sábado, 28 de fevereiro de 2015

thievery corporation - until the morning

...............sensação que nada está a acontecer



Há momentos em que pura e simplesmente temos a sensação que nada está a acontecer.
Mas... é isso mesmo, apenas uma sensação!
Na verdade, tudo está em permanente movimento e evolução.
Os planetas movem-se, as galáxias movem-se, os átomos movem-se, nada está parado...

Claro que temos por vezes essa perceção errada ou desfasada da realidade, devido à nossa própria condição humana. Este "vestido" que usamos nesta dimensão torna os processos muito lentos, mais aborrecidos, mais longos...
O Relógio Cósmico, trabalha de forma diferente do Relógio Humano.

Porém, acham mesmo que isso acontece por acaso ou apenas para nos fazer sofrer?

Eu acho que não! Sei que tudo tem um propósito e que nada, mas mesmo nada acontece por acaso.

As dores, os sofrimentos, as "injustiças", são apenas testes à nossa paciência. 
Testes esses que desenhámos para nós.

Sim, não se assustem com as minhas palavras, nem pensem que endoideci de vez.

Somos nós os responsáveis pela nossa vida, somos nós que decidimos onde e como vamos nascer, onde vamos viver o nosso propósito de vida, cumprindo desse modo a nossa missão. 
Com quem vamos aprender preciosas lições de vida, quer sejam vividas pela negativa ou pela positiva. 
Somos nós que escolhemos os pais, a família, o país, a condição social e económica, a saúde e assim por diante.

Portanto, como veem, não adianta depois sentir tanta raiva ou tanta revolta pelas nossas experiências.
Cabe a nós tomar consciência de quem somos, do que viemos fazer, do que viemos cumprir.

Muitos de nós, passam pela Escola da Terra, sem nunca resgatar este poder - o poder de mudar a própria realidade.

Hoje, aqui e agora, temos a possibilidade de alcançar essa bênção. Mas para isso há que confiar a quinhentos mil por cento nessa possibilidade, não há espaço para hesitações, medos ou temores.

Eu sei... eu sei que vos é difícil acreditar nestas palavras, mas façam um pequeno esforço interior e a vossa visão interna abrir-se-á, mostrando-vos novas dimensões da existência, novas possibilidades de ser e de estar.
A mais imediata é a possibilidade de largar a velha energia: já experimentámos e passámos pelo papel de vítima e de carrasco vezes sem contas, ora de um lado ora de outro, numa viagem ininterrupta até ao momento em que percebemos que esteve sempre nas nossas mãos a possibilidade de fazer escolhas diferentes, passíveis de mudar a realidade.

Outrora, como hoje, apresenta-se-nos essa possibilidade mais uma vez.
Vamos escolher em consciência?

Ainda acham que não está a acontecer nada?



Eva Vilela Veigas

...............diz-me o que de mim amaste



"desenha com a ponta dos teus dedos
as fronteiras exactas do meu rosto
as rugas, os sinais, a cicatriz que ficou da infância
o lento sulco das lâminas onde no peito
se enterra o mistério do amor
e diz-me o que de mim amaste
noutros corpos, noutras camas, noutra pele
prometo que não choro
mas repete as palavras um dia minhas
que sem querer misturaste nas tuas
e levaste com as chaves de casa e os documentos do carro-
e largaste sobre a mesa com o copo de gin a meio
na primeira madrugada em que me esqueceste"

Alice Vieira

Os Segredos da Física Quântica

EP1: O PESADELO DE EINSTEIN


 
Os Segredos da Física Quântica - Parte 1... por DocumentariosCiencia                                           


EP2: QUE HAJA VIDA   


    
Os Segredos da Física Quântica - Parte 2... por DocumentariosCiencia

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Luz e Escuridão

Serie com duas partes:

 Luz - A história de como usamos a luz para revelar o cosmos começa no Século 3 A.C, quando, ao tentar compreender os truques de perspectiva, o matemático grego Euclides descobriu que a luz viaja em linhas rectas, uma descoberta que significava que, se pudéssemos desviá-la de seu percurso retilíneo, poderíamos mudar a forma com que vemos o mundo.
Na Itália renascentista, 2.000 anos depois, Galileu Galilei fez exactamente isso, usando as lentes de seu simples telescópio, para revelar nosso verdadeiro lugar no cosmos.
Com cada novo insight sobre a natureza da luz, surgiu uma nova compreensão do cosmos.
Ela nos permitiu penetrar nas profundezas do espaço e, até mesmo, revelar a composição e o ciclo de vida das estrelas.
Nos anos 1670, o astrónomo dinarmaquês Ole Roemer descobriu que a luz viajava a uma velocidade finita, uma descoberta que teria uma implicação profunda.
Isso significava que, quanto mais longe olhássemos para o universo, mais além estaríamos vendo de volta no tempo.
E, em 1964, ao detectar uma radiação de microondas de fundo, o resplendor do Big Bang, nós captamos a luz mais antiga do universo e vimos o máximo de tempo possível no passado que a luz nos permite ver.


 
Luz e Escuridão (Parte 1) Documentário por DocumentariosCiencia                                       



Escuridão - O Professor Jim Al-Khalili conta a história de como deixamos de pensar que tínhamos uma noção quase completa do universo para dar-se conta de que não vemos quase nada dele.
Hoje, nossa melhor estimativa é de que mais de 99% do cosmos está oculto na escuridão, invisíveis para os telescópios e além da nossa compreensão.
As primeiras pistas de que deveria haver mais do que os nossos olhos podem ver surgiu a partir do assombro em 1846, com a descoberta do planeta Neptuno. Ele foi difícil de ser encontrado, porque, a 4 bilhões de quilómetros de distância do Sol, havia pouca, porém preciosa luz para iluminá-lo e, tal qual 89% de todos os átomos do universo, ele não emitia praticamente luz alguma.
Em meados do Século XX, os cientistas descobriram algo ainda mais estranho - a matéria escura - algo que simplesmente não era visto; que era, fundamental, impossível de ser visualizada.
De facto, para explicar o posicionamento das galáxias e como elas se formaram, em primeiro lugar, precisava haver 4 vezes mais matéria escura do que havia de matéria atómica convencional.
No final dos anos 1990, cientistas tentando medir precisamente o quanto de matéria escura havia no universo, descobriram algo ainda mais evasivo lá fora - a energia escura,uma força nova e misteriosa que estava expandindo o Universo, e que se supunha constituir até 73% dele.
 Finalmente, Jin explora a jornada para revelar a natureza da energia escura e visualizar a matéria escura aglomerar as primeiras estrelas e galáxias - uma jornada que envolve mergulhar no período mais sombrio do passado cósmico.


