Desejo
A visão do teu corpo lânguido
Deitado sobre o leito do quarto
Vislumbro nas sombras
Que se projectam na penumbra
O erotismo de dois corpos
Que se compreendem,
Ansiando o momento do abandono
Ás linguagens idiossincráticas
Da natureza metafísica e intemporal
Do desejo.
Lábios tumescidos e ardentes
Aspiram a tez láctea que reveste
Quem és.
Cabelo seríceo cai
Sobre os teus ombros
Afagando docemente
O rosto de menina carente
Onde se ante-vê a malícia da
Feminilidade felina de um olhar.
O contorno delicadadamente decalcado
Dos teus seios
Onde me perco
Rumo à Origem do Mundo,
Onde experiencias a plétora sensorial.
E no fim,
O cheiro do teu corpo depois do amor
Enfim, eu em ti, tu em mim,
Um no outro.
Rui Amaral Mendes
Sem comentários:
Enviar um comentário