sábado, 1 de março de 2014

Hécate como Feiticeira Temida


"As mulheres temem ser chamadas de bruxas por razões históricas de peso. A Inquisição foi criada em 1252 pelo papa Inocêncio IV e a tortura prosseguiu durante cinco séculos e meio até ser abolida pelo papa Pio VII em 1816. Entre 1560 e 1760 a perseguição de mulheres por bruxaria atingiu o seu auge. É chamado a este tempo o “holocausto das mulheres”. Estima-se entre cem mil e oito milhões o n.º de mulheres condenadas á morte na fogueira.

As mulheres mais temidas ou respeitadas foram as mais perseguidas. Entre as primeiras a serem queimadas, incluíam-se as parteiras e as curandeiras, as velhas que facilitavam o trabalho de parto e ajudavam as mulheres a darem á luz, que conheciam as ervas medicinais e cujos poderes provinham da observação e da experiencia. As mulheres com autoridade e experiencia ou conhecimentos, as mulheres excêntricas ou as mulheres com posses, normalmente viúvas também eram denunciadas, sujeitas a tortura e condenadas. Qualquer mulher idosa corria riscos, para sobreviverem, era preciso que não dessem nas vistas nem se distinguissem. Só as mulheres idosas invisíveis permaneciam vivas.

Um dos motivos para acusações de bruxaria era a ganância, ficar com os bens das bruxas ou verem-se livres da competição. Os acusadores das parteiras, por exemplo, eram médicos. As viúvas com algumas posses cobiçadas por outras pessoas eram alvo de denúncia. Havia avareza por parte da inquisição. Considerava-se que os bens de uma mulher que tivesse sido denunciada como bruxa e queimada serviam para custear o seu encarceramento, tortura e até a morte na fogueira."
(...)

in, As Deusas em cada Mulher, a Deusa Interior 
Jean Shinoda Bolen


Comprei este livro, quando fui à minha primeira consulta de Astrologia à Quiron em Lisboa, com a Flávia Monsaraz.
Adorei conhecê-la, e daí em diante, comprei muitos outros livros aconselhados por ela.
Grata, Flávia!
Com ela conheci este mundo mágico das Bruxas, das Fadas, da Lilith...e as "Mulheres que correm com com Lobos", livro fundamental nesta minha jornada!

Os livros, para mim, continuam a ser os meus melhores mestres, porque me ajudam a pensar pela minha própria cabeça.


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