Frio...
Pantominas estáticas de mimo
Em corpo frio e rígido, desprovido
Do sangue que dá vida, agora imóvel
Em livores discretamente dispersos pela matéria
Que enformou o teu Ser.
Longo sono decretado por Morfeu,
Que tentou despojar-me de ti.
Intento, todavia, negado por
Rede intrincada de memórias
Vivas e para sempre presentes na minha mente
Onde percorro a intemporal teia
Longa e diligentemente executada por Aracne
E re-vivo cada um dos momentos
Que te confirmaram como um Homem aos meus olhos,
Anuindo a permanência de quem foste
Na plenitude das conformações que
Compreendem a dimensão incorpórea do Ser.
Rui Amaral Mendes
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