quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Janelas Circulares de Energia


Bandeira da cidade de Cusco



- Por que é que quando toco numa zona do meu rosto, visualizo uma cor, e quando toco noutra, vejo uma cor diferente? E por que é que sinto um formigueiro na coluna vertebral? - perguntou Kantu a Condori.
- Porque tocas nas linhas da energia que circula pelo teu corpo e que está ligada a centros de controlo; é através dessas linhas que a energia do teu Ser entra e sai. As cores são a manifestação daquela energia. Na Natureza, existe um oceano de energia em que todos os seres vivos estão inseridos; trata-se de uma espécie de energia comum. Mas não é sempre igual: manifesta-se de diferentes maneiras ou vibrações que, por sua vez, produzem determinados efeitos no nosso organismo. Os nossos sentidos captam estas vibrações sob a forma de sons, cores, cheiros, sensações tácteis e sabores.
Os nossos antepassados incas conheciam bem o fluxo da energia da Terra e do Corpo Humano. Por essa razão, representavam-no com as cores do arco-íris. Para eles, o arco-íris encarnava as energias da Terra e do Céu, e era por isso que o veneravam.
Os Incas consideravam Cuzco o Umbigo do Mundo, a Porta Cósmica, e por isso, representavam-na sempre desta maneira, com as cores do arco-íris.É por isso que a bandeira de Cuzco tem as cores do arco-íris.
As cores, com o vermelho por cima e o roxo por baixo, representa o arco-íris celeste.
Se puseres ao contrário, com o roxo por cima e o vermelho por baixo, representa o arco-íris humano, ou seja, representa as várias vibrações da energia que flui dentro do corpo humano.
Na coluna vertebral existem várias janelas circulares de energia que põem o nosso organismo em comunicação com o exterior, com o oceano de energia que nos circunda. Através destas janelas, que se abrem e se fecham seguindo as ordens do nosso Ser, absorvemos ou descarregamos a energia do Universo.
Cada um de nós possui sete janelas grandes, sete janelas pequenas e oito centros de controlo que regulam o fluxo de energia, quer à entrada quer à saída. Cada uma destas janelas serve para seleccionar uma parte de energia: são uma espécie de filtro.
As janelas energéticas começam aqui - disse, indicando o pirineu. - Esta janela indica a nossa vitalidade interna e é representada pela cor vermelha. Se tocares nos grandes lábios, de olhos fechados, muito provavelmente irás visualizar a cor vermelha, porque são o ponto final da linha do pirineu e do esfíncter anal. Se, pelo contrário, sempre de olhos fechados, tocares em pontos diferentes da coluna vertebral, vais visualizar cores diferentes.
- Mas eu não visualizei as cores ao tocar no corpo, mas sim no rosto - retorquiu Kantu.
- Claro, porque os terminais de todas aquelas partes estão espalhados pelo rosto. Se, por exemplo, tocares na ponta do teu nariz, verás o verde e o cor-de-rosa, que representam o centro localizado junto do coração. Depois do vermelho vem o laranja, que está situado aqui - e indicou a parte inferior do ventre - o ponto que controla os nossos orgãos sexuais. Depois do laranja vem o amarelo, situado entre o umbigo e o plexo solar, que controla o fígado e o pâncreas. A cor verde, à altura do coração, controla o Timo. O azul, à altura da garganta, controla a Tiróide e as Paratiróides. O anil, situado no septro nasal, precisamente no meio dos olhos, controla a Epífise. E por fim, na base do crânio, encontra-se a cor roxa que controla a Hipófise.
Este é o fluxo de Energia no Corpo Humano.
- E de que me serve conhecer estas cores? - replicou Kantu.
- Se não souberes como flui a energia no interior do teu corpo, nunca poderás utilizar a tua energia interior de maneira consciente. Só conhecendo o movimento desta energia poderás absorver a que falta ou expulsar a que tens em excesso, e deste modo, tornares-te ousada como o Puma, observadora como o Condor, e prudente como a Serpente. Saberás esperar para agir no momento oportuno.
Para conseguires equilibrar o fluxo da tua energia poderosa, tens de libertar os centros de controlo que mantêm a tua energia prisioneira em determinadas janelas, impedindo-a de fluir livremente.
(...)
- Kantu, por favor, não mistures os sentimentos com a compreensão.
Não quero ser a tábua de salvação a que te agarras nos momentos de perigo.
Uma coisa é o amor, outra coisa bem diferente é a sensação de insegurança mascarada de desejo ou afecto.
- Não sabia que amar podia ser uma forma de medo.
- Ensinar-te-ei a seres uma Verdadeira Mulher, livre de decidires sobre a tua vida. Não tentes agarrar-te a mim, porque nesse caso funcionaria apenas como uma tábua de salvação no meio do mar da vida; tens de aprender a nadar.
(...)
- Não sou um Mestre. Um Homem apenas pode ser um Instrutor, um Educador, mas não pode ensinar o que é o Amor. Só uma Mulher pode aspirar a ser Mestra, porque ela, no silêncio e com grande paciência, sabe guiar, sabe transmitir os seus conhecimentos. Guia com o seu exemplo, sem ter de recorrer às palavras. Um Mestre não prega, ensina com o exemplo da sua vida. Quando te encontrares a ti mesma, talvez sejas capaz de te tornares Mestra. Qualquer homem poderá, então, ser teu discípulo - objectou Condori.



