quinta-feira, 20 de abril de 2017

Raivas Adolescentes




A raiva é sempre destruidora se for deixada crescer sem a entendermos.
Se a enterrarmos, poderá contribuir para uma depressão.
Se a "tratarmos" com álcool ou drogas, procurando que essas substâncias a acalmem, passaremos a ter mais um problema.
Se a exteriorizarmos sempre, poderemos transformar-nos em alguém conflituoso e insuportável.

É fundamental conhecer a raiva destes adolescentes agressivos. 
Muitas vezes viveram com pessoas sem controlo emocional, que veicularam sempre a ideia de que a violência tudo pode resolver.
Noutros casos, viveram em famílias "perfeitas", onde ninguém podia gritar e qualquer manifestação agressiva era associada à loucura: na adolescência, na luta pela autonomia, a raiva finalmente libertada encontra nos mais próximos o alvo preferido.
Por vezes, são vinganças face a pais maltratantes na infância (abusadores, por exemplo), que explodem quando o medo físico dos familiares é agora ultrapassado por um corpo juvenil cheio de energia.

Compreender não significa mudar. 
Feita a história da relação, é crucial intervir. 
  • Conhecer a raiva. 
  • Compreender que não se fica agressivo para sempre. 
  • Perceber que não se pode ficar parado, num ritual de progressiva auto-humilhação. 
  • Concluir que intimidar os outros nos pode deixar mais sós.



Daniel Sampaio




Sem comentários:

Enviar um comentário