segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Superar A Necessidade Neurótica De Tentar Mudar Os Outros




Uma regra de ouro importantíssima 
para construir relações saudáveis 
é superar a necessidade neurótica 
de mudar os outros.  
Saiba que ninguém muda ninguém. 
Temos o poder de piorar os outros 
e não de mudá-los.  



Mas é quase incrível que usamos uma série de estratégias erradas para mudar as pessoas e as pioramos.
Por exemplo, elevamos o tom de voz. Quem eleva o tom de voz arquiva janelas traumáticas nas pessoas que ama.
Outro exemplo é criticar excessivamente.  Quem o faz asfixia a liberdade e a criatividade das pessoas que estão ao seu redor.
Outra atitude inadequada é passar sermões. O pai abre a boca e o filho sabe tudo que vem pela frente.

Essas estratégias reforçam a necessidade neurótica de mudar os outros e, consequentemente, contrai e leveza e a profundidade das relações interpessoais.
Por favor, reitero: “Ninguém muda ninguém.Temos o poder de piorar os outros e não de mudá-los”. Nós podemos contribuir para que eles mesmos se mudem. 
Lembrem-se:  Ser Simpático, Carismático e Empático.
Essas regras de ouro estimulam as pessoas a elas mesmas a se mudarem.
Portanto, faça essa técnica de gestão da emoção para você construir relações encantadoras no ambiente em que está.

O medo de reconhecer erros é, acima de tudo,  o medo de se assumir como Ser Humano com suas imperfeições, fragilidades e incoerências. Formamos a nossa personalidade numa sociedade superficial  que esconde a nossa humanidade e sobrevaloriza o nosso endeusamento.

Por vivermos numa sociedade que valoriza os super-heróis, negamos consciente ou inconscientemente a nossa humanidade. Temos medo de assumir que somos mortais, falíveis, demasiadamente imperfeitos. Não há sábios que não tenham loucuras. Gostamos de ver as chagas dos outros, não as nossas. Os noticiários televisivos expõem as falhas alheias e cativam os nossos olhos enquanto ficamos na sala silenciosa, escondidos de nós mesmos nas nossas poltronas.

O ser humano é de um lirismo ácido. A energia gasta pela necessidade neurótica de ser perfeito é caríssima, esmaga o prazer de viver.

Quando alguém nos aponta um erro, mudamos de cor e trocamos de humor.  Quando alguém revela alguma atitude estúpida, ficamos indignados.  Nada tão absurdo! Nada tão imaturo!

Nas relações desiguais, o vírus do orgulho contagia em fracções de segundo, o cérebro daquele que se considera superior, levando-o a silenciar a voz do que está em posição inferior.  
Quem usa a relação de poder para impor as suas ideias não é digno do poder em que está investido.



Augusto Cury
in, O Código da Inteligência


Sem comentários:

Enviar um comentário