quarta-feira, 11 de março de 2015

A Mulher do Vaso de Alabastro



“Com as invasões Indo-Arianas (por volta de 3500 AC.), surgiu a ideia de uma suprema divindade masculina, cuja raiva e cólera tinham de ser apaziguadas. Ao longo dos séculos, os cultos baseados num deus masculino de poderes ilimitados foram substituindo gradualmente a adoração de uma deusa indulgente.
(...)
A perda do feminino tem tido um impacto desastroso na nossa cultura.
Tanto o macho como a fêmea se sentem profundamente feridos à medida que o segundo milénio da Cristandade se aproxima do fim. As dádivas do feminino não têm sido totalmente aceites e apreciadas. Entretanto, o masculino, frustrado devido a uma incapacidade para canalizar as suas energias em harmonia com um feminino devidamente desenvolvido, continua a liderar com a espada, brande as armas temerariamente e frequentemente flagelando o próximo com violência e destruição.

No mundo antigo, o equilíbrio entre energias opostas era compreendido e honrado.
No nosso mundo moderno, os atributos e atitudes do macho é que têm prevalecido.
A distância entre a atracção pelo poder e a glória por parte do macho e “a adoração do filho primogénito”, um culto que produz muitas vezes machos mimados e imaturos - zangados, frustrados, aborrecidos e muitas vezes perigosos, é muito pequena.
Eventualmente, incapaz de uma interligação com a sua “outra metade”, o masculino fica exausto. O resultado final do princípio feminino desvalorizado não é apenas o ambiente poluído, o hedonismo e o crime sempre crescente é o holocausto.”

In, MARIA MADALENA E O SANTO GRAAL
A Mulher do Vaso de Alabastro
Margaret Starbird

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