 
Luz e Escuridão (Parte 2) Documentário por DocumentariosCiencia

Patrick Watson - The Great Escape

Anselm Grün



"A vida não é, antes de mais, consumir, mas percepcionar, sentir, provar e saborear.
Não é a quantidade de coisas que eu tomo para mim que decidem se eu vivo realmente, 
mas o modo como eu percepciono e experimento aquilo que me é oferecido.
Tem a ver, sobretudo, com a intensidade da vida.
E essa precisa de sossego, serenidade, liberdade, admiração, 
entrega àquilo que verdadeiramente é importante."

Anselm Grün

Paradoxo do dominado



“O que é bizarro e paradoxal é que, 
o dominador e dominado defendem a cultura da disciplina e obediência, 
bem como uma mão cheia de intelectualidade academicamente correcta, 
de elites politicamente convergentes 
e até de religiosos santamente abnegados”.

António Coimbra de Matos

EL CREDO DE LA MUJER REAL POR JAN PHILLIPS



       
Yo creo que dentro de mi yace una extraodinaria radiancia,
Y me comprometo a permitir que mi luz se expanda por el mundo.

Yo creo que la fuente de mi poder y sabiduría está en el centro de mi ser,
Y me comprometo a actuar desde este lugar de fortaleza.

Yo creo que poseo  pasión y potencial creativo en abundancia,
Y me comprometo a la expresión de estos dones.

Yo creo que ha llegado el momento de dejar ir viejas ideas y actitudes insanas,
Y me comprometo a re-examinar lo que se me ha dicho sobre la belleza y a descartar aquello que insulta a mi alma.

Yo creo que los pensamientos y palabras negativos comprometen mi bienestar,
Y me comprometo a pensar y hablar positivamente sobre mi misma y sobre l@s demás,

Yo creo que las mujeres jóvenes necesitan modelos positivos,
Y me comprometo a ser un ejemplo de autenticidad y auto-amor.

Yo creo en la relación de mi bienestar y el bienestar del planeta,
Y me comprometo a una vida de conciencia plena que percibe a todo ser viviente como sagrado y digno de mi amor.

Yo creo que es mi responsabilidad espiritual cuidar mi cuerpo con respeto, cariño y compasión,
Y me comprometo a equilibrar mi vida de manera que mi cuerpo físico sea expresado  y nutrido por completo.

Yo creo que disfrutar es una parte esencial del bienestar,
Y me comprometo a quitar cualquier obstáculo del disfrute y a crear una vida llena de exhuberancia.

Yo creo que la mujer que se ama a sí misma es una fuerza atractiva, poderosa y apasionada,
Y me comprometo, de hoy en adelante, a amarme a mi misma profunda y extravagantemente.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

The Best of Yann Tiersen on Piano




0:00 I Saw Daddy Today
2:03 Comptine d'un autre été
4:20 Watching Lara
5:46 First rendez-vous
7:02 La valse d'amelie
9:39 Summer 78
11:47 Naval
15:17 Sur le fil
19:38 La dispute
22:12 Childhood
23:48 Mother's Journey
25:15 La Plage
27:12 The Fall - La Chute
33:01 Le matin
34:56 Les deux pianos
36:42 Le Demarche
38:34 Le Moulin
42:22 Rue des Cascades
45:25 L'absente

when you left




when you left
you took almost
everything
i kneed in the nights
before tigers
that will not let me be.
what you were
will not happen again

— Charles Bukowski

....................dificuldades


"Que fique claro: um ensinamento espiritual dá-vos conhecimentos, métodos, descobre-vos horizontes insuspeitos, mas não afasta de vós as provações.
Qualquer que seja o caminho que se toma na vida, bom ou mau, encontra-se dificuldades.
Essas dificuldades talvez não sejam da mesma natureza e, sobretudo, são vividas de modo diferente, mas não se escapa a elas.
A fraqueza, a vulnerabilidade, são perigos que espreitam os adeptos de um ensinamento espiritual. Pelo facto de terem escolhido o caminho da luz, eles imaginam que vão avançar sob a proteção de numerosas entidades que afastarão deles os acidentes, as doenças, os ataques de pessoas maldosas. Então, quando têm de enfrentar provações que não esperavam, não sabem o que fazer e vão-se abaixo. Doravante, cada um deve saber à partida que um ensinamento espiritual não lhe prepara um refúgio onde ele estará protegido dos acidentes da vida; mas, ao dar-lhe uma luz e métodos, ele faz muitíssimo mais!
Então, iluminai-vos com essa luz, praticai esses métodos: o que quer que vos aconteça, não só permanecereis firmes, inabaláveis, mas também vos tornareis capazes de ajudar aqueles que estão a passar por tormentas."

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Puro e inocente...e não, astuto e manipulador!



"The higher you arrive, the more pure and innocent you must be inside, not more cunning and manipulative.
Who is cunning and manipulative?
Whoever does not have the ability to walk like a king.
If you have the ability and power to make things in a simple way, direct and honest , then you shall not do anything undercover"

 ~Sri Sri Ravi Shankar

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Etta James - Misty Blue

Narcisismo.....ou solidão? Interioridade!



“Confundimos demasiadas vezes narcisismo com solidão, mas o processo é na realidade inverso: Narciso está só porque está rodeado por espelhos que o impedem de ver aqueles que estão à sua volta; pelo contrário, o solitário apoia-se em si próprio.
Aliás, Pascal dizia:
O homem que gosta apenas de si mesmo odeia acima de tudo ficar sozinho consigo próprio.

Erroneamente, associamos a solidão ao egoísmo e ao egocentrismo, enquanto a vida sozinho e, em particular, o celibato, pode permitir uma abertura ao mundo que a vida em casal não permite, e a solidão desempenha muitas vezes um papel de propulsor para ir para outra coisa.
A dificuldade em estabelecer relações sólidas num mundo incerto leva as pessoas a virar-se para outras aspirações.
A carência, o fracasso, o sofrimento servem por vezes de impulso para progredir.
Podemos encontrar aí a força para inventar outros laços.”

Marie- France Hirigoyen 
in, As Novas Solidões Na era da comunicação estamos mais sós



Narciso, exibe prazer em ser admirado à distância, e não está disponível para relações de reciprocidade. 
Muito dependente do olhar do outro, tem também o desejo de tudo agarrar.

Solidão...ou SOLITUDE, como lhe queiram chamar, é outra coisa:
É, estar atento a si próprio e ao que na verdade nos convém, de acordo com as nossas necessidades. 
Por vezes, esta (boa) solidão é escolhida. 

