quinta-feira, 21 de agosto de 2014

..............a vida não é uma peça de teatro...



"A vida não é uma peça de teatro.
É uma aventura cheia de desafios, onde cada etapa percorrida nos define como Seres. 
E não como meros personagens derivados de ilusões.

Há pessoas que fazem da vida delas um teatro, e julgam-se bons actores e encarnam essa mesma personagem como se fosse real....
Tenho pena dessas pessoas. Vivem uma farsa.
Máscaras, todos usamos, uns mais do que outros.
O que eu não faço é, encarnar personagens descartáveis nas relações (emocionais e outras) que mantenho com as pessoas que se cruzam na minha existência.

Mas a vida é um eterno Paradoxo:
Quantas vezes, sinto e senti esse teatro do outro lado do "outro"?
Esse estar em palco é um lodo dantesco, quantas vezes detectado já tarde. 
O lado da vida, que referi, com altos e baixos ( como se diz) é e deverá ser encarado com humanismo e, mesmo este, imperfeito, porque ninguém é perfeito.
Mas não é crime, tentar a perfeição, nem que seja a aproximação da mesma.
Embora, na minha modesta opinião, a perfeição seja uma grande chatice!
Muitos desses "actores", que usam e abusam do factor de serem imperfeitos, para justificarem as imperfeições , que mais não são do que teatro malvado ou encenação para doer, ou ainda cinismo ao mais alto nível.

Rio-me agora, de alguém que um dia em jeito de desabafo, comentou:
"- Não sejas tão verdadeiro, tão frontal...age de acordo com o ondular do barco, mesmo que seja contra o teu pensar ou sentir. Vá lá, ser malvado às vezes compensa".

Mas é assim que eu sou.
Directo, e verdadeiro, mesmo sabendo que logo a seguir tenho de atravessar o deserto.
Hoje, com o passar dos anos, já não vejo a frontalidade da mesma forma que via aos meus 25 anos.
Da qual tinha todo o orgulho...coisas da idade...
Aprendi a ser frontal, directo e verdadeiro APENAS quando a batalha merece ser travada.
A maior parte das vezes, remeto-me ao silêncio que é o que faço de melhor.

A Vida tem muito de Teatro, e subscrevo o Charlie Chaplin:

"A vida é um palco de teatro que não admite ensaios. 
Por isso, cante, chore, ria, antes que as cortinas se fechem 
e o espectáculo termine sem aplausos."
Charles Chaplin

As grandes diferenças que reconheço entre a vida real, e as peças de ficção, baseiam-se essencialmente na responsabilidade e consequências que os actos repercutem.
Na vida, os nossos actos implicam sempre a nós e a quem nos rodeia, seja positiva ou negativamente.

Por isso acho que a frontalidade deve ser usada com contrapeso e medida.
Porque as palavras são cruéis como uma faca.
E temos de ter sempre em consideração quem temos ao lado.
Mas também, não nos devemos calar quando achamos que devemos falar.
Depende muito de como dizemos as coisas...se com raiva e agressividade, se com consideração por quem estamos a falar...

Sinto porém que muitas pessoas negligenciam a importância de estarem vivos, achando que se algo correr contra aquilo que desejam, bastará fechar a cortina e escrever uma nova história.
Temos de encarar esta viagem na terra com maior sentido de responsabilidade e amor pelo próximo.

Há pessoas que encarnam um personagem quando lhes dá jeito, e conforme a disposição com que acordam, com uma ligeireza que até arrepia...
O problema, é o facto de os outros estarem "fora do palco", e levarem com todo esse teatro..."

Atlantis Rising

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