quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A Cruz Célta: sentido e história


Este símbolo bem antigo foi, numa primeira fase, utilizado pelos gauleses, pois estava na posse de uma tradição muito antiga. O seu nome é no entanto muito posterior à sua origem.

A Cruz Céltica é composta por um círculo sobreposto por uma cruz de braços iguais e simboliza o emblema do Sol em marcha e a vida universal. Ela representa a vida, a Nação e a civilização como objecto de crescimento infinito. A Cruz Céltica tem uma grande relação com a roda solar.

O esquema mostra-nos um ponto central situado na confluência dos quatro raios perpendiculares que simbolizam os quatro elementos que dão origem à vida: fogo, terra, ar e água.
Estes são os elementos presentes em todas as actividades do cosmos.
Quando estes elementos circulam, apenas um ponto permanece fixo à margem de todas as contingências: o centro, o homem como portador de valores eternos e imutáveis.

Uma outra interpretação descreve-nos a cruz como a intersecção entre duas linhas, uma vertical e outra horizontal, que dividem o espaço em quatro partes iguais. A linha horizontal representa a vida contingente, que é superada pela linha vertical, representando a ascensão do homem a estados mais altos da sua evolução espiritual.

As quatro proporções do plano em que se divide representam as quatro estações e os quatro reinos do planeta: mineral, vegetal, animal e humano. Também pode representar um dualismo fundamental constituído pela matéria e o espírito, ou o corpo e a alma, que constituem o homem.

Quanto ao círculo, foi criado à imagem e semelhança do Sol, o astro divino. O Sol representa Deus, ou seja a Vida e o Bem. O Sol resguarda o mundo das trevas. O círculo é a figura geométrica perfeita, pois não tem princípio nem fim e no qual todos os seus pontos estão a igual distância do centro, e representam a integração harmoniosa dos valores espirituais nas realidades materiais.

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