terça-feira, 1 de novembro de 2016

Acidificação dos Oceanos




No dia 30 de Outubro, estreou o documentário "Before The Flood", sobre as alterações climáticas.

Eu, depois de ver o documentário, continuo a acreditar mais nos argumentos dos físicos e astrofísicos, que acreditam que o aumento da temperatura está relacionada com os processos naturais dos ciclos da Terra, como as glaciações, as manchas solares, os raios cósmicos, os neutrinos, as correntes oceânicas, etc.

Nassim Haramein fala sobre isso aqui: O Segundo Sol, 2012, a farsa do aquecimento global




Mas, ao ver o documentário, despertou-me a curiosidade sobre a Acidificação dos Oceanos e fui investigar sobre o aumento de CO2 nos oceanos que está a elevar o nível de acidez e ameaça a vida marinha.

A acidificação oceânica é a designação dada à diminuição do pH nos oceanos, significando aumento da acidez, causada pelo aumento do gás carbónico atmosférico (dióxido de carbono, CO2), que se dissolve na água alterando o seu equilíbrio químico. Desde o início da Revolução Industrial, quando as emissões de carbono iniciaram uma rápida escalada, o pH da superfície oceânica diminuíu cerca de 0,1 na escala logarítmica do pH. Embora essa diferença pareça pequena pelo tipo de escala utilizada, representa um aumento de cerca de 10% na concentração de íons hidrogênio H+, os responsáveis directos pela acidificação.

A elevação dos níveis de CO2 na atmosfera poderá ter ou não origem nas actividades humanas, principalmente na queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural, carvão mineral, betume e outros), mas também no desmatamento, em alguns processos industriais e em outras fontes menores. 

Poderá estar directamente associada ao aquecimento global, cujas causas principais são as mesmas e cujos efeitos se reforçam mutuamente. A elevação da concentração do gás e a consequente modificação do pH dos oceanos desencadeia importantes consequências negativas para a vida marinha e, por extensão, para a sociedade, uma vez que grande parte dos alimentos para consumo humano têm a sua origem na biodiversidade marinha.
Além disso, a acidificação prejudica outras actividades humanas como o turismo, favorece a proliferação de espécies invasoras, e age em sinergia com outras agressões aos mares, como a poluição, o aquecimento das águas e a pesca predatória, multiplicando e agravando os impactos negativos.

Quase um terço do dióxido de carbono produzido actualmente vai parar nos oceanos. 
Isso pode até ajudar a diminuir o aquecimento global, mas também gera acidez na água e ameaça gravemente os ecossistemas nos mares.

Há polémicas recentes em torno do facto de, nos últimos dez anos, a Terra não ter registado um aquecimento tão expressivo quanto o previsto por especialistas.
Uma tese diz que o excesso de calor estaria a ser armazenado no fundo dos oceanos.
Na conferência do clima em Varsóvia, na Polónia, houve cientistas que apresentaram um estudo que sustenta essa teoria.
"O aumento de temperatura chega até 1,3ºC, como no caso do Mar Báltico. Esse aquecimento ocorre em águas profundas – a mais de 700 metros de profundidade", esclarece o professor de biologia e zoologia da Universidade de Oxford, Alex Rogers. Em entrevista à DW, o director científico do Ipso explica que quase um terço do dióxido de carbono emitido no planeta atualmente é absorvido pelos oceanos.
Estudos recentes sugerem que a água do mar já estaria 26% mais ácida do que antes do início da industrialização. Até 2100, os oceanos já poderiam estar 170% mais ácidos.
Nos últimos vinte anos, diversas investigações foram realizadas em laboratórios do mundo para tentar descobrir exactamente quais seriam as consequências da mudança de pH para a vida marinha.

