Esqueleto, músculo, fáscia, sopro vital, mente, alma...
o tecido da nossa teia... Cada parte está interligada.
Cada parte afecta a outra.
O movimento nasce desta relação e quando pensamos que estamos a repeti-lo na verdade não o estamos, porque cada parte da teia está em metamorfose constante.
O movimento nasce único e irrepetível, por mais subtis que sejam as diferenças, tal como nós quando acordamos para um novo dia.
Esta subtileza dá-nos muitas vezes a ilusão da repetição, mas se a cada instante pudéssemos focar toda a nossa atenção na totalidade do corpo e em cada parte da teia simultaneamente, veríamos que de facto não há dois movimentos iguais.
Esta teia não é somente interna, ela estende-se além de nós... ao que nos rodeia, aos outros e liga-se a toda a humanidade em todo o tempo da história.
Poderíamos falar de várias teias:
A teia interna entre o corpo e a consciência;
A teia social que é a ligação ao que nos rodeia, aos outros, ao meio social;
A teia do subconsciente colectivo que nos liga a toda a humanidade...
Todas as teias são na verdade uma só e nós somos como pequenos núcleos dentro da teia maior.
Nada se nossa atenção na totalidade do corpo e em cada parte da teia simultaneamente, veríamos que de facto não há dois movimentos iguais.
Separado, tudo tem uma vibração, uma repercussão...
Uma parte da teia que se agita faz mexer a outra ponta.
Constante movimento. Constante metamorfose.
Singularidade. Unicidade.
Nesta metamorfose constante, questiono, experimento, em busca da minha verdade.
Tento colocar de lado conceitos e (pre)conceitos adquiridos e olhar tudo como se fosse a primeira vez, incluindo eu própria.
Quem sou eu quando não há máscaras?
Permito-me ao espanto e a todo o conhecimento que ele me permite alcançar.
Olho-me como se não me conhecesse de todo e assim conheço-me realmente... a mim, aos outros, ao que me rodeia...
Freya Berit
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