Começa por pequenas alterações nos hábitos quotidianos.
Já não nos apetece ir ao encontro de…,fazer isto ou aquilo.
Questionamo-nos repetidamente “Para quê?”.
Não sabemos até onde nos levará.
As pessoas avisam-nos que este aparente desligamento pode não ser saudável e que é preciso convivermos.
Se não nos enchermos de amargura ou desprezo pelo mundo, um sadio silêncio cobre-nos, como se todas as coisas fossem depuradas, e só restasse o lugar que tem a ver com a nossa história pessoal e com todo o de melhor soubemos reconstruir de nós mesmos e do nosso passado.
Não consideramos que nos perdemos na vida.
Entendemo-la como um caminho que foi necessário.
Os pequenos prazeres, mesmo solitários, são surpreendentes e servem para reafirmar o íntimo sentido de liberdade.
Por nos amarmos, já não nos importarmos com o julgamento de quem não interessa.
Tornamo-nos mais selectivos em relação aos outros.

Há quem diga que se pode pagar um preço, mas quem passa para a outra margem do sentido de viver, quem fez este crescimento espiritual, sabe que está mais rico por este trabalho ter sido feito dentro de si.



Como prometido, cá estou eu de novo com este livro.

As Mães



“O ferimento mais profundo que é infligido a uma mãe na nossa sociedade não é só a sua opressão, mas a sua adaptação ao mito masculino da respectiva superioridade, e a aceitação da própria insignificância.
Nos casos em que o movimento feminino contemporâneo interpreta a igualdade de direitos como o direito de serem tão ruins como os piores dos homens, ele perpetua o domínio masculino sob novas formas.
Pior ainda: estas mulheres, como negam a força dos aspectos criativos do seu amor, continuaram a educar mulheres e homens que, por seu lado, recusarão a sua própria força real e se decidirão por empregar o seu poder sem escrúpulos.
É isto que Édipo representa: a ferida inicial que se transforma numa ânsia de dominar."

Arno Gruen 
in, A Traição do Eu 




Os Erros



Os Erros
A confusão a fraude os erros cometidos 
A transparência perdida — o grito 
Que não conseguiu atravessar o opaco 
O limiar e o linear perdidos
Deverá tudo passar a ser passado 
Como projecto falhado e abandonado 
Como papel que se atira ao cesto 
Como abismo fracasso não esperança 
Ou poderemos enfrentar e superar 
Recomeçar a partir da página em branco 
Como escrita de poema obstinado?

Sophia de Mello Breyner Andresen 
in, "O Nome das Coisas".

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

When You're Strange




When You're Strange - Documentário
2010

Direcção - Tom DiCillo

Johnny Depp (narração)


Um olhar sobre a banda The Doors, com destaque ao vocalista, Jim Morrison (1943-1971), desde a formação do grupo em 1965, quando estrearam no palco e lançaram o primeiro álbum, até a fatídica morte do cantor, após anos de uso exagerado de álcool e drogas.
Ao longo do turbulento percurso, vemos cenas de arquivo com ensaios, shows e os momentos mais íntimos da banda, incluindo um show em Miami, que resultou na prisão de Morrison, acusado por obscenidade.
Seu amor pelos holofotes, o desejo de se tornar um poeta e seu humor movido a álcool mostram a personalidade do astro, que variava nos altos e baixos, coleccionando sucessos, escândalos e fracassos.
A música da banda, que encantou toda uma geração, até hoje ainda pode ser escutada em todos os lugares do mundo.

Fica esta noite



"Fica esta noite, mais outra, 
tempo que demora a cumprir 
a decisão de amar-te. 
E vamos fazendo o curso dos dias
com algumas opiniões parecidas 
e ódios às coisas culpadas. 
A gente que diz coisas de silencio, 
os andaimes da cidade 
tapando saídas, 
as horas certas quando dizemos adeus. 
E que sentido têm estas lágrimas?
Eu vivo neste ano e já me esqueço de mim,
apenas vou precisar amar-te, depressa."

Helder M. Pereira

Somos todos imortais



Somos todos imortais.
Teoricamente imortais, claro.
Hipocritamente imortais.
Porque nunca consideramos a morte como uma possibilidade cotidiana, feito perder a hora no trabalho ou cortar-se fazendo a barba, por exemplo.
Na nossa cabeça, a morte não acontece como pode acontecer de eu discar um número telefônico e, ao invés de alguém atender, dar sinal de ocupado.
A morte, fantasticamente, deveria ser precedida de certo ‘clima’, certa ‘preparação’.
Certa ‘grandeza’.
Deve ser por isso que fico (ficamos todos, acho) tão abalado quando, sem nenhuma preparação, ela acontece de repente.
E então o espanto e o desamparo, a incompreensão também, invadem a suposta ordem inabalável do arrumado (e por isso mesmo ‘eterno’) cotidiano.
A morte de alguém conhecido e/ou amado estupra essa precária arrumação, essa falsa eternidade.
A morte e o amor.
Porque o amor, como a morte, também existe – e da mesma forma, dissimulada.
Por trás, inaparente.
Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte – pois o amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) – nos desarma.
O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade.

 | Caio Fernando Abreu |

Viver é estar relacionado



Viver é estar relacionado
A compreensão de nós mesmos não chega através do processo de afastamento da sociedade ou através do isolamento numa torre de marfim.
Se vocês e eu investigarmos realmente o assunto cuidadosa e inteligentemente, veremos que só conseguimos compreender a nós próprios na relação e não no isolamento.
Ninguém consegue viver em isolamento.
Viver é estar relacionado.
Só no espelho da relação é que compreendo a mim mesmo, o que significa que tenho que estar extraordinariamente alerta nos meus pensamentos, sentimento e acções na relação.
Isto não é um processo difícil ou um empreendimento super-humano; e como em todos os rios, enquanto a nascente dificilmente é perceptível, as águas ganham ímpeto à medida que se movem, à medida que se aprofundam.
Neste mundo louco e caótico, se investigarem este processo deliberadamente, com cuidado, com paciência, sem condenar, verão como ele começa a ganhar ímpeto e que não é uma questão de tempo.

