quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Arquétipos femininos das Deusas Gregas
Qual é a tua?
1) Mulher-Perséfone:
Para os gregos, Perséfone era a Rainha distante do Mundo Avernal, que vigiava a alma dos mortos. Mas ela era conhecida também como a virgem donzela Coré, que foi seqüestrada de sua mãe, Deméter.
A Mulher Perséfone tem uma qualidade que lhe é inata, a sua vulnerabilidade espiritual. Em sua fragilidade, percebe-se o anseio por afeição e intimidade profunda.
Esta mulher é envolta por uma aura de mistérios.
O seu mundo é paranormal, mas ela se sente atraída pelos ensinamentos da metafísica mais do que pelas ciências naturais convencionais.
Como Deusa do Mundo Avernal, é a Deusa do Reencontro com o Insconsciente e também da Transcendência.
A Perséfone quando se torna uma Mulher-Madura ressurge de algum modo do mundo espiritual, ainda que permaneça em contato com ele. Ela torna-se feiticeira, uma mulher sábia, alegre e bem humorada, que acha engraçada e divertida toda a loucura humana. E, mesmo quando anciã, ainda preserva toda sua juventude e, como uma jovem iniciada, traz consigo a jubilosa sabedoria dos anos.
2) Mulher-Deméter
Não é difícil achar Deméter, pois ela sempre estará rodeada de crianças.
É aquela faz e distribui o pão, que passa a noite acordada cuidando do filho doente, que cozinha, que lava e passa e que ainda tem reservas inesgotáveis de energia.
Deméter é mais que uma mãe biológica, pois não é ter filhos que a faz mãe, é sua atitude, sua maneira instintiva de cuidar de tudo que é pueril, pequeno, carente e sem defesa.
Deméter é pura dedicação e doação, sentimentos que conhecemos como "carinho de mãe".
Ela é tão envolvida com o fato de ser mãe que não arranja tempo para comprar um vestido novo, ir ao cabeleireiro e outras actividades que toda a mulher gosta de fazer para si mesma.
Deméter se sente totalmente realizada fazendo o que faz, sendo mãe.
3) Mulher-Ártemis
É regida pela deusa das selvas. Ela é prática, atlética, aventureira.
Aprecia a cultura física, a solidão, a vida ao ar livre e os animais.
Dedica-se à protecção do meio ambiente, aos estilos de vida alternativos e às comunidades de mulheres.
Ártemis não se destaca muito no mundo moderno. A cidade não é "sua praia".
Quando ela é encontrada no meio urbano, ela é tímida, reservada. Curtir festas e multidão não é algo que lhe interessa. A energia vigorosa que captamos em Ártemis entretanto, não é mental, provém do seu corpo ágil a atlético, que adora envolver-se fisicamente no projecto do momento.
A chaga de Ártemis envolve a solidão que é relegada. Seu amor à liberdade a tornam difícil de ser aceita como mãe, esposa ou profissional, estilos que pertencem a Deméter, a Hera e Atena.
Na verdade ela tem repúdio por valores e formas adoptadas pela sociedade convencional.
A mulher-Ártemis tende a escolher ser totalmente reclusa e muito solitária.
4) Mulher-Atena
Esta é a mulher regida pela sabedoria da civilização.
Busca a realização profissional, sendo bem sucedida na educação, na cultura intelectual, justiça social e política.
É bem fácil identificá-la, pois a mulher-Atena está no mundo, ela faz e acontece: editorando revistas, dirigindo departamentos de Universidades, é personalidade política e grande executiva. Ela está sempre em evidência,pois é prática e extrovertida.
Entretanto, a maioria dos homens têm medo dela, pois acham que não estão a altura de seu intelecto. Mas quando conquistam seu respeito, a mulher-Atena é a mais leal das companheiras, uma verdadeira amiga de todas as horas.
Os gregos a chamavam de "Companheira dos Heróis".
A independência da mulher-Atena em relação aos homens é também, uma virtude que ela partilha com Ártemis.
Entretanto, apesar de sua força, seu brilho e independência, a donzela vestida de armadura, tem a vulnerabilidade de menina. Até mesmo as mais bem-sucedidas e carismáticas mulheres-Atena revelarão um dia, o quanto se sentem inseguras e ansiosas a despeito de tudo que realizam externamente.
Eis aqui o paradoxo que nos leva ao cerne da chaga de Atena: quanto mais ela encobre a donzela
vulnerável, mais impetuosa se torna sua armadura protectora.
5) Mulher-Afrodite
Nunca uma deusa foi tão íntima e pública como Afrodite!
Em nossa época, Afrodite dá toda a impressão de ter trocado o Olimpo por Hollywood.
