sábado, 13 de setembro de 2014

Sméagol...e Gollum



Adoro a história do Mundo de Tolkien!!!!
Cada personagem tem uma história...e alguns deles parecem bastante simples, mas revelam-se bastante complexos.
A história dos personagens tem conteúdos profundos, cada um deles apresenta emoções e esboços de um passado distante, dando uma profundidade que me impressiona.
Como é o caso do Sméagol.

O povo do Sméagol, como Gollum era chamado antigamente, vivia nos Campos de Lis.
Eles eram descendentes da linhagem hobbit dos Grados, que migraram para lá vindos de Eriador por volta de 1356. 
Sméagol nasceu na primeira metade do século, ele era membro de uma grande, próspera e respeitada família, que tinha a sua avó como matriarca. 
No dia do seu aniversário, por volta de 2463 da terceira era, Sméagol foi pescar com o seu primo Déagol. 
Déagol foi puxado para a água por um peixe e emergiu com um anel de ouro.

Ambos contemplavam o “um anel”, que pertencia a Sauron, o Senhor das Trevas, que havia sido perdido durante a morte de Isildur na batalha dos Campos de Lis muito tempo antes.
O desejo de Sméagol pelo Anel levou-o a matar Déagol. 
Ele escondeu o corpo e ninguém jamais descobriu o que aconteceu.
Sméagol descobriu os poderes do “um anel” ainda sob o tecto da sua avó, usando-o para descobrir segredos, cometer pequenos furtos e toda a sorte em seus malfeitos.

Ou seja, o personagem bondoso Sméagol, deixou-se corromper pelos poderes do Anel, e transformou-se num ser maldoso que se passou a chamar Gollum.

Com o tempo, os actos de Sméagol começaram a reflectir-se na sua família, que o desprezava cada vez mais.
A sua garganta começou a fazer um barulho muito característico, e por isso ficou com o apelido “Gollum”.
Finalmente, a avó de Sméagol expulsou-o da sua casa.

Sméagol vagueou pelo norte, pelas bordas de Anduin, sem destino.
O seu corpo sofreu alterações significativas e com o tempo, o pequeno começou a odiar a luz do sol, e passou a procurar lugares cada vez mais escuros.
Encontrou refúgio nas Montanhas Sombrias, e ali sofreu as mudanças físicas mais drásticas: a sua pele perdeu cor e textura, os membros ficaram desproporcionais, os cabelos caíram significativamente e os olhos dilataram muito.

A mente de Gollum foi consumida pelo “um anel”, mas não destruída.
O “um anel” prolongou a sua vida, mas não quebrou a resistência natural dele aos seus desígnios, afinal, ele descendia dos hobbits.
Gollum viveu por cerca de 500 anos com o “um anel”, nas montanhas.
Os poderes do “um anel” facilitavam a caça.
O “um anel” possuía vontade própria, e quando Gollum deixou de lhe ser útil, ele simplesmente o abandonou.

Este abandono ocorreu no ano de 2941 da terceira era, justamente quando uma comitiva formada por 13 anões, um mago e um hobbit explorava as Montanhas Sombrias. 
E foi assim que Bilbo Bolseiro encontrou o “um anel”. 
Tentando unir o útil (a recuperação do “um anel”) ao agradável (alimentar-se de Bilbo Bolseiro), Gollum propôs um jogo de adivinhas.
Se ele vencesse, poderia devorar Bilbo e ficar com o “um anel”; se Bilbo vencesse, Gollum lhe mostraria a saída.
Gollum falhou, perdeu o jogo e Bilbo fugiu da caverna.
Bilbo então, assim como Sméagol, cedo descobriu as habilidades do “um anel”, e fugiu invisível para que Gollum não o matasse.

Gollum foi capturado e levado para Barad-dûr, onde foi interrogado e torturado por asseclas do Senhor das Trevas. 
Sauron queria informações sobre o “um anel”, mas foi surpreendido pela resistência de Gollum (fruto da sua herança hobbit e da necessidade do “um anel”).
Gollum desejava tanto o artefacto que tentava escondê-lo até mesmo de Sauron.

