quarta-feira, 20 de maio de 2015

TENS VALOR OU TENS PREÇO?



Na ciência da Astrologia o Planeta Vénus representada na antiga mitologia grega como a Deusa do Amor representa também o nosso Valor, como valorizamos ou somos valorizados e que se manifesta tanto dentro de nós como fora na nossa vida.

Ou seja, tanto representa o valor interior, pessoal e emocional normalmente designado por amor-próprio ou valorização pessoal, como pode ser exterior na forma de pessoas, bens, dinheiro ou posses materiais.

A visão energética não separa, e como tal ambas as vertentes representam a mesma energia. Logo o que existe de amor e valor na nossa realidade pessoal interior vibra na mesma frequência exterior e vice-versa.

Então o que dizer dos milionários por esse mundo fora, capazes das maiores atrocidades e actos egoístas? Será que a abundância material deles é espelho de abundância emocional?

E o que dizer também de pessoas verdadeiramente altruístas, com corações gigantes, embaixatrizes do verdadeiro amor incondicional, mas privadas de abundância material?

Eu diria que ambas as experiências são lados diferentes da mesma moeda...

Passo a explicar:

Vivemos na dualidade, logo o equilíbrio apenas se atinge com a experiência dos dois polos ao longo de várias experiências e até vidas e como tal jamais iremos reconhecer o patamar mais elevado da energia venusiana sem que antes tenhamos passado pelos patamares mais baixos da ausência da mesma.

Ou seja, primeiro iremos perceber e sentir o amor e o valor nas suas frequências mais baixas como por exemplo a posse, o apego, o ciúme, a valorização exterior sem a respectiva valorização interior, o valor através do dinheiro. Só depois da desilusão e cansaço com todas estas formas de amar e valorizar é que passamos a ir então em busca de frequências mais elevadas como a empatia, o respeito, a liberdade e a individualidade.

É nesta viagem ascendente rumo à experiência mais elevada do amor incondicional que iremos de degrau em degrau viver os vários tipos de amor e experienciar o valor em todas as suas vertentes.

Por exemplo, não é difícil encontrarmos milionários frustrados, solitários, deprimidos e até suicidas, verdade? Não estarão então eles a viver a difícil e dolorosa aprendizagem de que o dinheiro por si só não traz amor, valorização pessoal, felicidade, saúde ou amizade?

Só depois de integrada esta experiência de dor vinda da desilusão com os bens materiais como fonte de felicidade é que o espírito está pronto para ir em busca de energias mais leves e mais amorosas.

É bastante provável que por exemplo este espírito, desiludido com o mundo material como fonte de felicidade se auto proponha a encarnar numa vida onde sem grande acesso à riqueza material irá conseguir explorar o mundo emocional, onde terá muitas propostas de valorizar o ser humano, a pequenez, a simplicidade, as emoções e o mundo espiritual.

Desta perspectiva então, o que vemos no exterior pode-nos iludir e esconder uma aprendizagem interior bem diferente do que nos parece à primeira vista. Ou seja um pobre pode ter uma imensa riqueza interior assim como um milionário não ter consciência nenhuma dos mais básicos valores humanos.

As nossas vidas são uma imensa viagem rumo à abundância, à luz e à experiência do amor incondicional. Como tal não é uma aprendizagem de uma vida só tendo em conta que precisaremos de muitas oportunidades de experienciar o que o amor é e também o que o amor não é.
A diferença entre valorização pessoal e dinheiro, como nos sentimos junto a frequências baixas e junto a frequências elevadas. Seria então impossível atingir elevados patamares e equilíbrio numa vida só e como a humanidade num todo espelha o estado do nosso interior, basta ver pelas noticias que estamos todos longe de saber o que Amor, com A grande é..

Tenho observado quanto a este tema do Amor / Valor que a Vida traz-nos essas aprendizagens em vivências bem comuns do nosso dia a dia:

- Na primeira lição condiciona-nos os bens materiais, dificulta a abundância material e atrasa o acesso ao sucesso financeiro para que possamos encontrar primeiro dentro de nós o amor e valor próprio e a abundância emocional, mental e espiritual.

