sexta-feira, 16 de junho de 2017

DESISTIR DE INTERPRETAR PAPÉIS


Misha Gordin




Fazer o que é exigido de nós em qualquer situação sem que isso se torne um papel com o qual nos identificamos é uma lição essencial na arte de viver que todos nós estamos aqui para aprender. 

Somos mais eficazes no que quer façamos quando executamos a ação em benefício dela mesma, e não como um meio de proteger e acentuar a identidade do nosso papel. Todo papel é uma percepção fictícia do eu e, por meio dele, tudo se torna personalizado e assim corrompido e distorcido pelo "pequeno eu" criado pela mente, seja qual for a função que este esteja desempenhando.

Quase todas as pessoas em posições de poder, como políticos, celebridades e líderes empresariais e religiosos, se encontram inteiramente identificados com seu papel, com poucas exceções notáveis. Esses indivíduos podem ser considerados VIPs, mas não são mais do que participantes inconscientes do jogo egóico, que, apesar de parecer muito importante, não apresenta, em última análise, um propósito verdadeiro.

Neste mundo de personalidades que interpretam papéis, as poucas pessoas que não projetam uma imagem criada pela mente e que agem com o âmago do seu Ser, aquelas que não tentam parecer mais do que são, destacam-se como admiráveis e são as únicas que fazem verdadeiramente a diferença.
Elas são os mensageiros da Nova Consciência.



Eckhart Tolle
in, O Despertar de Uma Nova Consciência







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