Após sair de Mordor, ele passou a seguir a Sociedade do Anel, para obter o seu “precioso”, já que Frodo Bolseiro é o novo portador do “um anel”. 
Frodo e seu amigo Sam o encontram e o fazem prisioneiro, Gollum então, muito esperto, diz que pode servir-lhes de guia até Sauron. 
Os hobbits aceitam a oferta, mas no meio no caminho Gollum com sua dupla personalidade planeia matá-los.

Durante o caminho para Mordor, Frodo tenta ajudar Gollum a ser bom, e por um tempo o pequeno monstrinho consegue fazer a sua metade boa prevalecer, mas depois de um desentendimento com Sam, ele volta a ser traiçoeiro e cruel.
Umas vezes Sméagol...outras vezes Gollum.
Tendo várias discussões entre os dois...dentro do monstrinho.

Depois de várias peripécias, Frodo empurra Gollum de um penhasco e este sobrevive.
Já na Montanha da Perdição, Gollum arranca o dedo indicador esquerdo de Frodo e com ele o seu tão desejado anel. 
Abalado com a emoção, Gollum desequilibra-se e cai na lava, com o seu precioso. 

No final das contas, foi por causa de Gollum, que Sauron foi destruído para sempre, e a Terra Média foi salva.


Fascinante, este Monstrinho, não é????



O que me faz pensar :

Há um predador em nós, há um vampiro em cada um de nós...sempre à espreita...
Há em nós humanos, incarnados e inconscientes do espírito uno, da nossa essência, um predador de afectos alheios, um vampiro de emoções, um caçador de medos, sempre pronto a atirar sobre a vítima, na caça do que não tem...no ódio que o move...à raça humana!

Há nos seres humanos, uma sinistra personagem disfarçada de "boa e bem intencionada, de altruísta e amorosa" quase sempre...a mais convincente das máscaras a querer enganar o próximo e a sacar o amor ou a admiração do outro...

Essa sinistra personagem dita "diabo" - a mente alienígena - não é mais do que o predador que em nós nos engana e controla e "come as papas em cima da cabeça..."

Sentem-se irritados com o que eu acabo de escrever...?
Olhem bem para ele - é a nossa cara...é ele que nos vira do avesso...

Quando reconhecemos que é assim, então aí sim... começa outro tipo de luta, a mais difícil, digo eu... a luta contra esse maldito que teima em não largar, sempre à espreita de um buraquinho para entrar... e não pensem que não é assim com todos, porque é ....

Todos temos um Gollum dentro de nós...
Nuns, o Sméagol prevalece...noutros, o Gollum vence a batalha!
Esta criatura habita o lado sombrio do ser humano, e poderá tomar proporções diabólicas se a alimentarmos.

Os Fantasmas do Ser Humano!



As relações humanas são labirínticas...
E para se chegar ao menor dos males, é preciso que o orgulho e a vaidade pessoal fique de parte, pois esse é o maior veneno nas relações, sejam elas quais forem, e que neste caso nunca podem ser sinceras ou verdadeiras.
Ninguém nos pode dizer quem ou o quê, está certo ou errado.
Cada um sente e sabe por si e é a sua escolha, a sua responsabilidade humana!

Há muitos desníveis e muitos egos, e a competição dentro de certos meios e círculos...; mas eu só falo e me interessam, as relações entre pessoas mais ou menos idóneas, sérias e conscientes de si...sem isso é tudo uma grande amálgama...

Eu já nem perco tempo com pessoas, que estão apenas a olhar para o seu umbigo e a fazer de conta que são qualquer coisa para "inglês ver" ...

É preciso ter instinto e intuição para se ser implacável ou impecável nas relações humanas, como aliás em tudo...e saber cortar a direito! 

Há que se ter respeito, delicadeza, trato harmonioso, preservando a individualidade de cada um. Quantas vezes dou comido a pensar, porque somos tão vaidosos, tão orgulhosos, tão egocentristas... ......está cristalizado no ser humano!!!!!

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