Me falaram do perigo do dragão
o homem não
consegue se livrar da castidade
da religião
da lei imposta da moralidade.
Dentro de mim mora o dragão
da natureza
espontâneo e suficiente
e por mais que me obriguem a Fugir
não há nada que me tente
tanto.
Tem o caráter do fogo
o nervo, o temperamento
do proibido
e rompe a linha do extremo
além do sentido.
Dança o movimerito sublime
ultrapassa o cerco
o limite, o crime, o desatino
além da nossa dualidade
na dimensão perigosa
de onde se extrai o destino.
Tudo está contido em tudo, cada coisa
se transforma em outra
contínuo o fio da ação
cada um carrega em si o seu oposto
a vida é o germe da destruição.
BRUNA LOMBARDI
in, O Perigo do Dragão
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