Ulf Riebesell, do Centro Helmholtz de Pesquisa Oceânica da Universidade de Kiel (norte da Alemanha) iniciou em 2010 os primeiros estudos no mar sobre o fenómeno, na ilha de Spitzbergen, no Ártico.
"A acidificação põe em risco corais, conchas, caracóis, ouriços e estrelas-do-mar, além de peixes e outros organismos. Algumas das espécies produtoras de cálcio não poderão mais concorrer para sobreviver nos oceanos do futuro. A composição das espécies irá mudar radicalmente", alerta.
Algumas regiões poderão ser afectadas com mais intensidade pela acidificação dos oceanos, como as tropicais e subtropicais, que têm corais de mares de água quente, afirma Riebesell.

Os recifes de corais, de grande valor económico e ecológico, são particularmente vulneráveis.
Elas são importantes não apenas pela diversidade de espécies – e, em muitos países, pelo turismo – mas também porque servem como barreiras que protegem os litorais de ondas e tempestades.

As regiões polares também deverão ser afectadas, uma vez que a água gelada absorve ainda mais CO2.

Investigações no Ártico indicam que a água do mar nessas regiões pode se tornar corrosiva já nas próximas décadas. "Isso significa que a água pode se tornar tão ácida a ponto de simplesmente dissolver conchas e esqueletos dos organismos produtores de cálcio", alerta Riebesell.

Também na Antártida já é possível perceber a acidificação, segundo Alex Rogers, diretor do Ipso. "Encontramos minúsculos caracóis marinhos cujas conchas de cálcio já estavam corroídas", afirmou. Estes são seres de grande importância para a cadeia alimentar marinha, nutrindo de pequenos animais a baleias.

"Uma das principais fontes de proteína no mar está a esgotar-se rapidamente" alertou Monty Halls, presidente da organização ambiental Shark and Coral Conservation Trust (Fundo para a Conservação de Tubarões e Corais), em entrevista à DW. 
Ele acredita que a acidificação dos oceanos é a "maior ameaça às futuras gerações".

Porém, ainda há tempo para contra-atacar esse fenómeno. 
A medida mais importante, na opinião dos cientistas, seria a redução das emissões de CO2. 
Sem isso, "todo o resto é inútil", constata Riebesell, que também defende medidas complementares para reduzir a fragilidade dos ecossistemas. Por exemplo, a poluição de resíduos agrícolas e de plástico deve ser reduzida. Áreas marítimas protegidas poderiam ajudar a reduzir a pressão sobre os ecossistemas.
Apesar da gravidade da situação, Alex Rogers afirma que "todos podem fazer algo para reduzir a sua própria emissão de CO2 e produzir menos lixo: andar de bicicleta, não utilizar sacos de plásticas e usar menos produtos químicos".


No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos, da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímico. 
Este ciclo pode ser dividido em dois tipos:
1- o ciclo "lento" ou geológico, e
2- o ciclo "rápido" ou biológico. 

Numa escala geológica, existe um ciclo entre a crosta terrestre (litosfera), os oceanos (hidrosfera) e a atmosfera. O gás carbónico (CO2) da atmosfera, combinado com a água, forma o ácido carbónico, o qual reage lentamente com o cálcio e com o magnésio da crosta terrestre, formando carbonatos. Através dos processos de erosão, estes carbonatos são arrastados para os oceanos, onde se acumulam no seu leito em camadas, ou são assimilados por organismos marinhos que eventualmente, depois de morrerem, também se depositam no fundo do mar.
Estes sedimentos vão-se acumulando ao longo de milhares de anos, formando rochas sedimentares como as rochas calcárias. O ciclo continua quando as rochas sedimentares do leito marinho são arrastadas para o manto da Terra, por um processo de subducção, libertando CO2. O CO2 é devolvido para a atmosfera através das erupções e outros tipos de atividades vulcânicas, completando-se assim o ciclo.

O ciclo biológico do carbono é relativamente rápido: estima-se que a renovação do carbono atmosférico ocorre a cada 20 anos. Através do processo da fotossíntese, as plantas absorvem a energia solar e CO2 da atmosfera, produzindo oxigénio e hidratos de carbono (açúcares como a glicose), que servem de base para o crescimento das plantas. Os animais e as plantas utilizam os hidratos de carbono pelo processo de respiração, utilizando a energia contida nos hidratos de carbono e emitindo CO2. Juntamente com a decomposição orgânica, a respiração devolve para a atmosfera o carbono biologicamente fixado nas reservas terrestres (nos tecidos da biota, no solo e na turfa).