in, A Profecia da Curandeira
Hernán Huarache Mamani






serpente do tamanho da coluna vertebral humana
Templo Sacahuma, Perú


Sachsayhuaman, The Serpent/Lightning Temple

Beyond Tambo Machay was Sachsayhuaman or Sacahuma, the "Puma's Head", the greatest of the hilltop temples surrounding Cuzco. The Temple of Sacahumawas situated at the head of the Cuzco Puma and and constructed in the shape of a gigantic puma's head.
Was dedicated to two of the Inka's most explosive nature dieties, the Lightning and the Serpent.
The massive blocks of the temple, the "Puma's Teeth", were arranged in zigzag patterns to delineate the path of the lightning as it traveled as a serpent from the heavens to Earth and across the Sacahuma compound.
Since the Inkas believed that the lightning had the power to transform one into a shaman or wise serpent, some Andean guides suggest that the lightning invoked at the Serpent/Lightning Temple may have been used by the Inkan Solar Brotherhood for initiation purposes. The goal of the lightning ceremonies at Sacahuma Temple around the summer solstice, was the awakening of the inner lightning serpent, the Kundalini.
There is a carving stone at the temple whith a vertically ascending serpent, a representation of the course of the Kundalini up the human spine to the top of the head, filled with seven crystalline spheres, representing the sequential chakras.
The Kundalini Serpent was well known among the Inkas and referred to by them as the Kori Machakway, "The Serpent of Gold". The golden head represented the seat of golden wisdom which becomes activated whith the opening of the crown chakra.
The chakras were known as The Seven Wakas, meaning "Sacred Energy".


Mark Pinkham
in, The Return of the Serpents of Wisdom










NOTA 1: Os incas criaram uma trilogia representada por Condor, Puma e Serpente, animais sagrados considerados guardiões dos três mundos existentes.
O Condor (representante da paz, mensageiro que carrega os espíritos mortos desta vida para a vida dos deuses) era o guardião do mundo de cima.
O Puma (representante da força e do espírito de cada pessoa) protegia o mundo do meio.
A Serpente (ligada à inteligência humana) cuidava do mundo de baixo.

