quinta-feira, 18 de setembro de 2014
O que é o Ascendente?
Imagine que, no momento exacto do seu nascimento, e a partir do local exacto onde nasceu, você podia olhar para o horizonte Leste, onde o Sol nasce, e prolongar artificialmente a linha do horizonte até esta se cruzar com a Eclíptica (que é, como vimos, a “faixa” que o Sol percorre anualmente, composta de 12 divisões de 30 graus, ou dias, e que são os Signos do Zodíaco).
O horizonte do local, prolongado até ao infinito, cruzar-se-ia com a faixa dos Signos nalgum dos seus pontos, “atravessando” assim o Zodíaco num dos seus 12 Signos. Esse seria o Signo que estaria a “levantar-se” no horizonte naquele exacto momento (tal como o Sol se “levanta” no horizonte todas as manhãs).
O Ascendente refere-se, assim, ao signo do Zodíaco que surgia no horizonte no momento exacto do seu nascimento conforme visto desse lugar específico.
É por isso que no cálculo do Mapa Astrológico os astrólogos trabalham com as coordenadas temporais (data, horas e minutos) e também espaciais (latitude e longitude) que permitem calcular com precisão o Signo que se ergue no horizonte local em cada momento.
Só para ter uma ideia do rigor destes cálculos, mas para manter a simplicidade da explicação, faça os cálculos: cada Signo divide-se em trinta graus (ou dias, como vimos quando falámos do percurso aparente do Sol).
Ao longo das vinte e quatro horas do dia, todos os doze Signos se erguem no horizonte, o que significa que sensivelmente de duas em duas horas (24 horas a dividir por 12 Signos) o Ascendente muda – e que a cada quatro minutos, em média, o Ascendente avança um grau (2 horas, ou 120 minutos, a dividir por 30 graus são 4 minutos por grau).
A cada quatro minutos o grau do Ascendente muda!
Só mais uma ideia importante para ajudar a compreender a “mecânica” do Ascendente e podermos falar do seu simbolismo a seguir.
Se num dado dia do ano o Sol está num determinado grau de um determinado Signo (por exemplo, o grau 1 de Carneiro, que corresponde à data de 21 de Março, aproximadamente), o Sol, ao nascer (isto é, ao levantar-se no horizonte) estará no grau 1 de Carneiro.
Assim, se eu nascer exactamente ao nascer-do-Sol, o meu Ascendente será, também, o grau 1 de Carneiro. Se eu nascer ao pôr-do-Sol, o Ascendente estará no Signo diametralmente oposto ao Signo do Sol – neste exemplo, o Ascendente seria o grau 1 de Balança, que é o Signo diametralmente oposto a Carneiro.
A regra é: o Ascendente e o Signo Solar coincidem (são o mesmo) sempre que alguém nasce ao nascer-do-sol; e se o nascimento for ao pôr-do-Sol, o Signo Solar e o Ascendente estarão em Signos opostos. E ao longo do dia, à medida que o Sol vai subindo no céu e aproximando do seu pino, ou ponto mais alto, ao redor do meio-dia, vão avançando também os Signos que se erguem no Horizonte, para repetirem o ciclo ao nascer-do-Sol do dia seguinte, mas desta vez (lembre-se que o Sol avança um grau por dia, aproximadamente) com o Sol um grau mais à frente no Zodíaco.
Isto é tudo o que precisamos para saber o que é o Ascendente, e para compreender quão particular e único ele é para cada indivíduo: depende não só das coordenadas geográficas do local e do dia, mês e hora, mas também de uma margem de apenas quatro minutos para ser correctamente calculado.
Nuno Michaels
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