Uma das consequências do aquecimento global é o aquecimento das águas do mar. 
Se este processo continuar desimpedido, uma outra substância pode vir a desempenhar um papel importante na acidificação da água e também amplificar gravemente o aquecimento global: o metano.

O metano é um dos gases estufa, assim como o gás carbónico, e como ele, tem as propriedades de reter calor atmosférico e, por vias indirectas, acidificar a água.
O metano é um dos produtos da decomposição de matéria orgânica, e existe em vastas quantidades em depósitos no leito oceânico fixado sob a forma de hidratos de metano (clatratos) e no permafrost (o solo permanentemente congelado das regiões frias).
Na forma de clatratos o metano é inerte e inofensivo para o ambiente. 
No caso dos depósitos marinhos, a estabilidade dos clatratos depende de duas condições: baixas temperaturas (mares frios) e/ou altas pressões (mares profundos).
Com o actual aquecimento das águas do mar, os clatratos depositados em mares frios de rasa profundidade ficam expostos à dissolução, libertando o metano. Ao migrar pela coluna de água até a superfície, a maior parte do metano é oxidada por bactérias e se transforma em gás carbónico, e o restante se transmite para a atmosfera. O que se transforma em CO2 contribui para a acidificação da água, e o metano livre no ar contribui para o aquecimento global, sendo um gás dezenas de vezes mais eficiente que o CO2 em seu potencial de retenção de calor.
 O grande problema é que existe uma realmente vasta quantidade de metano em depósitos marinhos, uma quantidade que provavelmente excede a quantidade combinada de carbono que existe na biota terrestre, no solo, na atmosfera e no mar.Uma parte significativa deste imenso depósito reside em mares frios de baixa profundidade, como os que cobrem a plataforma continental do leste da Sibéria, que dependem apenas da baixa temperatura para continuarem estáveis e que estão crescentemente ameaçados de desestabilização sob condições de aquecimento aquático, uma quantidade que é capaz de acelerar o aquecimento global e agravar a acidificação da água se porventura for libertada.
O Oceano Ártico é o que está a aquecer com maior rapidez entre todos, o que torna a ameaça muito real.

O Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica indicou que em 2014 a queda já atinge 0,1. Este valor, aparentemente baixo, na verdade representa um aumento de quase 30% na acidez da água em relação aos níveis pré-industriais. Até 2100 é prevista uma queda no pH ainda maior, podendo chegar a 0,3, o que significaria uma acidificação 170% maior do que no período pré-industrial.

Estimativas independentes chegaram a resultados ainda mais pronunciados, prevendo uma queda de 0,5 a 0,7. Porém, a distribuição da acidificação é irregular, e ocorre com mais rapidez nos mares frios do que nos quentes. Os oceanos absorveram cerca de metade da quantidade de gás carbónico emitida para a atmosfera ao longo dos últimos 200 anos, quando os níveis globais começaram sua rápida elevação.

Como todas as formas de vida marinha dependem de condições estáveis para sobreviver, as mudanças recentes já têm ocasionado variados problemas para muitas espécies de seres, tais como distúrbios no crescimento e na morfologia, no comportamento, no sistema imunológico, na fertilidade e nos hábitos de reprodução e alimentação, dificuldades de orientação e locomoção, menor sensibilidade ao ambiente, menor resistência a doenças e declínio da saúde geral, entre outros efeitos, que levam à redução das populações. 
A acidificação também interfere no metabolismo de vários grupos de organismos que precisam de carbonato de cálcio para formar suas estruturas corporais rígidas, como os corais, esponjas, moluscos de concha, crustáceos e equinodermos, entre outros.
Várias grupos de plâncton, como os foraminíferos, cocolitóforos e pterópodes, que estão na base da cadeia alimentar marítima, também precisam de cálcio para a construção e manutenção das suas estruturas corpóreas e estão sendo prejudicados.

