terça-feira, 16 de agosto de 2016

Crueldade Olímpica: Saiba o que há por trás das provas de hipismo

Recentemente, o Comité Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 anunciou uma parceria com a ONG de proteção animal World Animal Protection, para garantir a segurança dos animais da cidade durante a realização do mega evento.
Mas nada se falou a respeito dos animais que serão directamente explorados nas competições.

O hipismo é o maior exemplo de violação dos direitos animais em nome do “desporto”, contando com três modalidades de exploração contra cavalos.

A ONG Holocausto Animal reuniu informações que revelam a tortura por trás da prática, denunciando os abusos que serão aplaudidos e financiados por milhões de espectadores. 

"Nas olimpíadas são disputadas três modalidades de hipismo:
salto, adestramento e concurso completo de equitação (CCE).
Saibam a verdade sobre estas modalidades:

Instrumentos de Tortura

Nas provas de salto, adestramento e CCE são utilizados instrumentos que causam dor aos cavalos – tais como freios, bridões, chicotes e esporas.



Segundo estudos realizados pela Nevzorov Haute Ecole, um forte puxão no freio produz uma pressão de 300 kg / cm², enquanto que uma pressão suave produz entre 50 e 100 kg / cm² [1].

Os cavalos que são feridos pelo freio ou bridão abrem a boca, fazendo gestos constantes de desconforto, mas quando eles mostram sintomas de dor são geralmente silenciados com um movimento mais apertado que fecha suas bocas, silenciando sua dor e sua maneira de se expressarem.

A baba branca e grossa que sai da boca do cavalo ao usar o freio ou bridão se deve ao fato de que há ressecamento na garganta do cavalo e indica que as glândulas parótidas estão lesadas [2].

O freio atua sobre o diastema, o espaço sem dentes das gengivas em vertebrados, pois é no diastema que está localizada a parte mais sensível do nervo trigêmeo, e nessa área não há uma camada submucosa que o possa proteger dos impactos da pressão do ferro.

Especialistas já apontaram que o freio é a causa de mais de 40 doenças e de 100 comportamentos negativos em cavalos [3].



Usando um chicote, mesmo sem uma grande força, se causa grande dor ao cavalo. Por causa da pigmentação da pele e do pelo, os hematomas causados pelos chicotes são invisíveis ao olho nu, no entanto, eles existem e já foram comprovados por necropsias realizadas em cavalos [4].

Uma pesquisa demonstrou que cavalos têm a epiderme mais fina e com mais terminações nervosas do que humanos, sendo assim, eles são mais sensíveis à dor do que humanos [5].



As esporas são objectos pontiagudos ou não, acoplados às botas dos competidores, servindo para golpear o animal no baixo-ventre. Mesmo sem pontas, as esporas causam dor e podem causar lesões.



Lesões

Durante os treinos e nas competições, cavalos de todas as idades podem sofrer lesões musculoesqueléticas dolorosas, como ligamentos e tendões rompidos, articulações deslocadas e até mesmo ossos fracturados. Nas provas de adestramento, devido ao facto de o cavalo ter que ficar com o pescoço muito curvado, pode haver necrose nos músculos do pescoço.

O esforço que o cavalo tem que fazer em competições pode causar hemorragia pulmonar [6], úlcera [7] e ataque cardíaco [8] [9]."



Referências

[1] NEVZOROV, Alexander. The horse crucified and risen. Nevzorov Haute Ecole, 2011, p. 344.

[2] Ibid., p. 11.

[3] Texas Horse Talk Magazine, Vol. 15, No. 12, December 2009, p. 44.

[4] NEVZOROV, Alexander. op. cit., p. 352.

[5] TONG, Lydia. Using science to answer the question: Does Whipping Hurt Horses? Report from Australian Broadcast Corporation, March 2015, p. 1 e 2.

[6] GEOR, Ray. EIPH: Exercise-Induced Pulmonary Hemorrhage. The Horse, 2001.

[7] BELL, R. J. W. et al. The prevalence of gastric ulceration in racehorses in New Zealand. Zealand Veterinary Journal, v. 55, n. 1, p. 13-18, 2007.

[8] IndiaTV. Horse dies of heart-attack during Polo Match! 17 de janeiro de 2013.

[9] PETA UK. The Death of Prince Harry’s Polo Pony Is Not an Isolated Incident. Maio de 2013



Não financiem a crueldade! 
Não assistam a  competições de hipismo, ou de quaisquer outras provas que utilizem animais, nem nas olimpíadas, nem em outros eventos!

Os cavalos são animais que devem andar livres e soltos...é essa a sua natureza!!!

O que importa é o que o corpo e o espírito do cavalo sentem. 
Quando há qualquer tipo de “disciplina”, “doma”, “quebra” e “castigo”, o cavalo sofre sempre. 
A única forma de ele não sofrer é não ser montado nem arreado. 
E, não há desporto sem ser montado nem arreado.

Só existe um tipo de pessoa boa para os cavalos: a que não os monta. 
A que cuida deles e os deixa viver à sua maneira, a fazerem o que gostam.
Quem não coloca freio nem cabresto, não coloca sela, não usa esporas, não usa chicote, quem controla o animal apenas a comunicar-se com ele, sem qualquer meio repressivo e doloroso.


PORQUE OS CAVALOS NÃO DEVEM SER MONTADOS
Os cavalos não devem ser montados porque as carnes ficam inflamadas. 
A Lydia Nevzorov é fisiologista. Ela faz os exames de termografia computadorizada nos cavalos, e, pelas imagens coloridas, detecta cada área do corpo inflamada e grau dessa inflamação.
Este exame é muito caro.
Só os “cavalos dos ricos” são examinados para a detecção das áreas de inflamação.
E são examinados apenas quando começam os fracassos nas competições, quando eles não têm mais forças psicológicas para obedecer, apesar da dor das puxadas das rédeas na face e boca, ou das chicotadas e esporadas.
Quando, apesar de toda essa dor, ainda assim o animal não obedece mais, se o “dono” for rico, então fazem o exame termográfico computadorizado.
E o que Lydia Nevzorova encontra é um corpo inflamado da boca às patas, quando não ao ânus (no caso de choques eléctricos).

 As fotos são impressionantes.



Na foto de um cavalo sem inflamação alguma, a de um não usado para montar, a imagem do corpo todo aparece em azul, sem manchas luminosas.

Os animais montados e lesados nas patas, nos tendões, na nuca, no dorso, nos flancos, aparecem com as lesões de todas as cores, evidenciando as lesões invisíveis ao olho nu.
E esses ferimentos internos estão ali todos os dias em que são montados. Todos os dias. 
Mas, cego pela prática, pelo prazer e satisfação pessoal, o equitador nada vê ou faz que não vê e não sabe. 
É um tormento ter o corpo todo inflamado.
E mesmo assim, ser usado todos os dias para dar aos seres humanos prazeres, que só existem à custa dessa dor.



Tudo isto sempre foi guardado em segredo, a sete chaves, para que ninguém pudesse abrir os olhos e ver o que está a fazer, quando monta um cavalo.
Não está só a montar o animal.
Está, literalmente, a levá-lo para mais uma sessão de tortura.



Sem comentários:

Enviar um comentário