sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Constelações
Na astronomia moderna, uma constelação é uma área internacionalmente definida da esfera celeste. Essas áreas são agrupadas em torno de asterismos, padrões formados por estrelas importantes, aparentemente próximas umas das outras no céu noturno terrestre.
Há 88 constelações reconhecidas pela União Astronômica Internacional (UAI) desde 1922. A maioria delas inclui-se nas 48 constelações definidas por Ptolomeu em seu Almagesto, no século II; as outras foram definidas nos séculos XVII e XVIII, sendo que as mais recentes se encontram no céu meridional, definidas por Nicolas Louis de Lacaille em Coelum australe stelliferum (1763).
Existem também numerosas constelações históricas não reconhecidas pela UAI, bem como constelações reconhecidas em tradições regionais da astronomia ou astrologia, como a chinesa, a hindu ou a aborígine australiana.
O termo do latim tardio constellātiō pode ser traduzido como "conjunto de estrelas".
O sentido moderno do termo usado na astronomia refere-se às constelações mais como segmentos semelhantes a grades na esfera celeste, enquanto o termo para padrão de estrelas é asterismo.
Por exemplo, o asterismo conhecido como Grande Carro corresponde às sete estrelas mais brilhantes da maior constelação da UAI, que é a Ursa Major.
A actual lista de 88 constelações reconhecida pela UAI desde 1922 baseia-se nas 48 relacionadas por Ptolomeu no seu Almagesto, no século II.
Os mais antigos catálogos de estrelas e constelações são da antiga astronomia babilônica, iniciando-se na Idade do Bronze média. Os numerosos nomes sumérios nesses catálogos sugerem que eles se baseiam em antigas, mas não atestadas, tradições sumérias da Idade do Bronze inicial. O zodíaco clássico é produto de uma revisão do antigo sistema babilônico na posterior astronomia neo-babilônica (século VI a.C.).
As constelações em torno do Polo Sul não eram observáveis ao norte do equador, por babilônicos, gregos, chineses ou árabes.
As constelações modernas nesta região foram definidas durante a era dos descobrimentos, principalmente pelos navegadores holandeses, no fim do século XVI.
Das 88 constelações, 36 situam-se predominantemente no céu setentrional e as outras 52 predominantemente no meridional.
Devido à precessão dos equinócios, os limites em um mapa estelar moderno, como da época J2000, já estão um tanto distorcidos e não são mais perfeitamente verticais ou horizontais.
Este efeito vai aumentar nos próximos anos e séculos.
Asterismos
As estrelas dos principais asterismos dentro de uma constelação geralmente recebem letras gregas em ordem do seu brilho, pela chamada designação de Bayer, introduzida por Johann Bayer em 1603. Um total de 1.564 estrelas são identificadas assim, das aproximadamente 10.000 estrelas que são visíveis a olho nu.
As estrelas mais brilhantes, geralmente aquelas que compõem o asterismo epônimo da constelação, também receberam nomes próprios, frequentemente vindos do árabe.
Por exemplo, o "Pequeno Carro", asterismo da constelação Ursa Minor, tem dez estrelas com designações de Bayer, que vão de α UMi a π UMi.
Dessas dez estrelas, sete têm um nome próprio:
Polaris (α UMi),
Kochab (β UMi),
Pherkad (γ UMi),
Yildun (δ UMi),
Urodelus (ε UMi),
Ahfa al Farkadain (ζ UMi) e
Anwar al Farkadain (η UMi).
Constelações de nuvem escura
Regiões escuras da Via Láctea são mais visíveis e surpreendentes no hemisfério sul que no norte. Elas se destacam nitidamente quando as condições da noite são tão escuras que a região central da Via Láctea lança sombras no chão.
Algumas culturas distinguiram formas nessas áreas e deram nomes a essas "constelações de nuvem escura".
Membros da Civilização Inca identificaram várias áreas escuras ou nebulosas escuras na Via Láctea como animais e associaram sua aparição com chuvas sazonais.
A astronomia aborígine australiana também descreve constelações de nuvem escura, a mais famosa sendo a "ema no céu", cuja cabeça é formada pela nebulosa do Saco de Carvão.
A "Ema no céu", uma constelação definida por nuvens escuras em vez de estrelas.
Uma interpretação ocidental reconhece Crux (o Cruzeiro do Sul) acima da cabeça da ema e Scorpius à esquerda.
A cabeça da ema é a nebulosa do Saco de Carvão(A Nebulosa do Saco de Carvão,ou simplesmente Saco de Carvão. É uma nebulosa escura na constelação de Crux. É facilmente visível a olho nu como uma mancha escura no céu.)
Uma nebulosa escura é uma grande nuvem molecular, as quais se apresentam como regiões pobres em estrelas onde a poeira do meio interestelar parece estar concentradas.
Nebulosas escuras podem ser vistas quando elas obscurecem parte de uma nebulosa de reflexão ou uma emissão (por exemplo a Nebulosa Cabeça de Cavalo) ou se elas bloqueiam estrelas de fundo (por exemplo a Nebulosa do Saco de Carvão).
As maiores nebulosas escuras são visíveis a olho nu, elas aparecem como caminhos escuros contra o fundo brilhante da Via Láctea.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário