A estrada da Vida admite interrupções tortuosas.
Por ocasiões temos que ser estimulados, acicatados para o Despertar.
Ninguém sonha sozinho.
Ninguém morre acompanhado.
O pulsar do coração da vida é único,
independentemente daqueles que nos rodeiam.
Não somos mecanismos, mas paramos para pôr combustível.
Nada é perpétuo, o presentâneo compulsa nas veias
em permanente inquietação.
Sê feliz, a pedra que suportas não é tão colossal.
As arbitrariedades têm uma duração,
a condolência finda, o verdadeiro de tanta verdade persiste,
a audácia eleva-te, o medo fortifica, não enfraquece,
os enganos treinam-te que nada é perfeito.
Às vezes estamos mortos e não sabemos.
Outras vivos, mas latentes.
Não construam da Vida um intervalo duradouro.
Mesmo na solidão (é amiúde imperativamente necessária),
sempre um acesso e não um STOP.
Despertem, ponham o carro a trabalhar...
O louva-deus macho não pode acasalar
enquanto a cachimónia estiver conectada ao corpo.
A fêmea inaugura e finaliza o acto sexual arrancando-lhe a cabeça.
Daí a nascedouro ditado: perde-se a cabeça por uma boa fondamentação.
Sérgio Ramires
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