E, assim, como toda pessoa que tem um coração pulsando, fiquei assustada demais com as mudanças. Mas agora já consigo perceber beleza na nudez de cada uma das minhas árvores prediletas: elas apenas estão trocando de roupa enquanto eu troco de pele, tamanha cumplicidade.
Então, quando bate a ansiedade e meu coração taquicardíaco começa a doer, ponho a mão nele e digo a mim mesma: “Obrigada por, pelo menos, poder sentir que não estou sozinha”.
Porque eu não perdi uma estação, eu perdi a mim mesma e agora me sinto como um prédio que foi demolido e está sendo reconstruído, tijolo a tijolo novamente.
E esse processo é muito difícil, mas acho também a experiência mais bonita que uma pessoa possa vivenciar.
Toda reforma, é para fazer melhoras e, algumas coisas, por não poderem ser recuperadas, terão de ser substituídas."
Marla de Queiroz
Faço das tuas palavras, as minhas...
Eu sinto-me como se tivesse dado um salto e, não tivesse conseguido chegar à outra margem.
A queda foi tão alta, sem rede, que me estatelei toda no chão.
Mas, depois do choro e da perda de forças, resolvi sacudir a poeira e começar a subir a montanha...não consegui fazer o salto...mas, estou a escalar a montanha, metro a metro...
O Pico da Montanha me espera!
O Pico da Montanha está onde estão os meus pés!
Hoje sei que, o importante é a subida, e não tanto o chegar ao Pico...
Grandes lições se aprendem nesta dura escalada.
Mas, agradeço a mim própria, todos os dias, por ter tomado a decisão de ir pelo Caminho mais difícil...
Graças a essa decisão de coragem, hoje não sou mais a mesma...a velha Susana morreu...uma nova renasceu!
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