sábado, 6 de junho de 2015

Aprender a Sentir



A intensidade que se sente em cada emoção, é o reflexo da força que damos à crença do medo de a sentir... a dinâmica que devolvemos a tentar não a sentir... a resistência de nos rendermos ao momento sem lhe dar importância vital que estamos a querer solucionar rápido... a fuga ao momento total de crescimento que está a devolver...

Temos medo dessa intimidade com as nossas emoções...

Medo de contactar , criar intimidade, mas é só nessa quietude dentro da emoção que poderemos integrar uma nova sintese...
O impulso sobrevivente, é a saida rápida desta emoção... e perdemos tanto tempo e energia a fugir dela e cada vez se torna mais intensa, para que a possamos integrar.... e nós a classificar tudo nela, um vaivém de emoções, porque simplesmente não aceitamos ficar a sentir, sem rotular , sem querer fugir...

Parar... sentir... ficar...
A chave neste momento...
O cosmos se move em Nós e através de Nós...
Ela revela a simplicidade da não resistência...

Adoro mergulhar nele e deixar-me guiar... puder guiar-vos como me guio...
Simplicidade na não resistência, leveza na permanência...
O registo de ESTAR em Presença requer que observemos e sintamos onde assim que algo acontece que nos devolve algum tipo de desconforto, vulnerabilização, ou mesmo fragilização, logo entramos numa fuga inconsciente... criando um enfoque de sobrevivência querendo acabar de imediato, ou o mais rápido possivel com as emoções que advém desse momento... ora o enfoque foi criado no exterior e não dentro, essa desfocagem do que estamos a sentir, cria movimentos de fuga e soluções irreais...

Permanecer... ficar em quietude... é aceitar esses movimentos de fuga, reconhece-los, denunciá-los , mas não deixar que dominem em nenhuma atitude... 
Doutra forma gastamos imensa energia em soluções ilusórias e que de nada servem, pois mantém o aprendizado em suspenso...

ESTAR é permitir...

Ruth Fairfield




Os textos da Ruth são pura terapia para mim.
Este texto tocou-me profundamente.
Tinha tido uma discussão com a minha mãe no dia anterior, e fiquei horas a pensar depois de ler este texto...
Até que decidi escrever à Ruth e fiquei surpreendida com tanta generosidade da parte dela em relação a mim.
Muito Grata, Ruth!

Para além desta minha necessidade de querer curar as feridas da minha mãe por ela, descobri hoje que existe um labirinto de emoções kármicas por trás...
...como se houvesse uma parte de mim que não quer sair do convívio com ela, pois isso me irá fazer sentir culpada... esta é a minha ferida...e por isso não fecho a porta.

A Ruth disse-me que:
"... o universo não reconhece graus de parentesco, mas sim frequências de energia, e neste caso uma energia densa de culpa não a deixa ser livre de deixar de polarizar com a sua Mãe, e a torna dependente pois não consegue por culpa tomar a decisão de se libertar ..."

"...por de trás dessa culpa, está um labirinto de emoções kármicas, terá de saber como essa culpa actua em si e a domina, e assim possa finalmente criar um centro de consciência que já lhe trará toda a força e consciência necessária para poder agir e ficar pacificada... sem culpa e livre..."

"...vi agora o seu mapa e é realmente muito profunda a culpa, e está muito cristalizado o padrão de libertação do espelho da mãe, pois ela representa um processo de resistência profundíssimo de medo de enfrentar esse momento, e por isso acaba por se violentar muito... ela apenas é o veículo de enfrentar essa resistência, e parar de se auto violentar...
A sua mãe apenas está a ser o veiculo para se libertar dessa culpa...
Essa será a via da sua pacificação..."

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