De acordo com Peter Brewer, cientista do Monterey Bay Aquarium Research Institute, em 2009 os oceanos já haviam recebido mais de 500 bilhões de toneladas de gás carbónico, sendo impossível que uma quantidade tão vasta possa ser adicionada aos mares sem que provoque mudanças substanciais em seu equilíbrio e suas propriedades físicas e químicas, e sem que afete sua biodiversidade em larga escala.

Por consequência, a acidificação compromete ainda mais a sobrevivência das reservas de peixes, moluscos e crustáceos para consumo humano, que são alimento essencial ou importante para uma vasta população, agravando o grande declínio que essas reservas já estão a sofrer por causa da pesca excessiva.

Os prejuízos para a sociedade ainda não foram bem determinados, mas podem ser muito elevados, chegando a 100 bilhões de dólares anuais, gerando mais fome e pobreza no mundo. 
Se as tendências continuarem inalteradas, o prejuízo económico em 2100 pode chegar a 1 trilhão de dólares anualmente.

O impacto sobre os corais é um dos mais dramáticos, e tem repercussão proporcional sobre a humanidade, já que a sua riqueza biológica provê o sustento directo para cerca de 400 milhões de pessoas.
O relatório The State of the Ocean 2013, elaborado pelo Programa Internacional sobre o Estado do Oceano em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, indicou que os riscos para os ecossistemas marinhos têm sido muitos subestimados, que as mudanças estão a acontecer mais rápido do que o previsto e que os efeitos da acidificação, combinados a outras agressões que os mares sofrem, devem se revelar dentro de pouco tempo ainda mais graves do que o estimado anteriormente.

A acidificação reforça e agrava outros problemas ambientais enfrentados pelos mares, como o aquecimento oceânico, a desoxigenação oceânica, o acúmulo crescente de detritos marinhos, as descargas de poluição tóxica (efluentes industriais, agrotóxicos, fertilizantes), e a pesca excessiva. Ao mesmo tempo, como algumas espécies parecem beneficiar-se de uma redução no pH das águas, elas tentem a proliferar com mais facilidade e podem se tornar invasoras, especialmente em regiões em que os ecossistemas já estão fragilizados ou degradados por outros impactos ambientais. Neste caso estão, por exemplo, certas espécies de medusas, que podem se tornar uma ameaça para banhistas e mergulhadores. Por extensão, se isso ocorre em regiões litorais que dependem fortemente do turismo, os visitantes podem ser afugentados, prejudicando a economia local. Para além de que, em várias zonas do planeta, as medusas estão a multiplicar-se assustadoramente, e com o seu peso excessivo rasga as redes dos pescadores locais e impede-os de pescar, que é o seu único sustento.

As modificações na química dos mares podem ter efeitos imprevisíveis sobre o ciclo do carbono, já que os mares desempenham importante papel neste ciclo. A saturação da água com gás carbónico pode, a partir de certo ponto, impedir que mais gás seja absorvido pelas águas, as quais, com a sua grande capacidade de armazenamento, têm evitado que o aquecimento global se tornasse ainda mais intenso do que já é. Cessado este processo de absorção, todo o gás emitido permaneceria na atmosfera, produzindo efeitos sobre o clima e a química atmosférica ainda mais graves e reforçando o aquecimento global numa cascata de feedbacks.

Segundo a Royal Society,

"A acidificação é uma razão poderosa, em acréscimo às mudanças climáticas, para a redução global das emissões de CO2. Devem ser estabelecidas imediatamente acções para a redução global das emissões de CO2 para a atmosfera a fim de evitar um dano irreversível aos oceanos. Recomendamos que todas as abordagens possíveis sejam consideradas para impedir que mais CO2 suba à atmosfera. Nenhuma opção que significar uma contribuição importante deve ser desprezada. [...] Aparentemente não existe maneira de remover este CO2 adicional dos oceanos depois de ele ter sido absorvido, nem parece haver, realisticamente, algum modo de reverter os seus efeitos químicos e biológicos generalizados. Levará milhares de anos para que este CO2 adicional seja removido dos mares por processos naturais, devolvendo-os às suas condições pré-industriais. Assim, parece que a única solução prática para minimizar as consequências de longo prazo é reduzir as emissões de CO2".