J.Krishnamurti 
in, The Collected Works vol VI, pp 37-8

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Os silêncios



Não entendo os silêncios
que tu fazes
nem aquilo que espreitas
só comigo

Se escondes a imagem
e a palavra
e adivinhas aquilo
que não digo

Se te calas
eu oiço e eu invento
Se tu foges
eu sei não te persigo

Estendo-te as mãos
dou-te a minha alma
e continuo a querer
ficar contigo

Maria Teresa Horta

......................ilusão








"A definição de capitalismo (ou liberalismo) é uma grande piada de mau gosto. 
As pessoas acreditam deter a propriedade privada de algo, mas o único que elas possuem é a responsabilidade de pagar ao Estado impostos pela posse temporária de algo, 
seja um imóvel ou um automóvel, por exemplo. 
Se deixarem de pagar os impostos seu bem (ou seu mal, depende do ponto de vista) pode ser apreendido, leiloado ou tomado). 
Poucas pessoas vêem o óbvio. 
Não há propriedade privada. 
Não há capitalismo." 

Fernando Augusto


TER...É ESCRAVIDÃO... 
Possuir é limitar. 
USUFRUIR é privilégio...




Ascendência Celta e Pagã...





Nós europeus, temos uma ascendência celta e pagã...


A Mulher tem de voltar a ser fiel à Terra…
e ser senhora de si mesma…
Como a Mulher Celta!!!!



”A Terra é a nossa mãe.
Dela recebemos a vida e a capacidade para viver.
Zelar por nossa Mãe é nossa responsabilidade e zelando por ela, estamos zelando por nós próprias.
Nós, mulheres indígenas, somos manifestações da Mãe -Terra em forma humana.
Molestar, destruir, minimizar as manifestações da Mãe-Terra é ir contra a sua natureza, pois na natureza tudo deve fluir, assim como os rios que correm, os mares que enchem e esvaziam, como as cachoeiras que caem, como as pedras que rolam, como os filhotes que nascem e crescem, como a chuva que cai, como as luas que se enchem e vão, como o sol que esquenta e esfria, como a vida humana e animal que brota e transforma-se em húmus para a terra.
Ir contra todos esses segmentos é violar o sagrado.
A base filosófica de nossas vidas, como mulheres e povos indígenas, (…) é o respeito pelo sagrado, pelo que foi criado pela natureza, e a mulher faz parte deste sagrado, por isso sua palavra é sagrada, tanto quanto a Terra.
E toda a sua cultura e espiritualidade relacionadas ao sagrado humano, deve ser respeitada.”

ELIANE POTIGUARA




domingo, 22 de fevereiro de 2015

Tudo é energia



Das mais variadas maneiras, a física quântica está a destronar a visão sólida, materialista e separatista Newtoniana e a mostrar como afinal o mundo não é composto de seres ou objectos isolados e independentes uns dos outros mas sim, que tudo é energia em permanente interacção uns com os outros.

Desde a mais sólida rocha ao corpo humano, tudo pode ser dividido e decomposto que o resultado será sempre o mesmo; átomos compostos de quarks e fotons em permanente vibração criando um composto único, pessoal e diferente que é a nossa frequência pessoal, individual e única, fruto da nossa história também pessoal, individual e única. 
Não é importante se esses compostos são pessoas, móveis, plantas, animais ou planetas.. Tudo é energia.

Viver, crescer e evoluir não é mais do que a nossa interacção diária e permanente dessas infinitas energias entre nós e o mundo.
As energias em vibração extremamente acelerada dão origem a emoções, sensações, intuições e pensamentos imperceptiveis ao olho das 3 dimensões, quando em vibração excessivamente lenta ou desacelerada essas energias dão origem a matéria física ou sólida como por exemplo o nosso corpo físico.

Se conseguíssemos ver essas energias em funcionamento veríamos como elas são tão sensíveis e alteram-se facilmente tal como quando atiramos uma pedra para um lago de água parada; vai criar um impacto que vai atingir toda a água do lago através de ondas.
Nenhuma parte da água do lago ficará livre de sofrer esse impacto pois as ondas farão chegar vibrações a cada milímetro do mesmo.

Depois de séculos a vermos o mundo e os outros como entidades independentes, sólidas e diferentes de nós que nos habituámos a julgar isoladamente, vai levar o seu tempo até olharmos o mesmo mundo, mas agora feito de energia em constante interacção e movimento e da qual somos não só responsáveis pela nossa pessoa assim como tudo o que ela impacta fora de nós tanto positiva como negativamente.

O próximo estágio, prevejo ou melhor, anseio eu, será a descoberta ou confirmação científica de que essa energia que todos vemos fazer mexer o mundo, o tempo e os ciclos da natureza, o movimento dos planetas, o crescimento de um feto dentro da barriga da mãe, o crescimento da uma semente, a viagem da larva até à borboleta não tem apenas impacto no mundo material mas é sim, uma energia muito mais inteligente e sábia do que alguma vez poderíamos imaginar.
Essa energia tem um propósito evolutivo e rege-se por Leis Universais algumas bem diferentes e muito mais avançadas do que as limitadas leis Físicas.

Por exemplo a Lei do Karma é bem representada na natureza mostrando como as ondas formadas pelo impacto da pedra no lado, ao atingirem a margem retornarão ao centro e e vice-versa até que a energia se gaste e pacifique.
Logo, na versão energética, tudo o que está nossa realidade está em vibrações idênticas à nossa e se foi atraído faz com certeza parte da nossa história.

Mais do que ter um programa absolutamente maravilhoso capaz de criar o mundo natural que vemos à nossa volta, iremos com o tempo conseguir comprovar que essa energia maravilhosa sabe distinguir o pólo positivo do pólo negativo, equilibrar as energias feminina e masculina, sabe gerir na perfeição as frequências das ondas que fluem nos nossos lagos pessoais apenas levando a cada qual as energias que precisamos para atingir esses equilíbrios. 

Iremos algures, quem sabe de que maneira, conseguir comprovar que o Cosmos é afinal um imenso Grande Espirito tanto sensível como inteligente que tem como último objectivo proporcionar-nos experiências que nos levem à nossa essência de amor, indo pelo caminho descartando sem dó nem piedade, tudo o que não esteja alinhado com o amor mais elevado e o bem maior, pessoal e universal.

Cuidemos então dos nossos pensamentos, das nossas emoções, das nossas acções. 
Tenhamos atenção às pedras que lançamos para os outros e para o lago da vida pois é nele que vivemos também.
Vivamos com humildade cuidando do que de facto nos irá acompanhar pela eternidade; a nossa essência. 
Chega de irresponsabilidade e de inconsciência pessoal onde nos prendíamos nos actos dos outros sem noção alguma de que eram co-criados por nós.
A energia segue a nossa intenção. Seja ela consciente ou inconsciente.