NOTA 2: O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi um Estado criado pela civilização inca, resultado de uma sucessão de civilizações andinas e que se tornou no maior império da América pré-colombiana. A administração política e o centro de forças armadas do império ficavam localizados em Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"), no Peru. O império surgiu nas terras altas peruanas no século XIII. De 1438 até 1533, os incas utilizaram vários métodos, da conquista militar à assimilação pacífica, para incorporar uma grande porção do oeste da América do Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo grande parte do atual Equador e Peru, sul e oeste da Bolívia, noroeste da Argentina, norte do Chile e sul da Colômbia.
O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua. Outro idioma que se destacava era a língua aimará, de uma das principais etnias componentes, os Aimarás. O nome quíchua para o império era Tawantinsuyu, que pode ser traduzido como as quatro regiões ou as quatro regiões unidas. Pela cidade passavam duas linhas imaginárias em diagonal: uma que ia de noroeste para sudeste, e outra que ia de nordeste para sudoeste dos seus domínios. Sendo assim, o Império ficava dividido em quatro partes (suyus).O suyu do norte recebia o nome de Chicasuyu; o do sul era chamado Kollasuyu; o do leste, Antisuyu e o do oeste chamava-se Kuntinxuyu. Cada suyu era considerado um Reino independente, sendo governado por um Apu. Existiam portanto quatro Apus, que deviam obediência ao Inka, constituindo-se assim, um Império na concepção exata da palavra.
Tahuantinsuyo: Tawantin é um grupo de quatro partes (tawa significa "quatro", com o sufixo -ntin que nomeia um grupo); Suyu significa "região" ou "província". O império foi dividido em quatro Suyus, cujos cantos faziam fronteira com a capital, Cusco (Qosqo). Havia muitas formas locais de culto, a maioria delas relacionadas com locais sagrados “Huacas”, mas a liderança Inca incentivou o culto de Inti – o deus do Sol – e impôs a sua soberania acima dos outros cultos como o da Pachamama (deusa da Terra). Nos dias de hoje, boa parte da população dos Andes trata o Sol pelo nome carinhoso de Taita Inti (Pai Sol). Os incas consideravam o seu Rei, o Sapa Inca, o “filho do sol”.
O Império Inca foi de curta duração. Durou pouco menos de 100 anos, de 1438 até 1533 com a chegada dos espanhóis.

NOTA 3: Antes dos Incas, nem todos os povos nativos que habitaram os territórios hoje pertencentes ao Peru e à Bolívia antes da chegada dos espanhóis eram incas. Os primeiros vestígios da presença humana na região remontam a aproximadamente 20.000 a.C., quando ali chegaram grupos nómadas de caçadores e coletores que se encontravam no estágio de evolução da Idade da Pedra e que vieram pelo Estreito de Bering. O desenvolvimento da agricultura levou à sua fixação em aldeias que deram origem a culturas avançadas, com o aprimoramento de técnicas de metalurgia, tecelagem e cerâmica.
Antes dos incas, a mais antiga civilização sul americana é, provavelmente, a de Chavin de Huantar que se assentou por volta de 1.000 a.C. no norte do Peru. O sítio arqueológico de Huantar revela aspectos de sua arquitetura, caracterizada pela construção de templos em forma de “U”; de suas técnicas de cerâmica; e de sua curiosa religião animista, que compreendia cultos a felinos, como o jaguar e o puma, e a aves, como a águia e o condor.
Igualmente, antes dos incas, a cultura dos Paracas surgida no litoral peruano por volta de 700 a.C., destacou-se pelo domínio da arte têxtil. Os Mochicas, que viveram entre 100 e 700 d.C. na costa norte do Peru, trabalhavam metais como o ouro, a prata e o cobre, sabiam construir aquedutos e canais e conheciam sistemas de irrigação. Seus ritos de fertilidade, porém, é que os tornam mais conhecidos, devido à vasta produção de esculturas de temas eróticos, apelidada de “Kamasutra americano”.
Aproximadamente na mesma época, desenvolveu-se no litoral do Peru a civilização Nazca responsável pelas gigantescas e até hoje enigmáticas linhas que, vistas do alto, formam intrincados e surpreendentes desenhos. Essas linhas, que só podem ser vistas do alto ainda são objecto de estudos por arqueólogos, que nem sempre estão de acordo sobre alguns de seus mistérios.
Acredita-se que a elaborada civilização Tiwanaku estabelecida nas proximidades do Lago Titicaca, que teve seu apogeu por volta do século XI, tenha tido origem dois mil anos antes, no mesmo local. Os tiwanakotas foram os primeiros a criar na região uma espécie de império que impôs a sua influência graças à construção de estradas e a uma intensa troca de produtos com povos vizinhos. Os Wari ou Huari, povo guerreiro estabelecido entre 600 e 800 d.C. na região próxima à atual cidade de Ayacucho, foram alguns dos integrados por Tiwanaku. Hábeis agricultores, os tiwanakotas cultivavam predominantemente batatas e criaram a técnica de plantação em terraços, um dos diversos aspectos de sua civilização que seriam mais tarde incorporados pelos incas. Sua riqueza era enorme, algumas paredes de construções na sua capital eram folhadas a ouro. Por volta do ano 1.100 d.C., essa capital tinha uma população estimada em 60.000 habitantes. Provavelmente foram fatores climáticos que levaram à derrocada dos mochicas e dos tiwanakotas.
A última grande civilização antes dos incas foi a Chimú que se desenvolveu de 1.300 a 1460 d.C. no litoral peruano ao norte de Lima, área anteriormente ocupada pelos mochicas. Os chimús, hábeis em ourivesaria, construíram, em adobe, a enorme cidade de Chan Chan. Derrotados pelos incas, acabaram integrados no seu império.

