domingo, 10 de novembro de 2013

Marla

"Os caminhos também se estreitaram e tive uma sucessão de perdas, ou melhor, tive uma sucessão de trocas.
E, assim, como toda pessoa que tem um coração pulsando, fiquei assustada demais com as mudanças. Mas agora já consigo perceber beleza na nudez de cada uma das minhas árvores prediletas: elas apenas estão trocando de roupa enquanto eu troco de pele, tamanha cumplicidade.
Então, quando bate a ansiedade e meu coração taquicardíaco começa a doer, ponho a mão nele e digo a mim mesma: “Obrigada por, pelo menos, poder sentir que não estou sozinha”.
Porque eu não perdi uma estação, eu perdi a mim mesma e agora me sinto como um prédio que foi demolido e está sendo reconstruído, tijolo a tijolo novamente.
E esse processo é muito difícil, mas acho também a experiência mais bonita que uma pessoa possa vivenciar.
Toda reforma, é para fazer melhoras e, algumas coisas, por não poderem ser recuperadas, terão de ser substituídas."

Marla de Queiroz


Faço das tuas palavras, as minhas...
Eu sinto-me como se tivesse dado um salto e, não tivesse conseguido chegar à outra margem.
A queda foi tão alta, sem rede, que me estatelei toda no chão.
Mas, depois do choro e da perda de forças, resolvi sacudir a poeira e começar a subir a montanha...não consegui fazer o salto...mas, estou a escalar a montanha, metro a metro...
O Pico da Montanha me espera!
O Pico da Montanha está onde estão os meus pés!
Hoje sei que, o importante é a subida, e não tanto o chegar ao  Pico...
Grandes lições se aprendem nesta dura escalada.
Mas, agradeço a mim própria, todos os dias, por ter tomado a decisão de ir pelo Caminho mais difícil...
Graças a essa decisão de coragem, hoje não sou mais a mesma...a velha Susana morreu...uma nova renasceu!

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