sábado, 23 de maio de 2015

Estou condenado a ser livre



Realmente, só pelo facto de ser consciente das causas que inspiram as minhas acções, estas causas já são objectos transcendentes para a minha consciência; elas estão fora.
Em vão tentaria apreendê-las.
Escapo delas pela minha própria existência.
Estou condenado a existir para sempre além da minha essência, além das causas e motivos dos meus actos.
Estou condenado a ser livre.
Isso quer dizer que nenhum limite para a minha liberdade pode ser estabelecido, excepto a própria liberdade, ou, se preferir; que nós não somos livres para deixar de ser livres.

Jean-Paul Sartre

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