sábado, 14 de fevereiro de 2015

NOTAS À SOMBRA DOS TEMPOS



"Não sabe quem quer ou pretende saber, mas quem pode.
E só pode, pelo menos potencialmente, aquele que sabe olhar com respeito e atenção os indícios e os sinais pulsantes na vastidão da vida.
Aquele que olha o outro com reverência e começa por si mesmo no exercício da profunda compaixão ante o muito relativo de tudo quanto se sabe."

Mariana Inverno
in, NOTAS À SOMBRA DOS TEMPOS
Crónica - DA ARROGÂNCIA INTELECTUAL E DOS SEUS ENGANOS


"A atracção do atalho para encurtar a rota funciona da forma ilusória que lhe é própria e por demais conhecida dos seres que trabalham seriamente na sua evolução.
Não há como não percorrer o caminho inteiro, com todos os seus obstáculos e testes, não há como não lidar com a sombra, só o posicionamento humilde e persistente no trabalho da consciência nos permite passar os estreitos portais para o Conhecimento e para a Luz."

Mariana Inverno
in, NOTAS À SOMBRA DOS TEMPOS
Crónica - CORAÇÃO FLAMEJANTE VERSUS ESTADOS FEBRIS


"O avanço nas teorias dos campos quânticos permitem-nos compreender de forma mais racional como somos deuses criadores do nosso próprio destino. Sabe-se hoje, por exemplo, que as mais ínfimas partículas constituintes da matéria representam flutuações de energia e informação no vácuo quântico onde parece nada haver mas que contem afinal campos electromagnéticos e gravitacionais e partículas de força interagindo entre si.
Isto aponta para que a matéria-prima do universo seja imaterial, isto é, uma “não-substância” inteligente e pensante que responde aos impulsos que lhe imprimimos.
Há, por conseguinte, por detrás do cenário tangível da chamada realidade, um vácuo criativo que orquestra a nossa vida através do nosso próprio, e quase sempre inconsciente, comando."

Mariana Inverno
in, NOTAS À SOMBRA DOS TEMPOS
Crónica - SER RICO


"Chega sempre a hora do frente a frente com um nível único do ser aonde muitos poucos, além de nós mesmos, têm acesso. É na hora crua desse balanço, despidas todas as máscaras, ultrapassada a ilusão de que somos outra coisa senão a coisa que somos, sem holofotes nem acessórios, sem efeitos especiais, é nessa hora que a alma chora baixinho, saudosa dessas outras que a puderam tocar num ponto nevrálgico, oculto e misterioso, inacessível para quase todos.
Chamo a isso o ponto da Vida, o ponto do Amor.
A esse eco raro devemos a nossa total lealdade."

Mariana Inverno
in, NOTAS À SOMBRA DOS TEMPOS
Cónica - O PONTO DA VIDA, O PONTO DO AMOR


Sem comentários:

Enviar um comentário