sexta-feira, 26 de junho de 2015

Problemas de Comunicação



“Temos de fazer as pazes com o facto dessa diferença consistir sobretudo nas mulheres em geral, serem mais realistas, mais abertas à verdade e aos factos. 
São mais humanas no sentido de estarem menos afastadas dos seus sentimentos, menos inclinadas a lhes escaparem com recurso a abstracções”.
Arno Gruen
in, A Traição do Eu


O pior é que, por vezes, de tanto usarmos as abstracções, deixamos de saber quais são as nossas verdadeiras necessidades...
De tanto nos querermos proteger a nós próprias, deixamos de viver!


" Porque se sentía insegura de su capacidad intelectual, estaba abierta a la crítica de su abusador.
Su incertidumbre al respecto le impedía rechazar las críticas o protestar contra ellas.
Y el no sólo atacaba en ese punto frágil, sino no que se centraba en él, excluyendo todas las demás características.
En efecto, aquellos aspectos de su personalidad en los cuales ella tenía más confianza personal y a los que otorgaba un valor, por ejemplo, su sensibilidad y su desempeño social, perdieron significado relativo frente al constante enfoque del abusador en su inteligencia.
En consecuencia, ella se quedó con menos recursos de confianza sobre los que apoyarse para combatir los ataques a su autovaloración.
Este es un buen ejemplo de mecanismo de escarnio - un componente extremadamente dañino del abuso - que convierte las debilidades en blanco de agresión.
Una primera fase era la crítica repetida de aspectos aparentemente menores de la apariencia o el comportamiento, cuyo carácter constante lograva su objetivo : abuso verbal con insultos, encontrar defectos en la apariencia, cosas patéticas como el olor de las axilas, cosas realmente infantiles. Son tan infantiles que, hasta que te das cuenta del estado en el que te encuentras, pasan inadvertidas, pero son parte de cómo se dan las cosas.
El estilo de desvalorización continua erosiona la autoestima progresivamente, hasta impedir por completo cualquier intento de reafirmación.
A su vez, la debilitación permite un incremento del abuso."


Catherine Kirkwood 
in, Cómo Separarse de Su Pareja Abusadora


Neste livro, a autora descreve os efeitos do abuso emocional em situações de violência doméstica - as seis componentes na experiência subjectiva das mulheres - que são:

Degradação – Sentir-se degradada, menos valorizada, menos aceite…
Temor – Sentir ansiedade e temer pela sua segurança…
Cosificação - Sentir-se um objecto, sem recursos, nem desejos…
Privação – A dificuldade ou impossibilidade de satisfazer as necessidades básicas…
Sobrecarga – Sentir um tremendo gasto de energia para manter a relação, a nível emocional e prático…
Distorção da realidade - Sentir-se enredada em dúvidas sobre si própria, sobre o outro e sobre os factos da realidade….


POR CADA MULHER HÁ UM HOMEM

"Por cada mulher cansada de ter que fingir fraqueza.
Há um homem que gosta de a proteger e espera submissão.

Por cada mulher cansada de ter que agir como uma tonta.
Há um homem que finge saber tudo porque lhe dá poder. 

Por cada mulher cansada de ser descrita como "fêmea emocional”. 
Há um homem que aparenta ser forte e frio para manter seus privilégios. 

Por cada mulher catalogada pouco feminina quando compete.
Há um homem que não se importa de pisar em ninguém desde que seja o primeiro.

Por cada mulher cansada de ser um objecto sexual. 
Há um homem que gosta de usar as mulheres para o seu prazer. 

Por cada mulher que se sente atada aos seus filhos.
Há um homem que goza de tempo livre à sua custa.

Por cada mulher que não teve acesso a um trabalho ou salário satisfatório. 
Há um homem que tira vantagem do trabalho livre feito em casa e não move um dedo para exigir igualdade de direitos das mulheres. 

Por cada mulher que não conhece a mecânica de um carro.
Há um homem que, quando ele chega a casa de carro, tem mesa e toalha posta. 

Por cada mulher que dá um passo no sentido de sua própria libertação. 
Há um homem que tem medo de perder o seu lugar privilegiado perante ela. 

Por cada mulher que é vítima de violência doméstica.
Há um homem que a exerce e o nega, apresentando-se como vítima de "provocação" ou do "abuso psicológico" da mulher, e outros homens que olham para o lado num silêncio cúmplice. 

Por cada mulher que acredita que os homens querem plena igualdade de direitos, existem centenas de homens, na esperança de que "tudo mude um pouco para que tudo fique na mesma".

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