sexta-feira, 20 de junho de 2014

Porque usas uma camisola com a cara de Che? Sabes quem realmente foi?


Hoje na rua, cruzei-me com um rapaz que usava uma camisola com a cara do Che...
E, enquanto esperávamos que o semáforo passasse para verde, perguntei-lhe:
Porque usas essa camisola com a cara do Che?
Sabes quem ele realmente foi?

O rapaz disse que era o seu ídolo, porque defendeu a igualdade e a liberdade.
Eu comecei-me a rir (com todo o respeito...mas deu-me vontade de rir... as pessoas idolatrarem alguém desta maneira, manipuladas por uma esquerda extremista carente de líderes...)

É impressionante a quantidade de pessoas que se vêm na rua com a cara do Che estampada na roupa, bonés, bikinis, etc...mas o que é isto???
O pessoal não lê, não se informa?
Isto deixa-me perplexa, a sério...
Têm a cabeça para quê? Não pensam? Não questionam?

Ainda pensei em lhe falar sobre Che Guevara, quem realmente foi...mas depois pensei:
Para quê? Nem vale a pena...
É como a Madre Teresa de Calcutá...falar para quê?
Quando as pessoas criam os seus ídolos, quebrar o que eles tanto idolatram é como uma ofensa pessoal. As pessoas querem mesmo é acreditar, sem por em questão as suas muletas.

Já li vários livros sobre a vida de Che, com relatos de testemunhas que conviveram e privaram directamente com ele.
Transformado ao longo dos anos numa espécie de “Jesus Cristo revolucionário” graças aos esforços incansáveis da esquerda mundial, o argentino Ernesto Guevara é objecto de um autêntico culto à sua personalidade em todo o mundo.
Entretanto, o cubano-americano Humberto Fontova( um dos testemunhos que mais me impressionou pela forma como fundamentou tudo o que disse) deixa claro que, embora Guevara seja um inegável sucesso de marketing político e comercial – com a sua imagem estampada por tudo quanto é lado, desde camisolas para bebes, biquíni vestido pela supermodelo Gisele Bundchen – na vida real pode ser considerado um fracasso.

O argentino, muito longe do homem perfeito idealizado pela mitologia esquerdista, era uma pessoa ressentida, vingativa, incompetente e responsável directo pelo assassinato de centenas de pessoas absolutamente inocentes de qualquer tipo de crime.

Vindo de uma desestruturada família burguesa argentina simpatizante do comunismo, Guevara seria considerado, sob qualquer aspecto, um vagabundo, um andarilho perdido no mundo. Seu envolvimento com exilados cubanos no México após uma passagem pela Guatemala acabou levando-o para aventuras em Cuba, no seio do movimento armado contra o ditador Fulgêncio Batista.

A luta contra Batista é um capítulo à parte, que revela muito do modus operandi de Guevara e Fidel Castro. Diferente do senso comum, segundo o qual Batista foi derrotado por uma série de intensas batalhas movidas por guerrilheiros audaciosos, o que menos houve na derrocada de Batista foi luta armada. Castro operava, sobretudo, no terreno da propaganda, angariando dinheiro em grande quantidade, especialmente das elites cubanas, cansadas do regime de Batista, e as simpatias internacionais, em particular nos Estados Unidos, através da mídia que se encarregou de forjar a imagem de valorosos revolucionários para Fidel Castro e Che Guevara – que, aliás, nessa época era apenas mais um entre vários colaboradores da revolução.

O regime de Batista caiu principalmente pela corrupção de suas forças, que aceitavam dinheiro de Fidel Castro para retirar-se sem luta, cansaço das elites cubanas e dos americanos em tolerar os métodos de Batista, e, em especial, a crença em que Castro e seus homens eram realmente democratas e honestos em seus objectivos.

Após a vitória na luta contra Batista, em pouco tempo a verdadeira face do regime revelou-se: violência, assassinatos, tortura e prisões. E Guevara teve papel fundamental nisso.
Neste ponto, Fontova faz uma clara distinção entre Castro e Guevara.
Enquanto Fidel Castro era muito mais hábil, utilizando a violência como meio para atingir um fim, Guevara parecia ver na brutalidade e assassinatos um fim em si mesmo. 
Guevara acreditava que a “violência revolucionária” – leia-se, a morte sem piedade de todos os inimigos, reais ou imaginários – era a melhor forma de controlar o poder. 
Assim, desde o início, Guevara ligou-se ao aparato repressivo do bloco soviético, transportando seus métodos para o cenário cubano.

A "revolução" cubana foi feita com dinheiro americano e os "revolucionários" foram todos filhotes da Burguesia, assim como Castro é filho de Latifundiário e Guevara filho de família burguesa desestruturada! 
Castro esteve no poder até há bem pouco tempo, sustentado pela Maçonaria Americana e Latinoamericana , isto porque Castro deixou a Maçonaria livre em Cuba!

Talvez o mais chocante para os fãs de Guevara que por ventura lerem o relato de Fontova, seja a imensa distância sobre o significado que lhe é atribuído – um ícone da liberdade e igualdade – e a sua real figura.
Assim, um homem que é cultuado por líderes de minorias raciais, hippies, alternativos e jovens, tinha, na verdade, uma mentalidade racista, patriarcal, despótica e arrogante, desprezando negros, jovens, “cabeludos”, música – enfim, tudo aquilo que, dizem as esquerdas e desinformados em geral, Guevara simbolizaria.

Humberto Fontova mostra como essas e muitas outras incoerências foram e ainda são resultado do verdadeiro caso de amor que existe entre os meios intelectual e midiáticos, especialmente o norte-americano, e a ditadura de Fidel Castro, citando por exemplo o jornal New York Times, que repetiu com Castro exactamente o que já tinha feito, na década de 1930, encobrindo os crimes do regime de Stalin.

