quinta-feira, 14 de abril de 2016
A Vontade
Acostumamo-nos à presença das coisas e atribuímos-lhes lugar vitalício, para que não nos falte a referência caso nos sintamos perdidos, mas no mar imenso por onde navegamos, a referência é a vontade…é ela que faz surgir ilhas no meio de nada, desenha horizontes mais prestes a acontecer.
Quando há vontade, mais do que meio está conseguido, porque essa energia faz-nos sorrir para o produto acabado antes dele se manifestar. Já o imaginamos, já o sentimos, já é tão certo para nós que nem pensamos em dúvidas. Esse é o poder que temos de manifestar! Não só pomos a nossa energia no campo das possibilidades como entramos lá e tocamos o imanifestado.
As crianças têm essa capacidade incólume, uma vez que nunca lhes ocorre sequer que as coisas não sejam assim e só pela interferência da falta de confiança dos adultos, é que começam a perdê-la.
Essa vontade não pode ser superficial; ela tem de ser tão viva quanto nós mesmos, plena de ânimo e completamente certa que o objectivo já está alcançado. E a certeza vem do coração, onde não há mácula, discórdias e medos. Fomos sendo impedidos de materializar pelas frases que fomos ouvindo, fazendo-nos crer que não podemos ter o que queremos mas nunca explicando o porquê.
A capacidade de materializar, aliada a outras capacidades que vamos começar a despertar, tiveram de ser diminuídas devido à falta de consciência que perdurava pela humanidade. Tal como a dinamite nas mãos de uma criança pode ser usado sem entender as consequências, também a raça humana tem de reaprender a ser consciente dos seus actos, gestos, palavras e movimentos.
Se neste momento pudéssemos todos voltar a ter a capacidade de controlar a materialidade das coisas, seria uma catástrofe, porque ainda há muitos de nós que não pesariam as consequências dos seus feitos e acabariam por interferir na vida dos outros, na organização das coisas, na complexa rede da existência.
Não significa que não possamos desenvolver essa e outras capacidades que nos são inerentes, apesar de adormecidas, significa sim é que temos de passar por muita tentativa e erro, até apaziguarmos essa necessidade de ser “dono” de tudo.
Devagar iremos acordar capacidades em nós que já estavam profundamente esquecidas, porém, teremos de mostrar respeito pela vida, verdadeiro amor ao próximo e consciência da conexão de tudo. Por sermos tão protegidos é que, por mais de uma vez, abusámos do nosso poder e pusemos em risco o plano da humanidade e o próprio planeta e isso não será mais permitido.
Cabe-nos agora mostrar que somos dignos de confiança, que aprendemos a amar a existência de tudo e que somos os protectores de Gaia. Só assim nos serão concedidas, de novo, as nossas capacidades de materializar, de influenciar o campo mórfico, usar o som de um modo que está há muito esquecido…e outras.
Mas é necessário saber que o poder nunca pode ser sobre ninguém, contra ninguém ou para influenciar quem quer que seja, não só porque nós somos o outro, mas porque pelo Amor desenvolvido pela vida, nunca mais nos passará pela cabeça (e muito menos, pelo coração) fazê-lo.
As nossas diferenças harmonizam-se para dar forma a um todo perfeito e na perfeição, um dia saberemos dizer em uníssono “que se faça a Luz”…..e a Luz far-se-á, bela e resplandecente de vida.
Até lá, vamos trabalhando com consciência.
Alexandre Viegas
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