domingo, 7 de agosto de 2016

Golfinho




CARACTERISTICAS

Os golfinhos ou delfins são animais cetáceos pertencentes à família Delphinidae.
São perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático, sendo que existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentro de água salgada e água doce. 
A espécie mais comum é a Delphinus delphis.

Os golfinhos não dormem como nós, eles são capazes de "desligar" uma parte do cérebro por minutos numa determinada altura ao longo do dia. Muito raramente "desligam" o cérebro completamente.
Isto é necessário porque os golfinhos necessitam de respirar ar pelo menos uma vez em cada 8 minutos. 

As únicas coisas que um golfinho faz é comer grandes quantidades de peixe e brincar.
Falante, amistoso, carinhoso com seus congéneres e voraz contra os seus inimigos, o golfinho já foi definido, certas vezes, como o primo ideal para o homem.

Gentil com as crianças e forte o suficiente para derrotar tubarões, ele tem atributos que o aproximam daquilo que os humanos sonham para si próprios.

Quase todas as espécies foram alguma vez observadas a “saltar”.
Os cetáceos mais pequenos podem dar saltos muito elevados e é frequente darem saltos mortais, contorcerem-se e voltearem antes de entrarem de novo na água.
O salto continua um mistério: pode ser uma manifestação de cortejamento, uma forma de comunicação por sinais, uma forma de atrair um cardume de peixes ou de desafio, ou ser simplesmente uma brincadeira.
Na realidade, tem provavelmente várias funções.

São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades.

Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas.

Podem viver de 20 a 35 anos e dão à luz um filhote de cada vez.
Vivem em grupos, grupos só de fêmeas e machos adolescentes, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.

Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, excepto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam directamente ligados às actividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução.
Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biossonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.

Os predadores dos golfinhos são os cachalotes, os grandes tubarões e principalmente o homem.
Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os caçam, ocasião em que ocorre uma protocooperação. O golfinho encontra o cardume e os pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se alimentarem para depois puxarem as redes. Desse modo, ambas as espécies se beneficiam do alimento. Porém, muitas vezes, os golfinhos acabam se enroscando nas redes, podendo morrer.

Em muitos locais do mundo os golfinhos são pescados, sendo o Japão um dos principais países onde esta prática se mantém, embora os animais "pescados" neste país sejam muitas vezes vendidos para outros países, principalmente China e Estados Unidos.

O principal motivo desta pesca é para alimentação, como um substituído para a carne de baleia, quando estas começaram a se tornar raras. Porém muitos golfinhos e orcas também são capturados para se tornarem "atracções" em parques aquáticos, sendo que muitas pescas são organizadas para este fim. Muitos não se adaptam à vida em cativeiro e acabam por adoecer ou mesmo morrer, além de que a maioria dos parques marinhos não tem condições de suprir todas as necessidades destes animais.



Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixe.
Muitos deles caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes.
Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham esses cardumes e por vezes parecem saber onde interceptá-los, provavelmente conseguem estas informações pela excreções químicas dos peixes, presentes na urina e nas fezes.

O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta frequência ou ultrassónicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de cliques ou estalidos.
Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos.
Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A frequência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.

Quando o som atinge um objecto ou presa, parte é reflectida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.

Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objecto que examina, mais rápido é o eco e com mais frequência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objecto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objectos simultaneamente.

A ecolocalização dos golfinhos, além de permitir saber a distancia do objecto e se o mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do objecto ou presa. Esses factores tornam a ecolocalização do golfinho muito superior a qualquer sonar eletrónico inventado pelo ser humano.

A temperatura dele varia com a da água 28 a 30 °C.




Os golfinhos são mamíferos sociais.
Muitos pesquisadores concordam que os golfinhos são criaturas extremamente sociais e realmente dependem dessa interacção para a caça, acasalamento e defender-se a si próprios e aos seus respectivos grupos. 

Normalmente, os golfinhos vivem e viajam em grupos que variam 2-40 golfinhos. Mas os cientistas descobriram grupos golfinho com várias centenas de membros.
Estes grupos são realmente chamados rebanhos ou escolas.

Em alguns casos, estes grupos maiores têm sido conhecidos de modo a incluir mais do que uma espécie que parecem interagir bem juntos. As espécies que normalmente associadas neste grupo multiespécies são a golfinho-rotador e os golfinhos pintados.
Como os hábitos alimentares dessas duas espécies são completamente opostos, elas são capazes de viajar juntos sem competir por comida.





Assim como os humanos, os golfinhos encontram-se entre as inúmeras espécies que também mantêm relações sexuais por prazer.

Tal coma a maioria dos mamíferos, os cetáceos reproduzem-se cedo.
Têm habitualmente uma cria de cada vez.
Esta nasce debaixo de água, perto da superfície, e, em geral, é a cauda que sai primeiro...
A cria recém-nascida é um bocado desajeitada e, para respirar pela primeira vez pode ter de ser impelida em direcção à superfície pela mãe ou por um “assistente”.

Uma vez atingida a maturidade sexual, o golfinho procura uma fêmea para reproduzir.
A forma de iniciar o contacto é mediante jogos e pela fricção dos seus corpos na água. Enquanto este ritual continua, juntam os seus órgãos sexuais, juntando os seus ventres e assim a fêmea pode acabar fecundada pelo macho.




O período de gestação pode variar segundo a espécie, mas geralmente demora entre os 10 e os 12 meses.

Quando a fêmea vai dar à luz, podemos observar que o seu nado é mais lento, e outras fêmeas podem acompanhá-las para evitar ataques de tubarões ou outros predadores.
Quando o golfinho é expulso do interior, o cordão umbilical que o une à sua mãe rompe-se.
O recém-nascido deve nadar até à superfície, algumas vezes ajudado pela sua mãe ou por outras fêmeas.

