quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Selvagem



As mulheres de outrora são aquelas que resgatam a nossa cultura feminina.
Que não se iludem com a imagem da mulher moderna, e se satisfazem por cada vez mais vincular-se à mulher ancestral.
São aquelas que andam em bando, que sabem que estar num círculo e entre mulheres, é curar-se e nutrir-se.
São aquelas que honram seu ciclo, suas fases.
Que consagram com seu corpo e conhecem seus instintos.
Não escondem a sua sexualidade e nem fazem o tipinho da mulher difícil, mas sim da mulher que conhece as suas vontades.
Gostam de mato, de pé na terra, de molhar as mãos, e não se preocupam se a maquilhagem está borrada e o perfume mais caro do mundo está na sua prateleira.
Elas não sabem qual é o penteado da moda e nem qual é a colecção nova da marca moderninha...
Elas são até meio bregas diante da sociedade, com suas saias, panos, xailes e pé descalço.
O seu cabelo muitas vezes não esta arrumado, e nem suas unhas feitas...
Isso não importa para ela, o que importa para ela é conhecer-se a si própria, é ter a consciência que a sua beleza não é embutida, e sim vem da sua alma.
Que seu valor não é dado pelas pessoas e muito menos pelos homens, mas sim por ela mesma.
Ela é livre de conceitos, ela é livre de estereotipo...
E ela não quer saber qual é a dieta da revista, o que ela procura saber é que erva cura, qual banho relaxa, qual Lua brilha no céu.
Ela não quer o carro da moda, ela quer despertar a sua essência geradora, criadora...
Ela é ELA
Livre, Liberta,
Bruxa, Curandeira
Selvagem

Carol Shanti

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