quinta-feira, 16 de julho de 2015

Maria Lucia Fattorelli - Resultados Auditoria da Dívida Grega




Apresentação do capítulo 4 do Relatório Preliminar da Auditoria da Dívida Grega, que trata dos mecanismos que permitiram a troca de papéis podres por títulos soberanos em favor dos bancos e em prejuízo do povo e do Estado grego.
Parlamento Helénico - Atenas - 17/06/15


Ou seja, a Grécia desde 2010 recebeu biliões de euros em papéis que nada valem, e agora tem de pagar em moeda corrente. Sou eu que sou muito burra, ou isto é uma forma descarada de fazer lavagem de dinheiro e engordar os bancos privados?
A Alemanha e a Inglaterra, através dos seus bancos, livram-se dos papéis sem qualquer valor nos mercados, usam-nos para criarem dívida, para agora exigirem receber em moeda corrente.
Engraçado que, a Inglaterra agora recusa-se a ajudar a financiar a Grécia, e a Alemanha defendeu a todo o custo a saída da Grécia da UE...

Mas, como são esses bancos privados internacionais que financiam a media mundial, os jornalistas dizem-nos aquilo que eles querem que o povo saiba...

Este Sistema está podre!!
A pressão realizada pelos credores europeus para que a Grécia aceitasse o acordo para um resgate financeiro foi, na verdade, uma tentativa de impedir que se conheçam as origens “ilegais e ilegítimas” da dívida, uma vez que isso provocaria “uma revolução no sistema financeiro mundial”.
A tragédia da Grécia esconde o segredo dos bancos privados. Ela poderia colocar a nu as estratégias utilizadas para salvar bancos e colocar em risco toda a zona do euro, toda a Europa.

No mesmo dia em que foi criado, em 2010, o plano de suporte à Grécia, a Comissão Europeia criou uma empresa privada em Luxemburgo, uma SA chamada EFSF(Fundo Europeu de Estabilização financeira) e os países europeus tornaram-se sócios da mesma, colocando garantias na ordem de 440 bilhões de euros, e que um ano depois chegaram à soma de 800 bilhões.
A empresa, serviu para “fazer o repasse de papéis podres dos bancos para os países, utilizando o sistema da dívida”.
Paralelamente, também no mesmo dia, o Banco Central Europeu anuncia um programa de compra de papéis no mercado para ajudar bancos privados:
Isto é um escândalo. É ilegal, mas é colocado como se isso tivesse sido feito para salvar a Grécia.
Deveria ser considerado um empréstimo aos bancos privados, não uma dívida pública da Grécia.

A Grécia poderia ter denunciado tudo isto publicamente, todos estes empréstimos ilegais,e não o fez, cedeu à chantagem, baixou as calças e agora continua tudo na mesma...
Todos nós gostaríamos que a Grécia reagisse agora diante desta camisa de força do euro, desse poder dado ao Banco Central Europeu, das instituições acima dos países e toda esta situação financeira de dependência.

Todos os países onde entrou a TROIKA, perderam a sua soberania já em maio de 2010, quando foi assinado o primeiro pacote de resgate e a Troika (conjunto de credores gregos formado por FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) passou a mandar.
É uma perda clara de soberania para nós que fomos vítimas da Troika!

A lei vigente sobre esses acordos ilegais estabelecidos pela Troika é a lei inglesa, e não a lei dos países em questão!
Se a Grécia tiver que ir a algum tribunal, ficará submetida ou ao tribunal de Luxemburgo ou ao de Londres.
Isto é um abuso!!!!

Syriza, chegou ao poder sem financiamento privado, não chegou lá atrelado aos interesses dos financiadores.
Por isso era ele que poderia por a merda no ventilador e por tudo isto a nu!!!
O acordo feito por Tsipras não era o único possível:
Eles poderiam criar uma moeda paralela temporária — solução apontada por economistas famosos, inclusive — até resolver a situação.
Se adoptassem isso, fariam um bem a toda a humanidade.
Mas prosseguir com este modelo suicida não tem futuro.
Para nenhum de nós que está nas mãos da Troika...não falo só da Grécia...

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