Em Portugal, temos vários cientistas a dedicarem-se ao problema das Alterações Climáticas, como é o caso do investigador José Xavier, biólogo marinho premiado, cientista polar da Universidade de Coimbra e do Instituto British Antarctic Survey (Reino Unido), que passou nove meses seguidos na Antárctida, primeiro a bordo de um navio científico e depois numa base de investigação. 

No livro,"Experiência Antárctica Relatos de um Cientista Polar Português",  conta-nos a aventura que é a experiência da descoberta científica no pólo e a vida longe da civilização. A fazer investigação na Antárctida desde 1997, o seu objectivo é perceber como a biodiversidade em ambientes extremos é afectada por alterações climáticas.
Neste livro ele conta-nos, em primeira mão, a aventura que é a experiência da descoberta científica nesta região polar. Em particular, como é viver e fazer ciência com um grupo muito pequeno de outros cientistas, longe da civilização.

JOSÉ XAVIER é doutorado pela Universidade de Cambridge (Reino Unido) e, actualmente, investigador do Instituto do Mar da Universidade de Coimbra e da British Antarctic Survey (Cambridge), colaborando com investigadores de mais de dez países. Estuda o comportamento de predadores de topo (pinguins, albatrozes e focas) no Oceano Antárctico em relação às alterações climáticas, fazendo investigação na Antárctida desde 1997. É o representante de Portugal nas reuniões do Tratado da Antárctida e em vários comités da Scientific Committee for Antarctic Research (SCAR), além de fazer parte do comité executivo de vários programas científicos internacionais. Foi o mais jovem investigador a ganhar o prémio internacional Marta T. Muse pelo seu trabalho de excelência em ciência e política na Antárctida. Coordenador de projectos educativos desde 2007, foi um dos vencedores da competição de ensaios sobre ciência da reputada revista New Scientist e da fundação Britânica Wellcome Trust.

No futuro, devido às alterações climáticas, a acidificação do Oceano Antártico poderá tornar-se num dos maiores problemas para os organismos marinhos que lá vivem, alerta um estudo internacional que tem a participação do português José Xavier, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade de Coimbra (MARE-UC).Sendo a Antártida uma das regiões do planeta que tem mostrado sinais de mudanças ambientais bastante rápidas e profundas, um grupo de 11 cientistas, de 9 países (Alemanha, Argentina, Canadá, Espanha, Estados Unidos da América; França, Nova Zelândia, Portugal e Reino Unido), desenvolveu um estudo para avaliar e quantificar essas mudanças.

Os resultados, publicados na prestigiada revista científica Global Change Biology, mostram que grande parte do Oceano Antártico vai ser afectada por processos associados às alterações climáticas e que essas áreas vão ser maiores do que as observadas no passado.

A pesquisa revela também que, no futuro, os factores ambientais que causam stress ao ecossistema marinho do Oceano Antártico poderão chegar a 86% de todo o Oceano Antártico.

"Este foi o primeiro estudo a quantificar os múltiplos factores ambientais que afectam o Oceano Antártico como um todo e a indicar quais as áreas que poderão ser mais atingidas no futuro", salienta José Xavier.

"as regiões costeiras junto ao continente, e particularmente a Península Antártica, vão ser as regiões mais afectadas por estes múltiplos stresses ambientais (como por exemplo: degelo, aumento da temperatura, diminuição do gelo marinho), alertando-nos para onde deveremos focar os nossos estudos científicos futuros".

"O nosso maior desafio futuro será avaliar os efeitos destes factores ambientais na vida dos animais, e em toda a cadeia alimentar, que vivem no Oceano Antártico e qual a severidade desses factores nas diferentes regiões deste Oceano. Estamos a trabalhar nisso agora!", conclui José Xavier.

O quadro de mudanças climáticas apresentado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, 2013) prevê um aumento da temperatura média anual (TMA) global entre 1,5ºC e 4,0°C nos próximos 100 anos.

