O signo solar revela o nosso propósito de vida. Revela o nosso DOM.
O Ascendente revela a nossa personalidade...
Carneiro é o meu Ascendente!
Já agora, só por curiosidade...
O Dom de Carneiro, para quem tem o SOL EM CARNEIRO!
O Dom de Carneiro
Autonomia: a qualidade de se nomear a si próprio. A capacidade de se definir, afirmar e fazer vingar quem se é. Auto-nomos: nomear a sua própria regra, definir-se, depender de si mesmo. Ser independente.
Ser independente, ou autónomo, é fundamental - não só como condição da dignidade e auto-respeito pela própria existência, mas também para que quaisquer relacionamentos, acordos, negociações ou parcerias possam funcionar na sua vida.
Eu só posso ceder, negociar, fazer concessões, ir ao encontro da necessidade do outro em respeito pela minha própria, depois de aprender a afirmar, salvaguardar e defender o meu próprio território e interesse egoístico.
Uma relação – seja de natureza pessoal ou profissional - é uma dança entre dois indivíduos, isto é, entre dois seres conscientes dos seus próprios interesses e necessidades e capazes de as afirmar e lutar por elas.
O meu “sim” ao Outro só começa a ter valor quando eu sou capaz de dizer “sim” a mim próprio primeiro - mesmo que isso implique dizer “não” ao outro. Antes de ser capaz de dizer “não”, o meu “sim” na verdade ainda não tem valor.
Independência e autonomia são, assim, condições fundamentais para aprender a ser interdependente, isto é, aprender a partilhar, cooperar, trocar com benefício de todos os envolvidos. Mas não à custa do sacrifício da própria verdade – isso degenera em opressão, dependência, ressentimento, agressividade mal-resolvida, e resulta inevitavelmente em conflito, aberto ou dissimulado, e todos perdem com isso.
O direito individual à existência precisa ser defendido e afirmado, em nome da força de vida que se expressa e cumpre através de cada um de nós. Todos precisamos ser capazes de desbravar por nós mesmos o nosso próprio caminho, estar em paz com o facto fundamental de que em última análise estamos sós, e sobre os nossos próprios pés, frente à nossa própria vida, e que cada alma tem o seu próprio caminho.
Apesar de nascermos de uma relação, em relação e para as relações, também é verdade que chegamos, e partimos, essencialmente sós – e até quando somos gémeos homozigóticos precisamos descobrir a nossa própria separação, individualidade, e existência independente.
Isto exige o desenvolvimento de uma espécie de “guerreiro” interno que dispõe de coragem, ousadia, e da auto-confiança que nos permite avançar e afirmarmo-nos a cada passo do caminho, é a condição do desenvolvimento do egoísmo saudável e da autenticidade nas relações.
Cada um de nós precisa, por isso, de honrar esse guerreiro interior que tem como funções devolver-nos auto-consciência de quem somos antes dos outros nos definirem, abrir caminho para novas áreas de experiência, e permitir-nos desenvolver a capacidade de travar as batalhas do nosso próprio destino.
Na medida em que este dom esteja menos bem integrado, por excesso ou por carência, tende a expressar-se de formas desequilibradas: como cólera, impulsividade, auto-afirmação egoísta sem nenhum respeito ou contemplação pelos outros à nossa volta, ou, no outro extremo, como desmotivação, depressão, medo, carência de energia para dar continuidade à vida; às vezes, como tendência à dependência excessiva dos outros, à incapacidade de lutar sozinho ou por si mesmo, e a atrair do exterior pessoas agressivas e/ou situações em que nos sentimos agredidos.
Outras vezes, a não-integração deste egoísmo saudável manifesta-se como uma tendência a acidentes, a enxaquecas, ou a um forte sentimento de culpabilidade que oculta muitas vezes um ressentimento inadmissível perante nós mesmos contra aqueles que - acreditamos - nos impedem de ser (saudavelmente) egoístas.
Por isso é muito importante treinar consistente e conscientemente o dom da Autonomia nas pequenas e grandes oportunidades ao nosso dispor:
- desenvolva o hábito de, pelo menos uma vez por semana, fazer sozinho qualquer tipo de actividade que lhe dê prazer e que normalmente faça acompanhado (ir ao cinema, jantar fora, passear num jardim, ir a uma exposição a um evento cultural, são pequenos exemplos)
- desenvolva o hábito de, pelo menos uma vez por mês, fazer algo novo, diferente ou fora da sua rotina habitual. Isto pode passar por ir passar um fim-de-semana sozinho a um sítio completamente desconhecido, ou simplesmente passar umas horas na esplanada de uma praia onde nunca esteve. O objectivo é oferecer a si mesmo a oportunidade de estar numa situação nova, não familiar, que represente um (ligeiro) afastamento da sua “zona de segurança” habitual
- comece a praticar (dentro das suas características, preferências e limitações físicas) uma actividade física que seja enérgica e faça transpirar, que exija contacto corpo-a-corpo, e que não seja de equipa. Uma arte marcial seria absolutamente perfeito – afinal, são as artes de Marte que era, na mitologia, o corajoso e combativo deus da guerra. Mesmo que não comece a praticar regularmente, experimente pelo menos uma aula durante este mês e veja como se sente
- treine-se em dizer “não” aos outros com firmeza e um sorriso, e habitue-se a reconhecer o desconforto que isso representa para si. É um treino. Para ser mais fácil, comece por dizer “não” em situações em que a sua resposta verdadeira seja “sim”, ou àquelas coisas, pessoas ou situações em que seja mais fácil, inócuo ou inconsequente dizer “não”.
Este é um “não” temporário, ou experimental, simplesmente uma forma de ensaiar a sua capacidade de dizer “não”. Por exemplo, se o convidarem na pausa do trabalho para ir tomar café ou lhe pedirem uma esferográfica emprestada, ou um amigo lhe perguntar as horas, aproveite a oportunidade quase inócua de dizer “não” e de observar os seus efeitos (em si e nos outros. No final pode sempre sorrir e dizer “sim”, explicando que estava a brincar ou a fazer uma experiência.
- recorde, e explique aos outros se necessário, que aquilo que os outros tomam como o seu “não” a eles às vezes é simplesmente um “sim” a si mesmo, e que é da escolha deles tomarem-no como um “não” pessoal. “Eu não quero ir ao cinema contigo hoje” não significa que não gosto de estar contigo, simplesmente que hoje prefiro estar comigo próprio. Habitue-se a afirmar e defender as suas vontades, escolhas, prioridades e autenticidade. É o que de mais valioso tem para oferecer aos outros: a sua autenticidade.
O importante é treinar-se, a partir de agora, a perder o medo das consequências – a maior parte delas imaginadas – de dizer “não”. Quando conseguir dizê-lo, sentirá muito mais prazer, autenticidade, e auto-respeito, isto é, muito mais capacidade de ser você mesmo, afirmar a sua vontade, nomear as suas próprias regras e limites.
Esta autonomia, ou independência, fará toda a diferença na sua vida – especialmente nos seus relacionamentos.
Tenha a coragem de fazer a experiência, e observe a sua vida a mudar.
Nuno Michaels
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