Um dos maiores biógrafos “chapa-branca” de Guevara citado várias vezes por Fontova, o mexicano Jorge Castãneda, antigo esquerdista radical há alguns anos convertido ao socialismo light de cunho social-democrata actualmente predominante na política latino-americana e nos EUA, esteve envolvido num episódio no mínimo curioso.
Convidado para um evento na Venezuela, promovido pela oposição ao ditador Hugo Chávez, Castãneda criticou o facto de que “Chavez estava tentando criar outra Cuba” na América Latina.
Para quem dedicou grande parte de sua vida a bajular o tirano Castro e vassalos do ditador como Guevara, esta é uma reviravolta e tanto.

A imensa incompetência de Guevara à frente do ministério da economia destruiu a infraestrutura cubana, desorganizando até hoje um dos países mais prósperos das Américas, levando o caos e a miséria a uma população cristã e orgulhosa, favorecendo a sua submissão ao projecto de poder totalitário ambicionado por Fidel Castro. 
A este respeito, o Fontova mostra com números e informações detalhadas como Cuba era económica e socialmente antes da chegada ao poder de Castro e Guevara, e como ficou depois.

Ele revela episódios pouco conhecidos, como o envolvimento de Guevara numa série de atentados terroristas frustrados nos EUA, logo após a chegada ao poder em Cuba, época em que os americanos ainda tinham ilusões quanto aos objectivos de Fidel Castro; o real significado da Crise dos Mísseis – que funcionou como um “sinal verde” para Castro impor seu regime totalitário a Cuba, já que teve a garantia dos EUA de que sua ditadura não seria incomodada –; a chamada “invasão da Baía dos Porcos” e a dura repressão contra a revolta popular mantida durante metade da década de 1960 pela população rural cubana contra o regime de Fidel Castro, como reacção à colectivização forçada.

As aventuras externas de Guevara, primeiro no Congo e depois na Bolívia, em missões militares permeadas de muita retórica revolucionária vazia e nenhuma competência até mesmo para assuntos práticos elementares (como, por exemplo, ler uma bússola para não se perder na selva), resultaram primeiro no descrédito de Guevara como um líder revolucionário viável, após o fracasso no Congo, e, depois, com a sua morte na Bolívia, encerrando assim a sua vida e carreira de revolucionário que se pretendia genial.
Curioso notar que tanto no Congo quanto na Bolívia, Guevara foi confrontado por forças das quais faziam parte cubanos que haviam deixado o seu país após o início dos desmandos do "Che" e Castro, e que demonstraram muito mais competência militar do que Guevara, cuja tão falada habilidade táctica e estratégica se encontra guardada junto com os seus outros méritos, ou seja, na propaganda.

O senso comum que transformou um homem medíocre num Deus no templo da ideologia comunista.

O documentário “Guevara, Anatomia de um mito”, com imagens e depoimentos sobre Ernesto Guevara desde os seus tempos de desocupado na Guatemala até à sua morte na Bolívia, complementam de forma muito eficiente e sóbria o trabalho de Fontova.

Só não vê quem não quer...


p.s.- Lembrei-me agora:
Já alguém viu o filme,"Revolução dos Bichos"?
É um excelente filme.
Baseado no livro de George Orwell.
Foi baseado numa crítica à URSS... e os personagens são inspirados em figuras reais, "Napoleão" é retratado como a figura de Stálin, enquanto que o "Rabicho" se espelha em Trótsky.
O livro foi escrito depois do 20º Congresso, onde Gorbachev denuncia os "crimes de Stálin"...

Mikhail Bakunin (pensador anarquista russo), dizia que o governo socialista que Marx propôs iria transformar-se na pior das ditaduras, afinal, o poder corrompe qualquer um e foi o que aconteceu!

O comunismo mata rápido; o capitalismo, mata aos poucos !

O comunismo estagna qualquer sociedade por não ser um regime politico-económico que dê ao povo, individualidade de agir e fazer, e o capitalismo por outro lado, dá a liberdade de agir e fazer, mas inibe e disfarça as consequências e os efeitos das causas da acção, criando crises uma maior que a outra, até que a sociedade entre em colapso total por consumir todos os recursos naturais, levando ao esgotamento das matérias - primas.

Grandes civilizações como a romana surgiram, cresceram, e se desenvolveram, chegaram ao seu apogeu e entraram em declínio, não só por factores políticos que as levaram ao seu colapso, mas também, porque consumiam muito os recursos naturais que dispunham na sua região, sendo obrigados a expandirem-se cada vez mais em busca desses mesmos recursos, para suprimirem as suas necessidades.

Outras civilizações como a Maia e a Asteca sofreram deste mesmo problema, porque devido à necessidade de mais recursos minerais e florestais, os impérios iam cada vez mais longe para suprir as suas necessidades, originando não só crises politicas, como também económicas, que abalavam e abalaram todos os impérios durante a história.

Os EUA e os seus aliados ocidentais, são a prova mais contundente que temos hoje em dia.
As reservas de petróleo do Texas já não são mais suficientes para suprirem as suas necessidades internas  e para exportarem para os seus aliados.
Precisam das suas guerras para irem buscar cada vez mais longe o tão valioso ouro negro que mantém a civilização deles em pé, até quando, não sei, mas os efeitos e as crises acentuam-se. Novas tecnologias ainda são coisas de um futuro distante.
O petróleo é que mantém a civilização em que vivemos hoje.

Entretanto, milhões e milhões de inocentes morrem...

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