Da mesma maneira que criámos a realidade como a conhecemos, temos o poder de criar uma nova.
Por isso a proposta é, vivamos atentos manifestando a todos os níveis exactamente o que queremos que a energia nos traga de volta...


Vera Luz

Este é o meu DEUS



Tu, que talvez acredites que Deus é uma questão emanente e que para o sentirmos, obriga a ter fé (para uns) ou crença (para outros), talvez seja isso tudo...ou não...
Mas é, também um Ser com um corpo físico, tal como tu e eu.

Nós os dois - tu e eu -, ocupamos relativamente pouco espaço, mas Ele, Deus, ou Torus como eu lhe chamo é também, uma realidade eminentemente física e imensa.

Tão física que chamamos de Sol, Estrelas, Planetas, Cometas, Galáxias, Clusters, Poeira Cósmica e tudo o mais que existe neste nosso Universo em expansão, e que os próprios cientistas (que já vão muito adiantados nas suas descobertas) reconhecem que ainda têm muito que percorrer para conhecerem tudo o que existe no Cosmos.

Eu sou feita de uma brisa de poeira cósmica e reconheço em ti, o meu irmão/ã, feito/a da mesma matéria.
Da matéria Dele.

É bem mais simples do que ter fé ou uma crença.

É SER.

Que Torus esteja contigo!

Comovem-me...os abraços



"Abraços são naturais. 
Abraços curam depressões, tristezas e aliviam solidões. 
São fáceis de usar e sabem bem em qualquer altura. 
O uso regular do abraço prolonga a vida, sara a depressão e estimula a vontade de viver. 
Gosto de abraços, principalmente quando traduzem “gosto de ti”. 
Comovem-me sempre!"

A World of Solutions: The U.N. Climate Sequel



On the floor of the General Assembly, Director Louie Schwartzberg and Producer Lyn Lear’s 3 minute film, WHAT’S POSSIBLE, asked world leaders to be bold. Now it's your turn.

Watch and share the sequel, A WORLD OF SOLUTIONS, narrated by Morgan Freeman with an original score by Hans Zimmer. Together, we can make a world of difference.

A week after the short film What's Possible opened the U.N. Climate Summit, producer Lyn Lear and director Louie Schwartzberg are back with a sequel that expands on their vision for climate change solutions.

Learn more, visit: http://www.movingart.com

 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A essência do amor é um estado de LIBERDADE



A essência do Amor é algo que o Ser Humano está a iniciar a descoberta, não sabemos o que é o Amor essa é a nossa realidade, pois no Amor não existe obrigatoriedade, espaço, nem tempo...
Vivemos actualmente relações de dependência a todos os níveis... 
Obrigamo-nos constantemente a fazer coisas, a ter determinados comportamentos, a reagir de determinada maneira, a sentir o que consideramos ser os valores aprovados por os que nos rodeiam...
Estamos desconectados da verdadeira essência do Amor, pois essa essência é um estado de LIBERDADE, onde nos damos de uma forma saudável, sem nos prejudicar...
Mesmo que estejamos a abdicar de algo para nós, ao fazê-lo em liberdade, sem obrigação, estamos a viver a essência do Amor...
A obrigatoriedade retira a Vida, faz-nos sentir prisioneiros, fecha o coração e assim se constroi a Amargura , o azedume, o fel...
Liberdade é darmo-nos sem querer justificar que somos , mas sim somos e nada existe para cobrar...
Quando nos damos ao outro por obrigação, mais tarde ou mais cedo , vamos cobrar, vamo-nos colocar no papel de vitima, vamos exjgir que nos dê também...
Tornamo-nos pedintes amargurados...
Sem Vida, sem essência vida...
Sem Amor...

Ruth Fairfield

Stuart A. Staples & Lhasa De Sela "That Leaving Feeling"

MÃES MÁS



Um dia quando o meu filho for crescido o suficiente 
para entender a lógica que motiva um pai, 
eu hei-de dizer-lhe:

Eu te amei o suficiente para ter perguntado: onde vais, com quem vais, e a que horas regressarás a casa.

Eu te amei o suficiente para ter insistido que juntasses o teu dinheiro e comprasses uma bicicleta para ti, mesmo que eu tenha tido hipótese de comprá-la para ti.

Eu te amei o suficiente para ter ficado em silêncio e deixar-te descobrir que o teu novo amigo não era boa companhia.

Eu te amei o suficiente para te fazer pagar a bala que tiraste da mercearia, e dizeres ao senhor: "Eu peguei isto ontem e queria pagar".

Eu te amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de ti 2 horas, enquanto limpavas o teu quarto; tarefa que eu teria realizado em 15 minutos.

Eu te amei o suficiente para te deixar ver: fúria, desapontamento e lágrimas nos meus olhos.

Eu te amei o suficiente para te deixar assumir a responsabilidade das tuas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo eu te amei o suficiente para te dizer não quando eu sabia que me irias odiar por isso. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci, porque no final vocês venceram também.

E qualquer dia, quando os teus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais, tu vais lhes dizer quando eles te perguntarem se a tua mãe era má... "que sim, era má, era a mãe mais má do mundo".

As outras crianças comiam doces pela manhã,mas nós tinhamos de comer cereais, ovos e torradas.

As outras crianças ao almoço bebiam Pepsi e comiam batatas fritas, mas nós tínhamos de comer carne, legumes e frutas.

E, não vais acreditar, a nossa mãe obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães também.

A nossa mãe insistia em saber onde nós estávamos a todas as horas. Era quase uma prisão.

Ela tinha de saber quem eram os nossos amigos, e o que nós fazíamos com eles.

Ela insistia que lhe disséssemos que íamos sair por uma hora, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer nossas camas, lavar nossa roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis.

Eu acho que ela nem dormia à noite a pensar em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. Na altura em que éramos adolescentes, ela conseguia ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata.

A mãe não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para nós descermos.Tinham de subir, bater à porta para ela os conhecer.

Enquanto toda a gente podia sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16.

Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência. Nenhum de nós, nenhuma vez esteve envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos ou advertidos por crime nenhum. Foi tudo por causa dela.

Agora que já saímos de casa, nós somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor, para sermos "maus pais", tal como a nossa mãe foi.

Eu acho que este é um das males do mundo de hoje:

Não há suficientes Mães Más.