O elemento do clima mais empregado na avaliação de mudanças climáticas é a TMA, mas outros parâmetros também permitem esta avaliação.
A precipitação pluvial, humidade relativa do ar, além das informações indirectamente derivadas dos anéis de crescimento de árvores (dendrocronologia), testemunhos de fundo marinho, sedimentação de lagos, testemunhos de gelo e do monitoramento do comportamento de massas de gelo devem também ser consideradas em avaliações desta natureza.


Essas observações da Terra e o facto deste aquecimento recente não ser explicado adequadamente somente por fenómenos naturais levaram a comunidade científica a associar tal aumento da TMA ao aumento na concentração de gases de efeito estufa (e.g., CO2, CH4, entre outros).
Também, supõe-se que estes gases sejam produtos directos ou indirectos das actividades humanas associados à industrialização, aumento da área agrícola, entre outros.

É importante destacar que o actual quadro de mudanças climáticas implica alterações e efeitos climáticos na Antártica e, como este continente é um importante controlador do clima no planeta, o Hemisfério Sul (HS) deverá apresentar mudanças no clima que serão observadas na América do Sul.
O clima da Antártida  é o mais frio da Terra, sendo a menor temperatura já documentada no planeta de -89.6 °C na Estação Vostok. Vários estudos observaram um aquecimento do continente, das águas em volta deste ou do ar em sua superfície onde se observou um aquecimento de 2,5 °C nos últimos 50 anos.
As consequências destas alterações climáticas são o descongelamento das geleiras, impactos na vida animal e o aumento do nível do mar no planeta. 
Simulações mostraram que milhares de espécies podem ser extintas em pouco mais de um século caso as temperaturas continuem a subir. Os crustáceos que vivem nas áreas costeiras, por exemplo, deixariam de conseguir retirar oxigénio suficiente da água. Os pinguins em anos recentes tiveram a sua disponibilidade de alimentos diminuída e passaram a migrar para áreas mais frias.
Se todo o gelo derretesse, o nível do mar subiria até 80 metros, mas os cientistas chegaram à conclusão de que a massa de gelo perde 152 quilómetros cúbicos por ano — correspondentes ao aumento de 1,8 milímetros anuais do nível do mar no presente — e que o derretimento total do continente levaria muito tempo.

O continente Antártico detém 90% do gelo e 80% da água doce da Terra e riquezas minerais incalculáveis.
Constituindo-se, assim, num grande laboratório natural para estudar as mudanças climáticas, já que o gelo regista composições atmosféricas de épocas passadas. 
Com esse controle temporal, pode-se considerar um conjunto de alterações climáticas relacionadas ao contexto histórico-espacial da época registada, bem como a relação desse registo com o que estava a acontecer no planeta.

Os pólos são responsáveis pela direcção dos ventos e das correntes marítimas, que influenciam directamente as temperaturas.
A ciência precisa entender a influência dos polos no clima da Terra. 
Para tanto, o Continente Antártico, o mais limpo e puro do mundo, principalmente por não ter sofrido a ingerência do homem, ganha vital importância. A calota polar proporciona um sistema de alerta para as mudanças climáticas que estão a ocorrer no planeta.

No Ártico, a situação é pior, porque o aquecimento do planeta é maior no Hemisfério Norte do que no Sul, devido à presença de maiores massas de terra, condutoras de calor, e de maiores massas de água no hemisfério austral. No verão, a cobertura de gelo ártico diminui ao ritmo de 8% ao ano, há três décadas.

A temperatura sobre a superfície da Terra está 0,6ºC mais alta, actualmente.
As estimativas mostram que até 2100 ela estará 1,4ºC a 5,8ºC mais elevada.
A controvérsia sobre se essas alterações provêm do aquecimento global gerado pelo homem ou são indícios de um novo ciclo climático, como tantos ocorridos na Terra, ainda não foi resolvida. 