Grandes beldades da TV e do Cinema como Maryln Monroe, Sharon Stone, parecem ter encarnado a nossa amada deusa.
Entretanto, não pára aí, pois seu culto é universal! Diariamente, em series, em novelas da TV, romances vendidos em banca de revistas e escândalos políticos, revivem histórias imemoriais de paixão, ciúmes, inveja e traição.
Ela é antes de tudo uma presença sensual, como um sol vibrante, brilha e despedaça corações. É fácil identificá-la, adora roupas caras, jóias, perfumes e adornos de todo o tipo.
Graças ao seu talento em manobrar sentimentos e os projectos criativos do homem, a mulher-Afrodite consegue manifestar o que Jung chamou de "anima"do homem.
Quando apaixonada ela aumentará tremendamente a confiança de seu amado, pois acima de tudo, Afrodite quer que seus relacionamentos amorosos tenham coração.
Grande parte das chagas da mulher-Afrodite decorrem do fato de ela estar alienada das outras deusas. A mulher-Afrodite é muito livre, leve e solta, o que a sociedade não consegue entender ou no máximo respeitar.
A mulher-Afrodite para viver hoje tem de ser beneficiada com a capacidade de raciocínio de Atena, o respeito social de Hera, o contacto com a sua realidade interna de Perséfone, para obter respeito social e um lugar mais confortável no mundo moderno.
6) Mulher-Hera
A mulher-hera exala confiança em si mesma, tem perfeito domínio sobre si própria e dos outros. A consciência de Hera é sempre percebida nas mulheres mais velhas.
Ela é aquela que nasceu para mandar, podendo se tornar impiedosa como dirigente de uma organização ou até mesmo de uma nação. Como esposa de Zeus, a antiga deusa grega era co-governante do Olimpo, onde oficialmente partilhava o poder com o chefe dos deuses.
Em nosso mundo, ela costuma personificar a esposa de "um grande homem". Hera é um oponente formidável, seja na família ou na esfera política. Uma vontade de ferro e ideias fixas caracterizam a mulher-Hera madura.
Independentemente das suas origens sociais, a mulher-Hera quase sempre aspirará à proeminência em qualquer grupo que pertencer.
A mulher-Hera dá todas as indicações de aceitar a maternidade com calma e sem hesitação, mas de maneira alguma será a mãe branda, tolerante e permissiva como Deméter. Sempre preocupada com o "status" e a respeitabilidade social, a mãe Hera é disciplinadora e exigirá que seus filhos sejam tão bem sucedidos quanto o pai.
Quando se diz "atrás de um grande homem, existe uma grande mulher..", é a mais pura verdade e, esta mulher é uma mulher-Hera. Considerada a "sombra" do marido, enquanto não consuma seus desejos e fantasias, ela poderá intimidá-lo e até mesmo tiranizá-lo. E, se finalmente conseguir o que quer, quase sempre permanecerá sedenta de mais poder.
A dinâmica de Hera consiste em ela querer estar onde as coisas acontecem e a origem da maioria de seus protestos está em excluí-la de qualquer acção. Bem no fundo, ela que viver e agir como um homem num mundo de homens.
7) Mulher-Héstia
Héstia é a Deusa da lareira ou do fogo queimando em uma lareira redonda e é a menos conhecida dos Deuses olímpicos.
A mulher-Héstia é incapaz de dominar, persuadir, seduzir ou ainda, provocar nela um desejo de prazer.
Ela está sempre dentro do seu centro, de sua casa, com inteireza e integridade.
Ser e estar uma mulher-Héstia é estar em contacto com seus valores trazendo ao foco o que é pessoalmente significativo.
Através desse enfoque interior, uma mulher-Héstia pode perceber a essência da situação, observar o temperamento de outras pessoas e ver o padrão ou sentir o significado de suas ações. Essa perspectiva interior lhe proporciona clareza no meio da confusa miríade de detalhes que se apresentam nos cinco sentidos.
É literalmente uma mulher que cuida de sua "casa", a interior e a exterior, protegendo a lareira, que é um meio através do qual a mulher coloca a si mesma e sua casa em ordem.
O arquétipo de Héstia desenvolve-se em comunidades religiosas, principalmente nas que cultivam o silêncio. As freiras e as virgens vestais compartilham o padrão arquetípico de Héstia.
Héstia é um arquétipo de centralização interior.
São mulheres que representam uma presença feminina invisível, ou a energia que permeia uma situação, um lugar ou a psique, e transforma tudo em local sagrado.
Ela é o ponto de equilíbrio que dá significado à actividade, o ponto de referência interior que permite à mulher permanecer firme em meio da confusão, desordem ou afobação do dia-a-dia. Com Héstia em sua personalidade, a vida de uma mulher tem significado.
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