Um detalhe curioso é que o golfinho quando nasce, não sai de cabeça como os humanos, mas sim de cauda. O primeiro alimento que um golfinho toma é o leite da sua mãe, que disponibiliza em forma de jacto quando o golfinho no retorno se aproxima dela à procura de comida.
O leite materno fará parte da sua vida durante um ano no mínimo depois do seu nascimento.

No caso de ser macho, nessa altura terá de abandonar o grupo.




Mas a partir dos seis meses de idade começará a comer também alguns peixes.
A cria de golfinho nada muito perto da mãe, especialmente no inicio da sua vida.
Pouco a pouco se afastará até ser independente.

Normalmente a cria nasce com barbatanas muito moles que endurecem passado alguns dias, permitindo uma melhor natação.
A cria bebe leite materno que é muito gordo e cresce rapidamente.
Só daqui a vários meses começa a comer peixe.

É possível calcular a idade de algumas espécies estudando a decomposição de camadas no interior dos dentes, que é bastante semelhante aos anéis de crescimento de uma árvore.
De modo geral, uma camada completa corresponde a um ano de idade.




Os mais íntimos detalhes de acasalamento e nascimento de golfinhos, têm permanecido escondidos da observação humana.

Muitos investigadores possuem apenas uma vaga ideia dos hábitos reprodutivos dos golfinhos.
Pensa-se que o acasalamento será sazonal.

O período de gestação contínua desconhecido para a maior parte das espécies de golfinhos.
Os cientistas crêem também que quase todas as espécies são promíscuas (partilham as fêmeas).

O acasalamento é realizado de barriga para barriga como as baleias e muitas fêmeas não reproduzem todos os anos. Por vezes existe uma fêmea a ajudar no processo.

O pai do golfinho bebé não participa na vida activa e tratamento do seu filho, porém nalgumas espécies, há fêmeas cuja função é a de baby-sitters.



Os golfinhos por serem mamíferos e apresentarem respiração pulmonar devem constantemente realizar a hematose a partir do oxigénio presente na atmosfera.

Tal facto obriga os golfinhos e muitos outros animais aquáticos dotados de respiração pulmonar a subirem constantemente à superfície. 

Uma das consequências desta condição é o sono baseado no princípio da alternação dos hemisférios cerebrais no qual somente um hemisfério cerebral se torna inconsciente, enquanto o outro hemisfério permanece consciente, capacitando a obtenção do oxigénio da superfície.





SIMBOLOGIA

O golfinho é um animal muito inteligente, tido como o grande mestre da navegação.
Os marinheiros e pescadores acreditam que são guias e protectores das viagens marítimas. 
Eles se mantêm durante horas intermináveis à proa dos navios no mar alto, dando a impressão de que estão a abrir caminho.
São muitas vezes representados junto com Poseidon (Neptuno), o rei dos mares.

Reza a mitologia grega que a deusa do amor Afrodite tomou forma de um golfinho, tornando-se a “mulher do mar”. Por isso o golfinho é considerado um mensageiro do amor. É também considerado como um guia sagrado na Grécia. Um condutor de almas para o além, simbolizando a salvação. Na arte grega, os homens aparecem montados em golfinhos. Os Cretenses utilizavam a sua imagem nos rituais funerários.

Tanto nos sonhos como nos mitos, o golfinho tem sempre o papel de guia e de salvador.
Trata-se de um animal “psicopompo”: do grego “psychopompós”, união dos termos “psyché” (alma) e “pompós” (guia).

Quando aparece nos sonhos mostra o caminho da luz para o sonhador, trazendo sorte e paz na caminhada. Simboliza a salvação, a libertação, a transformação, a harmonia, a leveza e a alegria associadas à esse processo.



Os Golfinhos são mamíferos marinhos muito sensíveis e brincalhões. Têm muito a nos ensinar sobre a pura alegria de viver. 

Outras qualidades relacionadas ao animal: pureza, iluminação do ser, telepatia, alegria, sabedoria, amor, harmonia, comunicação.

Sua comunicação é realizada através de padrões e ritmos. As pausas entre os sons também fazem parte da linguagem. Graças à sua facilidade de comunicação é considerado o "Hermes do Mar".





XAMANISMO

Para o Xamanismo, o golfinho é o guardião da respiração sagrada da vida. 
É a nossa nutrição espiritual. 

Após respirar na superfície, o golfinho mergulha num mundo silencioso.
Ele nos ensina como soltar as emoções através da respiração, a ouvir nossos sons internos e entendê-los.

É a medicina do alinhamento, dos relacionamentos harmoniosos, da pureza, da alegria e do amor incondicional. 
Inspira inteligência, diversões, jogos, facilidade de expressão e sociabilidade.

Pode ser evocado em meditações para a cura, iluminação, leveza, pureza, paz, harmonia com a natureza e a conexão com nossa força vital. Para criar mais harmonia com a natureza, mergulhar nas profundezas do nosso ser, para propósitos terapêuticos, ouvir e entender nossos “sons” internos. Sua medicina inspira inteligência e diversão, espalhando alegria no mundo.
Este animal ajuda-nos na conexão com as profundezas de nosso ser e com o Grande Espírito, para conseguirmos descobrir respostas para as nossas indagações.


Como Jung lembrava, o termo grego que significa golfinho – delphis – está muito próximo da palavra delphus que significa útero. A gruta marinha, tal como a gruta subterrânea, é uma representação do útero - um renascimento psicológico.

Quem é guiado pelo Golfinho pode convencer-se da relação benéfica e positiva com o seu lado instintivo.

Quem tem um golfinho como Animal de Poder, tem conexão especial com o mar, com Neptuno, com o sem forma, o abstracto, o infinito, a dimensão espiritual do Mundo.




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