No livro O Ser Quântico, a cientista Danah Zohar toma o homem como co-autor da realidade, e a física como um meio de se alcançar um novo entendimento da vida e do universo.
Fundamentada na pesquisa cientifica, a autora propõe uma resposta vigorosa para a antiga discussão sobre as origens e os caminhos da existência humana, percorrendo questões que vão da filosofia à física quântica, da sociologia às teorias comportamentais.
Certos parágrafos tive que reler duas, três vezes para esboçar alguma compreensão...
Dana Zohar com uma linguagem extremamente clara – nem por isso simples – vai construindo uma visão da vida, da consciência, do comportamento psíquico, fundamentada na física quântica.
Se já ouviram falar sobre a física quântica para fundamentar certas visões espiritualistas, vão-se surpreender como os conceitos quânticos são apresentados ao público de forma distorcida.
Dificilmente compreenderemos ao certo o que é de facto a física quântica porque, nem os cientistas a conseguem consolidar, estando muitos conceitos ainda por se esclarecer.
O objectivo da autora com esta obra é afirmar que a nossa consciência, tão inerente a nós e tão indecifrável, tem a sua origem na própria matéria, ao passo que renova a nossa visão da matéria, que vai MUITO além do que supunha Isaac Newton. Fantástico!
Conceitos Newtonianos, Cartesianos, Einsteinianos ainda muito em voga actualmente, tendem a se renovarem na medida em que muitos conceitos quânticos vão sendo estudados, comprovados e esclarecidos.
Se tens um lado filósofo, como eu, e queres entender A FUNDO o que é essa misteriosa física quântica e conhecer algumas de suas fantásticas aplicações e implicações, tanto no mundo físico quanto na existência humana, recomendo esta leitura.
Não é uma leitura fácil.
E como não tenho noções básicas de química, física e biologia, ainda complicou mais...
Na prática, o livro não muda em nada a nossa vida e o conceito que temos dela.
Alguns conceitos, como o da imortalidade da alma, são tratados de forma não convencional e eu diria – com base em crenças espirituais populares sobre a dualidade corpo-alma – nada confortante.
Já dizia Einstein:
“Concentre-se em conhecer, não em acreditar”.
Mas ao mesmo tempo, fascinante!
Muito se supõe, e pouco se sabe.
De qualquer forma, o panorama que tende a se descortinar com novos estudos é mesmo muito intrigante.
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