Ocorreu em 1988-89.
Uma adolescente japonesa, Furuta Junko, com 16 anos na época, foi capturada, mantida em cativeiro, estuprada, torturada e brutalmente assassinada.
O caso teve grande repercussão no Japão.
Em 25 de Novembro de 1988, quatro rapazes, incluindo Jō Kamisaku, na época com 17 anos (Kamisaku foi um novo sobrenome adoptado por ele após ser liberado da prisão), raptaram e mantiveram em cativeiro, uma estudante do terceiro ano do colegio de Misato, na cidade de Saitama, por 44 dias.
Eles mantiveram-na em cativeiro numa casa de propriedade dos pais de Kamisaku, localizada em Ayase, no distrito de Adachi, Tóquio.
Junko tentou escapar diversas vezes, implorando para que os seus pais a ajudassem, mas eles não fizeram nada, aparentemente por medo que Yokoyama os torturasse. Yokoyama naquela época era um líder de nível baixo da Yakuza, e afirmou que ele usaria os seus contactos para matar qualquer um que interferisse.
De acordo com os seus depoimentos em julgamento, todos os quatro a estupraram, bateram-lhe com varas de metal e tacos de golfe, introduziram objectos estranhos incluindo uma lâmpada de vidro na sua vagina, fizeram-na comer baratas e beber a sua própria urina, inseriram fogos de artifício no seu ânus e os acenderam, obrigaram Junko a masturbá-los, cortaram os seus mamilos com alicates, deixaram cair halteres sobre o seu estômago, e a queimaram com cigarros e isqueiros.
Uma das queimaduras foi uma punição por tentar ligar para a polícia.
Foi dito em depoimento também, que algum tempo depois dos primeiros actos de tortura, ela se tornou incapaz de beber água, o que a fazia vomitar todas as vezes que tentava.
A certa altura, as feridas eram tão graves que de acordo com um dos rapazes, Junko levava mais de uma hora para rastejar escada abaixo para usar o WC.
Eles declararam que "possivelmente mais de cem pessoas" sabiam que Junko Furuta estava aprisionada lá, mas não ficou claro se essas pessoas apenas visitaram a casa enquanto ela estava mantida prisioneira ou se também abusaram dela. Depois de os rapazes se recusarem a deixa-la ir-se embora, ela implorou em diversas ocasiões que a matassem e terminassem com tudo aquilo.
A 4 de Janeiro de 1989, após perderem um jogo de Mahjong solitaire, os quatro bateram-lhe com halteres, colocaram líquido de isqueiro nas suas pernas, braços, rosto e estômago e pegaram-lhe fogo.
Mais tarde naquele dia ela morreu pelo choque.
Os quatro adolescentes alegaram que não faziam ideia do quão grave era o estado de Junko, e que eles acreditaram que ela estava a fingir.
Em 5 de janeiro, os assassinos esconderam o seu corpo num tambor de 55 galões cheio de concreto.
Os perpetradores puseram o barril num terreno baldio recuperado em Kōtō.
Os adolescentes foram presos e julgados como adultos, mas pela maneira como o Japão lida com crimes cometidos por jovens, os seus nomes foram mantidos em segredo pela corte.
Os quatro alegaram culpa para serem acusados de "agressão física seguida de morte" ao invés de homicídio.
A família do líder vendeu a casa deles por aproximadamente 50 milhões de ienes e pagaram essa quantia como compensação de danos à família de Junko Furuta.
Os 3 cúmplices passaram oito anos numa prisão juvenil antes de serem libertados em Agosto 1999.
Em Julho de 1990 o líder do crime foi sentenciado em primeira instância a 17 anos de prisão.
O líder e os dois primeiros dos três cúmplices recorreram à sentença.
A instância seguinte deu sentenças mais severas ainda para os três que apelaram.
O líder recebeu uma sentença de 20 anos, a pena mais alta possível abaixo de prisão perpétua.
Pelo menos dois livros em japonês já foram escritos sobre o caso.
Junko Furuta.
The girl who went through 44 days of torture.
DAY 1: November 22, 1988:
Kidnapped
Kept captive in house, and posed as one of boy’s girlfriend
Raped (over 400 times in total)
Forced to call her parents and tell them she had run away
Starved and malnutritioned
Fed cockroaches to eat and urine to drink
Forced to masturbate them
Forced to strip in front of others
Burned with cigarette lighters
Foreign objects inserted into her vagina/anus
DAY 11: December 1, 1988:
Severely beat up countless times
Face held against concrete ground and jumped on
Hands tied to ceiling and body used as a punching bag
Nose filled with so much blood that she can only breath through her mouth
Dumbbells dropped onto her stomach
Vomited when tried to drink water (her stomach couldn’t accept it)
Tried to escape and punished by cigarette burning on arms
Flammable liquid poured on her feet and legs, then lit on fire
Bottle inserted into her anus, causing injury
DAY 20: December10, 1989:
Unable to walk properly due to severe leg burns
Beat with bamboo sticks
Fireworks inserted into anus and lit
Hands smashed by weights and fingernails cracked
Beaten with golf club
Cigarettes inserted into vagina
Beaten with iron rods repeatedly
Winter; forced outside to sleep in balcony
Skewers of grilled chicken inserted into her vagina and anus, causing bleeding
DAY 30:
Hot wax dripped onto face
Eyelids burned by cigarette lighter
Stabbed with sewing needles in chest area
Left nipple cut and destroyed with pliers
Hot light bulb inserted into her vagina
Heavy bleeding from vagina due to scissors insertion
Unable to urinate properly
Injuries were so severe that it took over an hour for her to crawl downstairs and use the bathroom
Eardrums severely damaged
Extreme reduced brain size
DAY 40: Begged her torturers to “kill her and get it over with”
January 1, 1989:
Junko greets the New Years Day alone
Body mutilated
Unable to move from the ground
DAY 44: January 4, 1989:
The four boys beat her mutilated body with an iron barbell, using a loss at the game of Mah-jongg as a pretext.
She is profusely bleeding from her mouth and nose.
They put a candle’s flame to her face and eyes.
Then, lighter fluid was poured onto her legs, arms, face and stomach, and then lit on fire.
This final torture lasted for a time of two hours.
Junko Furuta died later that day, in pain and alone.
Nothing could compare 44 days of suffering she had to go through.
When her mother heard the news and details of what had happened to her daughter, she fainted.
She had to undergo a psychiatric outpatient treatment .
Imagine her endless pain.
Her killers are now free men.
Justice was never served, not even after 20 years.
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