Deveremos tomar consciência
de algo muito simples, na sua essência:
a real vida humana move-se pelo desejo
e essa é a condição com que
a inspiração Divina
se recria em nós e através de nós…
Desejo de realização…
Desejo de amor…
Desejo de alegria…
Desejo de inspiração espiritual…
Desejo de conhecimento…
Desejo de saúde…
Desejo de abundância…
Desejo de equilíbrio…
Ora bem, isto é a energia que cria a força vital da energia dentro do ser humano... assim se expande fora do espaço - tempo, se move, se recria …
Na sua essência, esta energia é a luz que devemos despertar; ela é apenas uma energia pura, uma força infindável, e se a aceitarmos genuinamente, sairemos do condenável, errado, impuro…
Para voltarmos a viver a nossa condição original deveremos aceitar que, independentemente da maneira como a possamos definir, todos os objectos dos nossos desejos são na verdade apenas diferentes formas de plenitude, e todas as diferentes formas de plenitude são LUZ… e Luz é energia que no homem se move pela consciência…
Então, temos como condição original da Energia Divina,
o Desejo de Dar e Receber…
O conceito de dar, compartilhar, requer o consentimento de duas partes, mas se não enfrentarmos o medo de não receber, a descrença que está no holograma da era de peixes que assombra a terra e cada ser humano, iremos cada vez mais ou nos isolar, ou tentar manipular para obter…
Nós próprios criamos a realidade da descrença, que para obter o que desejamos, temos que controlar algo em nós, lutamos contra os nossos desejos, a fonte de inspiração da energia na forma humana… porque somos muito espirituais e temos que purificar os nossos desejos, ou seja deixar de ter energia que produz vida, vitalidade, pois só assim um dia teremos…
Esta tem sido a grande ilusão que vivemos há séculos, através desta ilusão criamos realidades castradoras, manipuladoras, sobreviventes, formas doentias de vivermos, vampíricas para obter…
Voltamos agora à realidade do nosso momento, vamos aprender que tudo o que desejamos está certo, mas que para isso deveremos contactar com o que está a mover os nossos desejos, e nada melhor do que estarmos em relação com o outro para sentirmos onde estamos a usar formas manipulativas para obter…
Onde deixámos de acreditar que nascemos para receber de uma forma natural, que não precisamos fazer jogos, onde o ego de adapta, ajusta, controla, para receber…
A vida é esta dança mágica de dar e receber, mas como dizem os ingleses, IT TAKES TWO TO DANCE THE TANGO…
Quero dizer com esta analogia que, para vivenciarmos esta condição natural, realizar os nossos desejos, temos que estar em verdadeira conexão com o outro, aprender a sensibilidade pela libertação do ego sofrido, magoado, que já nem sente o outro, que só reage ao instinto sobrevivente de obter, ou então já desistiu mesmo, deixou de acreditar e entregou-se ao isolamento, à tristeza, à nostálgica depressão pisciana…
A linguagem new age tem contribuído bastante para a continuação desta obrigação de anular o fluxo natural da energia, a fonte divina que se move no Ser Humano, o desejo …
Ao contrariamos o fluxo continuamos a lutar para obter, até chegar ao dia que nos rendemos por exaustão e perdemos a vontade até de ter, perdemos a vitalidade, pois estivemos a lutar contra a condição natural que produz alegria, realização, saúde … criamos formas manipulativas, sobreviventes de obter e nada… vem a desistência, a solidão, a descrença, já não temos vontade de nada…
A morte antecipada do amor, energia geradora de vida…
Ora bem, este próximo ano irá ser o renascer da fé que para realizarmos os nossos desejos, fonte geradora de energia vida, temos que aprender muito sobre nós através do outro…
Ninguém evolui sozinho, mas existe um medo inconsciente no ser humano de não receber e criou-se uma ilusão que deveria contrariar o seu desejo, ou então para concretizá-lo deveria jogar bem para obter…
Muito bem, estão preparados para o grande Tango???
Observem esta analogia, para dançar o tango, o par tem que olhar olhos nos olhos, sentir a fusão dos movimentos e entrar em harmonia una a dois…
Olhos nos olhos… total transparência a nos revelarmos ao outro, sem esquemas, entrega sem medo, só assim dançamos na vida …
Fusão dos corpos em movimento em harmonia e fusão… essa entrega genuína de quem somos tem que ser vivida por ambas as partes, senão dessincronizam-se e desarmonizam a dança…
Não exigir nada, dar genuinamente, sem planos para obter, pois receber já não está em causa, já não duvidamos e por isso voltamos ao fluxo natural…
Vamos aprender a reconhecer os pares que estão prontos para dançar, entregar-se genuinamente, sem jogos…
Vamos aprender a reconhecer em nós a fonte saudável de ter vontade de dar, mas genuinamente, sem ser uma forma manipuladora de obter…
Shall we dance???
Ruth Fairfield
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