Dr. Carlos Hecktheuer 
Médico Psiquiatra

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

......................timidez



“Aprendemos a achar linda a timidez, mas nem nos damos conta de que ela é a maneira mais subtil e sofrida, de disfarçarmos nosso orgulho e nosso medo, de que alguém possa nos apontar algum defeito.”
Victor Chaves

The Second Book of the Tao



"A vida é a companheira da morte;
a morte é o início da vida,
quem consegue compreender
como se relacionam as duas?
Mas se vida e morte são companheiras,
por que haverias de te preocupar?
Todas as coisas estão ligadas na raiz.
Chegamos aqui provindo do desconhecido
e regressamos ao lugar de onde viemos.
O que as pessoas amam acerca da vida
é a sua beleza miraculosa;
o que elas odeiam acerca da morte
é a perda e decadência que a envolvem.
E no entanto perder não é perder, e a decadência
torna-se beleza, tal como a beleza
se torna novamente decadência.
Somos inspirados, expirados.
E portanto tudo o que precisas
é compreender a respiração
de que é composto o mundo.
O Mestre está sempre consciente
do mistério no coração de todas as coisas."

Stephen Mitchell
in , "The Second Book of the Tao"

As leis mais escandalosas do mundo contra as mulheres



A igualdade de género está longe de ser uma realidade em vários países do mundo.
Há leis contra as mulheres que se mantêm em várias sociedades, apesar de 189 países terem aceitado legislar direitos iguais para ambos os sexos na  Conferência Mundial sobre a Mulher de 1995.
O site Daily Beast elaborou uma lista com algumas das leis mais discriminatórias que ainda se mantêm em vigor.


Mulheres casadas podem ser violadas pelos maridos

A Índia tem lutado contra o flagelo do abuso sexual e violações no país quando o brutal ataque a uma jovem estudante em 2012 fez as manchetes de jornais em todo o mundo. No entanto, um ano depois o país aprovava uma cláusula à legislação que diz: “As relações sexuais ou qualquer acto de natureza sexual cometido por um homem com a sua esposa, se a mulher não tiver menos de 15 anos, não é considerado violação”. O país legalizou assim a violação dentro do casamento.
Lei semelhante vigora também em Singapura, em que a violação marital é permitida acima dos 13 anos. Nas Bahamas é igual mas a idade limite é 14 anos.

Homens podem raptar mulheres desde que se casem a seguir

Em Malta e no Líbano, o crime de rapto retirado desde que o raptor case com a vítima. Diz a lei maltesa que se o raptor “depois raptar a pessoa, vier a casar com ela, deixa de ser passível de acusação”. Mais: Se o raptor, já depois de ser julgado e condenado, decidir casar com a vítima, o processo é considerado nulo. Leis semelhantes existiam na Costa Rica , Etiópia , Guatemala, Peru e Uruguai e só na última década foram derrubadas.

Maridos podem bater nas mulheres

Na Nigéria, a violência “vinda do marido com o objectivo de corrigir a sua mulher” está prevista na lei. O mesmo se aplica de pais para filhos e de patrões para empregados.

Mulheres não podem ter qualquer emprego

Na China, há trabalhos que são vedados a mulheres, tais como em minas ou outros que exijam esforço físico. Em Madagáscar, as mulheres não podem trabalhar em fábricas à noite, a não ser que estas pertençam à sua família.

Mulheres impedidas de conduzir

Na Arábia Saudita as mulheres não podem guiar, já que a lei proíbe especificamente as mulheres de terem carta de condução. Em Dezembro surgia a notícia de duas mulheres detidas por serem apanhadas a conduzir e mais tarde acusadas de terrorismo por alegadamente se dirigirem para a fronteira. Recentemente esta proibição voltou a ser notícia nos jornais de todo o mundo.

Maridos escolhem o emprego das mulheres

Na República Democrática do Congo, “uma mulher casada é obrigada a viver com o marido e a estar com ele onde quer que o homem decida viver”. As mulheres casadas não podem assinar qualquer contrato, escolher um emprego ou ter um negócio sem a autorização do cônjuge. Na Guiné, Iémen e Sudão a lei é semelhante.

Mulheres recebem menos herança do que irmãos

Na Tunísia e nos Emirados Árabes Unidos as mulheres recebem apenas metade da herança em relação aos irmãos do sexo masculino.

Mulheres adúlteras podem ser assassinadas

A lei no Egipto prevê que “quem apanhar a esposa a cometer adultério em flagrante e a matar é punido com uma detenção”, ao contrário da pena de 20 anos de trabalhos forçados para um crime de homicídio. Na Síria, é legal matar uma mulher adúltera. Antes de 2009, um homem podia mesmo matar a sua mulher, irmã, filha ou mãe caso a apanhasse num “acto sexual ilegítimo” sem qualquer punição. A lei prevê agora apenas cinco a sete anos de prisão.

Mulheres impedidas de se divorciarem

Em Israel os casamentos submetem-se à lei rabínica, na qual as mulheres têm menos direitos na hora de largar os maridos. “Tudo depende da vontade do marido”, decretou o Supremo Tribunal Rabínico em 1995.

Testemunhas mulheres não contam para a Justiça

No Irão, para casos de Justiça sujeitos a penas pesadas são necessárias “duas testemunhas masculinas ou quatro femininas”. Na maioria das leis, é preciso o dobro das testemunhas femininas em relação às masculinas.

Mulheres vítimas de mutilação genital feminina (MGF) 

Também conhecida por circuncisão feminina, é a remoção ritualista de parte ou de todos os órgãos sexuais externos femininos.
Geralmente executada por um circuncisador tradicional com a utilização de uma lâmina de corte, com ou sem anestesia, a MGF concentra-se em 27 países africanos, no Iémen e no Curdistão iraquiano, sendo também praticada em vários locais na Ásia, no Médio Oriente e em comunidades expatriadas em todo o mundo.

A idade em que é realizada varia entre alguns dias após o nascimento e a puberdade.
Em metade dos países com dados disponíveis, a maior parte das raparigas é mutilada antes dos cinco anos de idade.
Os procedimentos diferem de acordo com o grupo étnico. Geralmente incluem a remoção do clítoris e do prepúcio clitoriano e, na forma mais grave, a remoção dos grandes e pequenos lábios e encerramento da vulva. Neste último procedimento, denominado "infibulação", é deixado um pequeno orifício para a passagem da urina e o sangue menstrução e a vagina é aberta para relações sexuais e parto.

As consequências para a saúde dependem do procedimento, mas geralmente incluem infecções recorrentes, dor crónica, quistos, impossibilidade de engravidar, complicações durante o parto e hemorragias fatais.Não são conhecidos quaisquer benefícios médicos.

A prática tem raízes nas desigualdades de género, em tentativas de controlar a sexualidade da mulher e em ideias sobre pureza, modéstia e estética. É geralmente iniciada e executada por mulheres, que a vêem como motivo de honra e receiam que se não a realizarem a intervenção as filhas e netas ficarão expostas à exclusão social.

