Realmente, só pelo facto de ser consciente das causas que inspiram as minhas acções, estas causas já são objectos transcendentes para a minha consciência; elas estão fora.
Em vão tentaria apreendê-las.
Escapo delas pela minha própria existência.
Estou condenado a existir para sempre além da minha essência, além das causas e motivos dos meus actos.
Estou condenado a ser livre.
Isso quer dizer que nenhum limite para a minha liberdade pode ser estabelecido, excepto a própria liberdade, ou, se preferir; que nós não somos livres para deixar de ser livres.
Jean-Paul Sartre
Sem comentários:
Enviar um comentário