Continua a não haver consenso entre os cientistas:
Ainda não há consenso fechado de que o aquecimento de planeta é oriundo da poluição.
De um lado, existem doutores em física que acreditam que a elevação da temperatura está relacionada aos processos naturais dos ciclos da Terra, como as glaciações, as manchas solares, os raios cósmicos, os neutrinos, as correntes oceânicas, etc.
De outro, doutores em meteorologia e ecologia que justificam o aumento do calor na Terra a partir da emissão de gases na atmosfera pela acção humana.

Pois...
Eu acredito mais nos argumentos dos doutores da física!!!

"O mundo começou e acabará sem o homem",
escreveu o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss,
num alerta para os desastres ambientais decorrentes da globalização e do consumismo.





A Inundação da Terra
Before the Flood(inglês)
2016

Do realizador vencedor do prémio Academy Award, Fisher Stevens, e do actor vencedor do prémio Academy Award, activista ambiental e Mensageiro da Paz das Nações Unidas desde 2014, Leonardo DiCaprio, produção executiva de Martin Scorsese, Trent Reznor e Atticus Ross na banda sonora, Before The Flood apresenta a forma como as alterações no clima afectam o ambiente e o que a sociedade pode fazer para prevenir o desaparecimento de espécies em risco, ecossistemas e comunidades nativas por todo o planeta.

"Before the Flood" estreia-se no dia 30 de Outubro de 2016 em 171 países e em 45 línguas, no National Geographic Channel

Em Before the Flood, um documentário com preocupações ambientalistas, DiCaprio entrevista líderes religiosos e responsáveis políticos, mas também cientistas e académicos sobre as mudanças climáticas e o que pode ser feito para as evitar, sugerindo acções e soluções práticas para que a iniciativa de cada cidadão possa contribuir para evitar uma catástrofe no planeta.

DiCaprio, como narrador do filme, viaja pelos 5 continentes e Ártico e fala com cientistas, líderes mundiais, activistas e moradores locais para obter uma compreensão mais profunda deste tema complexo. A ideia é investigar soluções concretas para o mais urgente desafio ambiental do nosso tempo.

Em declarações à CBS, o actor destaca as alterações climáticas como "a mais monumental questão que a nossa geração e a próxima terão de enfrentar, e precisamos de a resolver rapidamente".


O alerta de "A Inundação da Terra", é apresentado a partir de uma alusão à pintura O jardim das delícias terrenas (1503-15), do holandês Hieronymus Bosch – que mostra três fases da Terra, o paraíso, o caos e a destruição.

Aborda aspectos como a poluição industrial excessiva, o consumo de carne bovina e o dilema dos países em desenvolvimento, mais especificamente a Índia, entre fornecer electricidade aos seus habitantes, mas, com isso, agravar os problemas ambientais, já que uma das formas mais baratas de gerar energia eléctrica é por meio da queima de carvão. O mesmo problema e dilema, acontece em África.




                           

O facto de este documentário ter sido divulgado tão perto das eleições americanas, não deixa de ser curioso...pelo facto de, várias vezes durante o documentário terem apelado às pessoas para não votarem nos republicanos, visto serem pouco sensíveis às questões ambientais.

Para além disso, foi estrategicamente estreado mesmo nas vésperas a 22ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP22), que decorrerá na cidade de Marraquexe, em Marrocos, do dia 7 de Novembro até ao dia 18 de Novembro.

Tal como o documentário, Cowspiracy - O Segredo da Sustentabilidade, também este me parece uma manobra de pura PROPAGANDA... claramente mandar areia para os olhos do povinho!
O objectivo é aprovar a Geoengenharia na COP22, com o falso argumento de diminuir os níveis de CO2...e o povo, cego, iludido e manipulado por este tipo de propaganda bate palmas!!!!

A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL COMEÇOU COM O AL GORE EM 2006!!!!!



Não quero com isto negar que o problema existe...
Ele existe!
E tem de ser resolvido!
Eu própria já mudei alguns hábitos há vários anos atrás, como não usar sacos plásticos, separar o lixo, deixar de comer carne de vaca, porco e outras e passar a comer só frango uma vez por semana e de montado, só comer ovos de galinhas de montado, comer vegetais sem pesticidas, beber leite do dia de vacas de montado sem antibióticos e sem hormonas de crescimento, usar o menos possível produtos químicos, deixar de comer Nutella e produtos processados por causa do óleo de palma, procurar energias renováveis e sustentáveis, etc...
A mudança de hábitos tem forçosamente de acontecer!
Sem extremismos nem fundamentalismos!

