Muito se fala em amor próprio, e questiono …
É tão abstracto esse conceito, será que as pessoas sabem que regressar ao amor é um processo interno que se vai fazendo com o relacionamento consigo próprio…?
Como se sente consigo próprio?
Ama-se ?... honra-se?... respeita-se?...
Se não encontrar essas respostas em si, no seu coração , é onde está a base de todas as feridas…
O Amor começa connosco próprios…
Quando não nos amamos, não nos respeitamos, não nos honramos por quem somos, os outros devolvem-nos falta de amor, desrespeito por nós e não honram quem nós somos…
Esse percurso requer integridade e entrega, reconhecer a qualidade do momento, das experiências quotidianas e se estamos a agir com esse respeito por nós, a ser autênticos e a honrar a qualidade do nosso ser…
Integridade é a totalidade do ser… quem realmente somos e não aquilo que acreditamos ou fingimos ser…
Quando somos fieis à nossa integridade, nunca nos prejudicamos e fazemo-lo conscientemente, somos honestos connosco próprios e sentimos o que não tem qualidade para nós…
Se tivermos amor próprio estabeleceremos relações com base no respeito e amor e não no medo e desrespeito…
As relações precisam se basear no respeito …
Respeitar as opções dos outros, não tentar controlar as decisões dos outros…
Ama-se, respeita-se e por isso ama e respeita os outros…
Aceita-se a si própria e como tal aceita o outro como ele é…
Relações saudáveis têm esta base…
Não quer dizer que temos que concordar com tudo, mas respeito o ser que é, as suas convicções, as suas escolhas, comunicamos melhor, criamos uma inter relação de respeito mútuo, sem exigências, mas sim respeito e liberdade, assim se constrói o amor próprio e o amor pelo outro, numa estrutura equilibrada e livre…
Amor próprio não é egoísmo como tantas pessoas pensam.
Dizer a uma pessoa que para eu me amar tem que aturar todos os meus problemas emocionais, isso sim é egoísmo…
Amor próprio é uma estrutura interna que se vai construindo com base na responsabilidade individual, requer não ter medo de lidar com os seus processos internos, não ter medo de senti-los, são parte de si e a si cabe os ir reconhecendo, respeitando, responsabilizando, aceitando que as mudanças são suas, ao reconhecer, sentir, responsabilizar, por este processo interno, começamos a amarmo-nos e não a viver de mentiras, não precisamos que os outros nos digam que somos bons, que somos fantásticos, pois nós próprios o reconhecemos e criamos uma relação autentica e saudável, em amor próprio…
Se temos amor próprio não temos medo de partilhar o nosso amor, pois o nosso coração está totalmente aberto…
Para isso estamos a aprender a comunicar, partilhar, sermos autênticos e isso não é ter que aceitar tudo, mas respeitar tudo na sua integridade, partilhando-nos em liberdade, sem medo de não ser aceite…
Isso deixa de existir, essa dependência de validação do outro deixa de estar presente nas nossas relações…
Assim se constroem relações saudáveis e onde o amor vai crescendo…
Ruth Fairfield
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