sexta-feira, 14 de outubro de 2016

......................................anarco feminista




A razão que me faz ser eco e anarco feminista:

No Feminismo Tradicional o enfoque é o da "igualdade, paridade", ou seja, "nós, mulheres, queremos ser iguais" - aos homens -, quer nas funções de trabalho, quer no exercício existencial.

As novas vertentes (no caso da Women's Spirituality, a que sigo) acentuam a DIFERENÇA.
Não a diferença óbvia das relações de produção, mas a diferença corpórea, simbólica, e psíquica.

O feminismo tradicional (mais próximo dos movimentos sindicalistas) demonstra uma enorme dificuldade em lidar, por exemplo, com a menstruação, com os líquidos femininos, com a doença mental feminina (fruto da negação do próprio corpo e psique), com o desejo feminino.

Tudo isso é passado em branco, e a mulher (para o feminismo tradicional) passa a ser um simulacro de um "querer ser homem", um querer que a leva a se basear em leis estúpidas, ineficazes, que lhe dão a tosca sensação de direitos obtidos.

Starhawk, uma activista que ficou por semanas presa por sua participação na Revolta de Seatlte, sacou isso; Margot Adler, sacou isso; Barbara Walker tb sacou isso; Diane Stein tb sacou isso; Merlin Stone (autora de When God was a Woman), foi uma das primeiras a sacar.

Enfim, várias mulheres hoje estão a trilhar um caminho de volta aos seus mitos, história e reconhecimento do próprio corpo e psique.
Para mim, esse é o caminho.
Talvez um caminho mais longo, mas eficaz.
Um caminho de retorno à sacralidade feminina.


Márcia Frazão


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