Mais cedo ou mais tarde, depois de aceite o convite para um enorme trabalho interior de cura e integração emocional, o desenvolvimento desta abundância interior e o resgate do valor pessoal interior irá ser finalmente materializado e gerar a respectiva abundância exterior e material.

-  Na segunda lição condiciona-nos a abundância emocional, dificulta-nos o sentir, as ligações emocionais profundas, transparentes e íntimas com os outros para que nos possamos desiludir com a crença de que as posses materiais poderão compensar o doloroso vazio e uma baixa valorização pessoal.

Mais cedo ou mais tarde, o vazio emocional, espiritual, social e familiar e a constante desilusão com as posses materiais como fontes de valorização pessoal e felicidade irão proporcionar a busca da valorização pessoal, interior, do amor próprio e das verdadeiras ligações emocionais.

Ou seja, o dinheiro e os bens materiais devem proporcionar experiências que desenvolvam a valorização pessoal, interior, emocional, espiritual, social e familiar, nunca serem um fim em si como substituição desses mesmos valores interiores.

Quando o são, o desequilíbrio acontece e mais cedo ou mais tarde, cairemos numa das lições acima.

Da mesma maneira, a abundância emocional e até espiritual por si só sem valorizar a vertente prática e materializada em estrutura responsável é quase impraticável no mundo cheio de responsabilidades em que vivemos.

O Universo é abundante por Natureza.

O Planeta Terra é riquíssimo e abundante para todos.

Há mais do que suficiente para que cada um de nós manifeste abundância interior e exterior.

São as nossas más escolhas e actos EGOístas que ainda mantêm o desequilíbrio global e pessoal.

A nossa cura pessoal e até do próprio planeta passa assim e antes de mais por reconhecermos o nosso valor e amor próprio e reconhecer que muito antes de poder desfrutar da verdadeira abundância, ela tem que acontecer primeiro dentro de cada um sem que dependa do retorno de algo ou alguém.

As aparentes injustiças que vemos no mundo, a falta de amor e o excesso de materialismo que a energia pessoal de cada um de nós atrai, são espelhos do desequilíbrio que está a acontecer no nosso mundo interior e como tal está na nossa mão mudar a nossa parte.

Tudo começa e acaba em nós. O mundo material é o quadro onde poderemos ver projectadas todas as dinâmicas que dentro de nós circulam, incluindo o estado da nossa valorização pessoal.

Por isso uns têm muito dentro e pouco fora e outros têm muito fora e pouco dentro.

Tira então um momento para analisar as dinâmicas e as pessoas que te rodeiam:

De que maneira abordam o mundo do amor e o mundo do dinheiro?

Quais são as que te cansam e chocam pelas suas atitudes relacionadas com o dinheiro e com o amor?

Quais são as que te inspiram e te causam admiração pela segurança que transmitem?

Quem te está a testar a tua valorização pessoal e segurança interior’?

Quem define a tua valorização pessoal e segurança interior? Já és tu propri@ ou ainda estão na mão de alguém no exterior??

Quem consideras ainda a tua ‘segurança’? Ou será que é o dinheiro que está a representar esse papel?

Através da dinâmica dos espelhos facilmente irás perceber o “drama interior” através do “drama exterior”.

Amor, valor, preço são apenas designações diferentes que damos à mesma energia Venusiana dentro de nós. As duas lições acima, com os seus respectivos desequilíbrios e experiências exteriores expressam a mesma carência: A capacidade ou não que temos de expressar a energia do Amor.

Costuma-se dizer que a maneira como lidamos com o dinheiro é idêntica à maneira como lidamos com o amor.

Analisemo-nos então por um momento a dinâmica dinheiro / amor:

Seremos avarentos, gananciosos e forretas?

Seremos esbanjadores, generosos e gastadores?

Sabemos dar incondicionalmente?

Sabemos receber incondicionalmente?

Tenho noção do que o outro merece?

Tenho noção do que eu mereço?

Estaremos longe ou perto do equilibrado manejo das duas?

Identifica dentro de ti estas energias reconhecendo e fazendo a respectiva compensação  interior e exterior.

Investe em ti e no teu interior de maneira a que a tua vibração de valor e amor próprio seja o mais alta que te é possível no momento presente ...
Depois é só ficar a ver a magia a acontecer...

Vera Luz​

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