O corpo nú, a alma amostra
Liberto, Livre , Solto
Marcas, contornos, histórias
Passado, Presente
Sagrado, lindo, perfeito como és
Negar o corpo que foi nos dado, é negar a essência geradora
O nosso corpo é a caixa do presente, aonde a surpresa encontramos dentro.
Foi-nos dado um veiculo de locomação para andarmos neste mundo, emprestado pelo tempo que aqui estaremos.
Com suas cores, suas formas, seus tamanhos, não importa ele é perfeito como é.
Vivemos numa sociedade que coloca os seus valores no artificial e anula o natural, criando seres roboticos que valorizam o que lhe é passado ao invés de escutarem o que é sentido
Negam os seus corpos, porque foi-lhes dito que daquela forma é feio, esquecendo-se de olhar para si e perguntar-se " O que eu acho? Como é a sensação ao me olhar? O que eu sinto? "
O espelho na sua frente é renegado, porque a imagem que ali reflete não é a mesma que a Midia pede. Enquanto o seu coração lhe fala " Você é perfeito como é", a sua mente lhe diz : " Estás horrivel, faz plasticas, coloca silicones, emagreçe, olha as celulites, estás gordo, estás magro, és feio "...
E o velho ditado surge: A Mente, mente!
O ser humano não sabe mais quais são os seus gostos, ele vive por aquilo que todos falam, onde um vai, todos seguem... O ser humano perdeu a sua singularidade e colocou os seus valores em plásticos.
Rotular, dar nomes é deixar de lado a essência, é perder o especial para adquirir o artificial.
Nós Mulheres somos as que estamos na linha de frente desses ataques da mídia...
Em algum momento o patriarcado criou a forma perfeita da mulher ideal, e anulou a mulher por aquilo que ela é.
Não importa o corpo de uma mulher, em muitas culturas as mulheres gordinhas, com suas ancas grandes, são consideradas mulheres fartas e poderosas, pois nelas há a conexão com Pachamama.
E a figura de Pachamama é mostrada como uma mulher robusta.
Não defendo as mulheres gordas, as mulheres magras.
Eu defendo aquelas que se assumem pelo que são.
Aquelas que honram o seu corpo e arrancam as suas roupas, abençoando o Ventre que lhes foi dado, o seu peito, o seu rabo, as suas pernas, as suas coxas...
Eu honro as mulheres que vivem por si, que conhecem a verdadeira imagem que é reflectida no seu espelho.
E eu peço por aquelas mulheres que ainda valorizam o artificial e não o natural.
Não devemos abandonar os nossos corpos, devemos cuidar com muito amor -até porque ele é divino, o que devemos abandonar é a busca de ser o que os outros querem que sejamos.
Que arranquemos as nossas roupas e lembremos que os nossos corpos não são o veículo do pudor e sim o veículo da nossa alma.
Mostremos o natural!
A beleza está numa alma tranquila, e num coração feliz!
Carol Shanti
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