segunda-feira, 7 de julho de 2014

Maléfica

                       

"Vi o filme "Maléfica" e adorei.

Uma bela e ingénua jovem com atordoantes asas negras, Maléfica, leva uma vida idílica, crescendo num pacífico reino numa floresta, até que o dia em que um exército invasor de humanos ameaça a harmonia da região.
Maléfica surge como a mais feroz protectora da região, mas acaba sendo vítima de uma impiedosa traição — um acontecimento que começa a transformar seu coração outrora repleto de pureza em pedra.
Determinada a se vingar, Maléfica enfrenta uma batalha épica contra o rei dos humanos e, como consequência, amaldiçoa sua filha recém-nascida, Aurora.
Conforme a menina cresce, Maléfica percebe que Aurora é a peça essencial para estabelecer a paz no reino — e para a verdadeira felicidade de Maléfica também.

Pela primeira vez vi no cinema, a história inverte-se e está do lado das mulheres...assinalando o facto de que, quando Aurora nasceu, toda a gente na corte começou aos gritos de contentamento a dizer: "é menina! é uma menina, é uma menina" - ao contrario da tradição patriarcal que só festeja quando é menino! 

E depois vemos ao longo do filme, a Mulher má, que apenas foi ferida pela traição do homem que amava, e que em busca de poder, a trai e lhe corta as asas.
Também vemos como a sua Sombra se torna na verdadeira fada protectora e amante da menina - ao ponto de já não ser o beijo de amor que o principie lhe deu que não a acordou, mas depois o beijo de amor puro que a Fada Maléfica lhe deu de despedida, e que era o amor da MULHER integrada...e as duas mulheres unem-se, para se tornaram numa só, ao reunirem os reinos opostos - do bem e do mal…- o da fantasia e o da realidade…etc.

Vale pela magia, e pela sensação nova de ver triunfar o amor entre as mulheres; 
Sente-se no amor da mãe – a mulher mais velha - pela filha ou pela afilhada neste caso...como uma forma de amor genuíno, e pela primeira vez a "madrasta" ou a fada má, neste caso, revela o outro lado desta dicotomia... em que, todos os filmes de fadas e bruxas, estas são sempre representada em mulheres antagónicas, rivais, que se odeiam e que nunca são amorosas, como neste caso...

Como é evidente, a menina conquista pela sua verdade e sinceridade o amor da mulher ferida...que a odiava…por ser a filha do Rei - o homem cobarde que usou da sua confiança, e a traiu e cortou as suas asas…para aceder ao Poder.

História centrada em mulheres, focadas nas relações entre elas, fugindo de finais felizes, e dispensando a presença de príncipes salvadores.
Gostei muito do filme!"

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