Porque não se fala na Antártida onde se prova que o gelo está a aumentar??????
SÓ no Ártico derrete.
A farsa do aquecimento global  é outro assunto embora directamente relacionado com este!
Se forem pesquisar, a Nasa já assumiu que manipulou os dados das temperaturas, e uma nova analise revela que as temperaturas desceram 1 grau! 
Claro que no meio disto tudo certas zonas vão esfriar e outras aquecer!
Mas para mim, isto faz parte do Ciclo que é a Inversão dos Pólos, causa real disto tudo e que é causado pela passagem de um planeta, o planeta X, já os Sumérios sabiam disto.

Segundo dados de vários cientistas, a temperatura baixou um grau desde 1970, e meio grau desde 2000!  

Na minha opinião, não são os combustíveis fósseis que estão a provocar o Aquecimento Global, mas sim o Cosmos, o Universo, o Ciclo da Inversão dos Pólos. 
E os Rastos Químicos, HAARP e as Torres GWEN, em situações pontuais !




Acrescento alguns post's mais antigos sobre este assunto para quem quiser aprofundar mais o assunto:

Nassim Haramein fala sobre isso aqui: O Segundo Sol, 2012, a farsa do aquecimento global

HAARP e a Manipulação do Clima  AQUI

High Frequency Active Auroral Research Program (HAARP) AQUI

Aquecimento Global é uma fraude AQUI

GEOENGENHARIA AQUI

Chemtrails ou Rastos Químicos, HAARP e as Torres GWEN AQUI




4 comentários:

  1. Boa tarde. Obrigada pela informação, vou ver o vídeo com toda atenção. No entanto, gostaria de saber um pouco mais sobre a opinião que expressa no último parágrafo; quer explanar e partilhar o seu sentir sobre este tema tão pertinente? Obrigada

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  2. Este é um assunto bastante complexo para lhe explicar em poucas palavras mas, convido-a a ler outros post's que tenho aqui que desenvolvem aquilo que falo no último parágrafo.

    Convido-a a começar pelo post do físico suíço Nassim Haramein, que refiro no início deste post, que fala sobre o ciclo do Sol e do aumento das manchas solares que está a alterar o comportamento dos dois Pólos da Terra, o que provoca alterações climáticas.
    Depois, acrescentei no final do post, outros post's mais antigos que falam sobre os Chemtrails, sobre a Geoengenharia, sobre a Manipulação do clima através da HAARP, entre outras coisas...

    A Poluição é um problema que tem de ser resolvido.
    Sem dúvida!
    Para que os nossos solos tenham mais qualidade e por consequência aquilo que comemos, para que o ar que respiramos tenha mais qualidade, e para que os nossos oceanos estejam mais equilibrados e com uma vida marinha mais saudável.

    Mas, pelo que tenho investigado, não é a poluição que está a provocar as alterações climáticas, mas sim uma alteração cíclica normal do nosso Sistema Solar, com os processos naturais dos Ciclos da Terra, como as glaciações, as manchas solares, os raios cósmicos, os neutrinos, as correntes oceânicas, etc.

    O nosso Planeta Terra já passou por ciclos terríveis, muito piores do que este em que estamos, e a Revolução Industrial nem sequer tinha acontecido.
    E isto é um Facto que está registado, quer no Gelo dos dois Pólos da Terra, quer nas várias camadas dos solos da Terra.

    Espero ter ajudado a esclarecer melhor,
    Grata pela visita
    Abraço Cósmico!

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  3. Obrigada Susana. Sim a Terra está a vivenciar um salto quântico que são grandes pulos de expansão de consciência dos seus habitantes. Vou ler o que me indica, e esperemos que o Universo não seja muito duro connosco. Abraço Cósmico

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