Mais de 130 milhões de mulheres e jovens foram alvo de mutilação genital nos 29 países onde é mais frequente. Entre estas, mais de oito milhões foram infibuladas, uma prática que na sua maioria ocorre no Djibuti, Eritreia, Somália e Sudão.

Elas acreditam que, se a jovem não for "cortada", nunca irá arranjar um marido. Esta prática é uma condição prévia do casamento. Se uma mulher não for mutilada pensa-se que ela não é pura e encaram-na como prostituta. Como penitência, ela é excluídas da sua própria sociedade.

Algumas razões são apontadas para a realização da MGF: assegurar a castidade da mulher, assegurar a preservação da virgindade até ao casamento, por razões de higiene, estéticas ou de saúde.
Também se pensa que uma mulher não circuncidada não será capaz de dar à luz, ou que o contacto com o clitóris é fatal à criança, e ainda, que melhora a fertilidade da mulher.



E pelo ocidente, é o que se sabe...
As coitadas...as tontas...um corpo ao dispor do que se quer, quando se quer...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Filósofos Herméticos



"Se um homem quiser seguir os passos dos Filósofos Herméticos, ele deve, de antemão, preparar-se para o martírio.
Deve renunciar ao orgulho pessoal e a todos os propósitos egoístas, e estar pronto para encontros perpétuos com amigos e inimigos.
Deve desistir, de uma vez por todas, de toda lembrança de suas ideias antigas, sobre tudo de todas as coisas."

Helena Petrovna Blavatsky
in, A Modern Panairon

...........amar con su fuerza


Amigos não morrem



Os amigos não morrem: andam por aí, entram por nós dentro quando menos se espera e então tudo muda: desarrumam o passado, desarrumam o presente, instalam-se com um sorriso num canto nosso e é como se nunca tivessem partido.
É como, não: nunca partiram.

António Lobo Antunes

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Relacionamentos...uma visão espiritual



O assunto dos relacionamentos, a nível espiritual é complexo e fascinante, ou seja, faz-nos ver a mecânica dos relacionamentos de uma maneira completamente nova daquela a que estamos habituados. Para entender melhor esta nova postura, temos que relembrar que somos espíritos em evolução habitando temporariamente um corpo e que a grande meta final é encontrar a harmonia e equilíbrio interior e recuperar o nosso brilho original. Ou seja, pouco ou nada tem a ver com a presença ou não de alguém. 

O outro, seja ele ou ela quem for, tem um papel sim, mas não aquele a que estamos habituados.
O outro vem apenas servir de espelho para facetas ou partes de nós que ainda se encontram totalmente inconscientes, vêem fazer disparar em nós emoções que de outra maneira apenas ficariam abafadas e vêem também dar-nos a oportunidade maravilhosa de expressar aquilo que temos de melhor. Amor incondicional, tolerância, respeito, amizade, carinho, sinceridade, humildade e muitas muitas outras facetas maravilhosas do ser humano mas que infelizmente ainda estão longe de ser postas em prática nos dias que correm.

Acredito que a relação verdadeiramente amorosa e baseada em amor incondicional que nos é proposta, é a relação connosco próprios. Só depois desta plenamente vivida, nos é aberta a porta da partilha com alguém que vem espelhar essa mesma vibração de amor próprio, de respeito, de harmonia interior que todos tanto procuramos. No entanto todos sabemos que são raros os casos de relacionamentos bonitos e harmoniosos e isso só demonstra o quanto ainda andamos perdidos e o quanto ainda precisamos aprender a amar, primeiro a nós e depois aos outros. Nada tenho contra o relacionamento amoroso com alguém, mas ele nunca terá sucesso se à partida precisarmos ou dependermos dele.

Numa primeira fase, as carências, o vazio e as frustrações que carregamos dentro do nosso passado pessoal, fazem-nos acreditar que, algures, existe alguém que passamos a chamar de “cara-metade” ou de “alma-gémea” que, um dia, nos irá preencher e trazer-nos a felicidade que tanto procuramos. Tudo não é mais do que uma enorme ilusão, e que mais tarde ou mais cedo apenas irá dar lugar a uma, também enorme, desilusão. Aliás, não existe desilusão, sem ilusão primeiro, e dessas, nós somos os únicos responsáveis por elas. Mais ainda, quando aprendermos a desenvolver primeiro dentro de nós, afinal o que tanto procuramos no outro, para assim atrairmos a energia semelhante, toda a mecânica dos relacionamentos mudará para sempre. E aí sim, o relacionamento com alguém será apenas uma livre escolha de ir partilhar com alguém o que temos de melhor. Nunca para ir buscar seja o que for. 

Como disse Gandhi um dia “sê a mudança que queres ver no mundo” Como queremos ter parceiros perfeitos com todas as qualidades do mundo, os chamados príncipes e princesas, ou os chamados “cara-metade” ou “almas-gémeas”, quando nós próprios sabemos tão bem estarmos longe da perfeição ou pelo menos da harmonia interior?
Como podemos exigir respeito, tempo, sensibilidade, carinho, ou seja lá qual for a lista que fizermos, se tudo isso ainda não conseguimos dar a nós próprios ou mesmo demonstrá-los aos outros?

Mais uma vez, estamos ilusoriamente a buscar fora aquilo que ainda não nos demos a nós próprios, aquilo que ainda não somos. 

A lei da atracção diz-nos que atraímos o que somos, o que temos dentro, o que emanamos. O ditado “diz-me com quem andas dir-te-ei quem és” nunca fez tanto sentido como nos dias que correm em que podemos facilmente observar esta mecânica.
Claro que numa primeira fase, nos recusamos a aceitar ou a admitir que aquela pessoa que mais detestamos, mais nos irrita e que afinal mais julgamos, está na nossa vida apenas com a função de nos relembrar que “aquilo” que estamos a projectar nela, também existe dentro de nós. São as sombras negras dos nossos demónios escondidos e só depois de um processo espiritual iniciado e interiorizado, podemos começar a desenvolver a humildade que nos permite ver, o que durante tanto tempo, nos recusamos a ver.
Pelo contrário, temos aquelas pessoas que nos provocam entusiasmo e admiração, são as nossas sombras brancas que nos vem lembrar potenciais escondidos ainda por resgatar. Mas para resgatarmos estas e começar a viver o nosso potencial, primeiro temos que tirar o lixo, transformar todos aqueles demónios, levar-lhes Luz.