NOTA 4: Estive a pesquisar mais sobre isto dos 7 Wakas e, encontrei na net este e-book, The Return of the Serpents of Wisdom, que diz que existe uma ligação subterrânea entre o Tibet e o Perú. Já tinha lido sobre isto no livro "O Guardião de Lotus".
Daí vem a sabedoria ancestral dos chakras nestas duas regiões do planeta.
Depois, li vários livros sobre a Civilização Atlântida, que cito abaixo, e encontrei a resposta a esta ligação entre o Perú e o Tibete: Atlântida.
Atlântida foi um continente que existiu por mais de um milhão de anos, e foi destruído a pouco e pouco por quatro catástrofes sucessivas. O seu apogeu foi entre 1.000.000 a.c. e 900.000 a.c..
Existia a "Raça Atlante", subdividida em sete "Sub-Raças": 
Rmoahal, Tlavatli, Toltecas...chamados de "Raças Vermelhas"
Turanianos, Mongólicos, Semitas e Acadianos...chamados de "Raças Amarelas"  
Tinham uma tecnologia avançada, baseada numa energia fortíssima chamada Vril com a qual criaram estruturas como as pirâmides pelo mundo, as construções Incas, Stonehenge, Karnak, entre outras, com uma precisão que são impossíveis de construir com a tecnologia actual. A Capital de Atlântida era a "City of the Golden Gates". Todas as informações relativas a este período foram transmitidas por seres extraterrestres a Helena Blavatsky, W. Scott-Elliot, Annie Besant e C.W. Leadbeater, escritos nos seus livros no início do Séc. XX.
Durante a Segunda Catástrofe, que ocorreu há 200 mil anos, até à Terceira Catástrofe que ocorreu há 80 mil anos, segundo W. Scott-Elliot pouco antes de ocorrer a Terceira Catástrofe no ano de 75.025 a.c. foram instalados descendentes directos Atlantes e Acadianos, assim como Toltecas na Turquia, Pérsia, Egipto, Tibete e na costa do Mar Gobi. A construção deste novo império foi liderada por Manu e durou mil anos, e a sua capital chamava-se Manova, e incluía toda a Ásia Oriental e Central, do Tibete ao litoral.
Depois da Quarta Catástrofe a 40.000 a.c. aconteceu a decadência e o continente da Atlântida foi submerso por vários tsunamis, alterando a geografia do planeta Terra. Alguns descendentes Atlantes e Lemurianos persistiram ao longo dos anos, e assim surgiram as "Raças Raízes" e as "Sub-Raças", dentro das quais estão os Árabes, os Semitas, os Persas, os Sumérios, os Celtas, os Indianos, etc.
Os Toltecas sobreviventes, para além de continuarem com alguns dos seus descendentes na Ásia, instalaram-se no México e, mais tarde, no Perú. Reinaram no México do Séc X ao séc XII até serem derrotados pelos Astecas, que reinaram de 1300 d.C. a 1521 d.C. Os Toltecas sobreviventes do México fugiram dos Astecas para o Perú. Os Incas reinaram de 1438 d.C. até 1532 d.C., quando durante uma Guerra Civil entre as Quatro Regiões foram derrotados pelos espanhóis. ( A Civilização Maia existiu desde 1800 a.C., até à chegada dos espanhóis, no entanto resistiram até serem derrotados em 1697 d.C. Ou seja, os Maias reinaram 34 Séculos, os Toltecas no México reinaram 2 Séculos, os Astecas 2 Séculos e os Incas 1 Século)
Tudo isto, li nos livros:
- "Continentes Perdidos", de L. Sprague de Camp
- "Atlântida e Lemúria", de W. Scott-Elliot
- "O Homem: donde e como veio, e para onde vai?", de Annie Besant e C.W. Leadbeater
 








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