Sina Domke
Chega um momento da caminhada que nós deixamos para trás, alguns padrões.
Deixamos de lado a necessidade de nos importar com o príncipe do cavalo branco, e passamos a nos conectar com os sentimentos da princesa que reside dentro de nós.
Deixamos de lado a necessidade da procura, para nos satisfazer com a necessidade da solitude.
Não queremos alguém que nos diga coisas bonitas, e nos faça nos sentir amada, em primeiro lugar procuramos o amor dentro de nós.
Compreendemos que não existe um Oasis tão perfeito, quanto aquele que nós mesmas ofertamos para nós. A gente aprende a se amar, a se respeitar, a se compreender.
O nosso silencio passa a ser um porto seguro, e nossa essência a nossa plenitude.
Para chegar a esse ponto, precisamos descer em um submundo, muitas vezes tenebroso, que nos faz enxergar que não precisamos nos contentar com migalhas e nem nos colocarmos em situações que nos oprimem e nos enclausuram para acalentar aquela criança ferida e machucada.
O resgate da menina interior, e o acolhimentos de seus medos é um grande processo de cura, quando queremos curar o nosso feminino.
É essa menina que procura segurança e quer ser raptada para ser levada a um grande castelo, e assim nos colocamos em ciladas que nos ferem, que nos machucam. Quando acolhemos essa menina e deixamos ela em um local seguro, reconhecendo seus conflitos, ela compreende que o conforto que ela tanto busca fora, esta dentro. A mulher selvagem vem à tona, a mulher segura de si desperta e fica atenta aos campos perigosos que pode entrar.
Ela aventura-se em seu castelo, mas reconhece que no fundo dele pode existir um calabolso.
Ela não espera mais o príncipe que a raptará, mas sim sai em busca daquilo que faz a sua alma vibrar: A sua verdade.
Ela não odeia o masculino, e deixa de lado a ideia errónea que o masculino é algo que a oprime; ela reconhece que são as suas sombras inconscientes que permitem que ela se coloque em lugares que esse masculino machucado impere.
E assim reconhecendo suas feridas, limpando-as, ela se permite não colocar-se mais nesses locais, porque o amor está dentro e não fora.
O processo de empoderamento acontece e ela compreende que para reconhecer um masculino curado, é necessário caminhar pelo processo de auto-conhecimento e reconhecer o seu feminino, sublime e amável que sabe sobre os seus limites, verdades e desejos.
Ela escolhe viver o AMOR por ela, para assim curar o seu feminino, a sua alma, e a partir de então encontrar o masculino que a acompanhará na grande jornada alquímica da vida
Ela escolhe ser Ela,
Estar Nela!
Carol Shanti
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