientemente, que se fizermos o bem, coisas más não vão acontecer connosco.
Não só acreditamos neste princípio, como honra-mo-lo e vivemos por este.
No entanto, a cura exige abandonar a necessidade de uma explicação. 
Por exemplo, porque experimentamos uma traição brutal, ou porque devemos assumir o desafio árduo de curar uma doença ou ajudar um ente querido que está doente. 
Compreensivelmente, todos perguntam:
Como é que é suposto libertar-me desta necessidade de explicações razoáveis?”

~Caroline Myss

Sem comentários:

Enviar um comentário