Acende-se-me a volúpia
num pedaço de conversa,
fruto da mente perversa
e de muitos afectos,
quando os gostos predilectos se juntam.
Mata a vontade, da tua pele
incandescente, na minha!
Lambe-me a palma da mão, de mansinho,
com o olhar cravado no meu,
deliciosa, e provocadoramente sorrindo,
promessa, de tudo o que terei a seguir,
E… Irei contigo? Oh, sim irei,
sem o encarar, um castigo
mas castigando-me a preceito,
já as tuas mãos o meu peito
se contentam. As nossas línguas se provam,
e as minhas defesas, capitulam
quando nas minhas pernas abertas,
inicias as descobertas,
dum mundo, em que amiúde mergulhamos,
quanto tão impregnados, um no outro ficamos
que a definição de amor reinventamos,
e não sei já quem és tu, ou sou eu.
Maria Fátima Soares
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