Num mundo actual, onde as aparências são o mais importante, tudo fazemos para ter então uma aparência perfeita. Mostrar ou mesmo reconhecer os nossos demónios não é algo que façamos de animo leve. E no entanto é a única coisa que nos trará liberdade. Basta sairmos à rua e observar como são raras as expressões livres de amor, alegria, fragilidade, surpresa ou encantamento. Acabamos por nos acomodar a uma mascara que desenvolvemos para estar à altura das expectativas dos outros ou para sobressair numa sociedade competitiva, sem percebermos que dentro dela está também escondida a nossa Luz. Identificamo-nos de tal maneira com essa mascara que passamos maior parte do tempo a engrossá-la mais ou a julgar as mascaras dos outros.
E pior, aqueles que algures já iniciaram o seu processo de retirar esta mascara, de resgatar a sua verdadeira essência, e que nos mostram o bom e o bonito que é a expressão livre das emoções, são normalmente o primeiro alvo, visto estarem a espelhar o quão ridículas são as máscaras que insistimos em manter.

Mas reconhecer e deixar cair esta mascara, ou seja, o nosso Ego, é talvez um dos desafios mais antigos da Humanidade. Mas é realmente a moeda de troca que o Universo nos pede por uma vida livre, abundante e feliz.

No fundo, o processo é relativamente simples:
Reconhecer e sair da mascara arrogante e orgulhosa que nos faz acreditar que somos donos da verdade e da razão, desenvolver uma atitude de humildade e de tolerância para com os nossos erros e os dos outros, resgatar a sensibilidade e a fragilidade há muito perdidas aprendendo a demonstrar emoções livremente e a reconhecer que temos a responsabilidade de vir a ser aquilo em que tanto acreditamos e esperamos dos outros.
Simples ? sim ... mas moroso.
Moroso, porque é um processo que envolve que assumamos responsabilidade por tudo o que nos acontece. E infelizmente ainda não interiorizamos bem essa ideia.
Somos o produto final de todas as experiências e vidas acumuladas.
Somos também a oportunidade constante de mudança.

Carregamos nas nossas células 2000 anos de conceitos como culpa, julgamento e medo. Não vai ser de um dia para o outro que vamos viver conceitos novos como amor incondicional, responsabilidade, amor-próprio ou consciência. Mas só o saber que estamos no meio dessa transição, que cada um de nós é responsável por tornar essa transição mais rápida, é já por si maravilhoso.

Está nas nossas mãos, abandonar conceitos antigos que nos faziam girar em torno do outro, das suas vontades, caprichos, manipulações e desejos.
Enquanto não houver mudança, somos ainda eternos parasitas energéticos e emocionais numa procura constante e inconsciente de alguém que nos preencha tal como o drogado procura a sua droga.




Novas regras de relacionamento irão surgir, 
superadas pelas antigas tão falhadas. 

1o Relacionamento amoroso é antes de mais connosco próprios. Para isso é importante saber quem sou ? de onde venho ? o que estou cá a fazer ? e haver espaço para auto conhecimento através da Astrologia, meditação ou qualquer tipo de actividade que mantenha o foco no próprio.

2o Tomar consciência do que carregamos dentro de nós. O outro é apenas um espelho das nossas sombras. As sombras brancas mostram o nosso potencial, o que de melhor trazemos mas que ainda nem sabemos, a sombra negra o que em nós precisa de cura, transformação, perdão e amor e que maior parte das vezes é inconsciente. Conseguir observar as características das pessoas que atraímos para a nossa vida é tomar consciência de quem somos e só aí poderemos saber livremente o que escolhemos vir a ser.

3o Assumir responsabilidade por todos os eventos que nos acontecem como uma segunda oportunidade que a Vida nos está a dar para que lidemos com eles de maneiras mais amorosas e criativas.

4o Perceber que tristeza, solidão, medo, angustia, revolta são nossas e precisam de ser honradas e limpas e não escondidas ou disfarçadas. Por outro lado, a alegria, o entusiasmo, o deslumbramento, a gratidão e a tolerância, devem existir primeiro dentro de nós e não as exigirmos de ninguém.

5o Relacionamentos serão o palco aberto da interacção amorosa, da expressão livre de afecto, do reconhecimento que o outro é igual a nós, que tem os mesmos dramas, inseguranças, medos e sonhos, do respeito pela liberdade dele ser como é e pela nossa liberdade de estar junto enquanto nos sentirmos bem. Humilhações, maus tratos, perdas, serão sinal de desconexão espiritual do próprio e muita falta de auto estima e valor próprio. Não haverá lugar para vitimização.

6o Reconhecer que a Vida não colocou amarras em ninguém e que até o casamento é uma criação do homem. Quando sentimos que a nossa história com alguém terminou devemos assumir isso e deixar o espaço e tempo que ocupámos com esse alguém, o mais limpo possível. Saber retirar as lições dessa aprendizagem.

7o Palavras ou esquemas mentais que envolvem manipulação, exigência, culpa, critica, orgulho, julgamento irão ser trocadas actos ou gestos de paciência, tolerância, amor, incentivo, carinho, respeito.

8o Vivencias de rejeição, abandono, culpa, projecções, crítica, julgamento, solidão, humilhação, traição, obsessão, cobrança são sinal de que o outro ainda é mais importante do que nós próprios. Que viramos parasitas sem perceber. Que saímos do nosso trilho e estamos a viver o trilho do outro.

9o Fidelidade ? Sim, claro ! Mas primeiro a quem somos, ao que precisamos, aos nossos sonhos e principalmente a tudo o que nos faz pular o coração de alegria, entusiasmo e amor próprio. Fidelidade ao que e a quem nos faz sentir bem.

10o Liberdade, será uma palavra com novo significado. Um relacionamento será a partilha comum de dois seres que estão em pleno desenvolvimento da sua individualidade e da sua evolução espiritual. O outro será apenas alguém que nos acompanha, que nos incentiva a superar positivamente o que a Vida nos vai apresentando, que nos relembra a Luz que somos e que nos apoia nas escolhas que vamos fazendo a cada momento.
A palavra companheiro/a será muito mais bonita do que marido ou esposa.

Estas regras são apenas alguns exemplos daquelas que acredito, irão fazer parte no futuro, de novas regras de conduta nos relacionamentos. Muitas mais haverá com certeza. E cada um adoptará para si próprio aquelas que mais lhe fizerem sentido e que mais paz lhe tragam a cada momento.
Por enquanto e enquanto ainda esperamos essa Nova Era Relacional, comecemos aos poucos a interiorizar as mudanças que terão que acontecer para que todos comecemos a viver Verdadeiras Relações de Amor.


Vera Luz