domingo, 8 de junho de 2014

....o Novo


Com o velho, a pessoa é eficiente, com o novo ela é inapta. Com o velho você sabe o que fazer, com o novo você vai ter que aprender do abc. Com o novo, você começa a se sentir ignorante. Com o velho você tem conhecimento, você fez algo repetidas vezes, você pode fazê-lo mecanicamente, você não necessita estar “acordado”. Com o novo, você precisará estar alerta, desperto, de outra forma, algo pode ir errado.

Você já observou isso? Quando você aprende a conduzir você está tão alerta. Quando você já aprendeu, você passa a conduzir sem perceber. Você canta uma música, escuta o rádio, conversa com um amigo, ou pensa em mil e uma coisas, e o conduzir continua, “roboticamente” – você não é mais necessário. O velho se torna mecânico, habitual. Eis porque junto do novo vem o medo. Eis porque as crianças são aptas ao aprendizado. É muito difícil ensinar novos truques a um velho cachorro. Ele vai repetir os velhos truques de novo e de novo e de novo….Esses truques ele conhece.

Quem deveria se meter em tamanho incomodo? Está se tornando muito perigoso, eis porque as pessoas adoptam o velho. Mas se você vive com o velho, você não vive de todo, você vive somente para o seu nome.

Apenas com o novo há vida.

Apenas com o novo “é” vida. A vida tem que ser fresca. Permaneça um aprendiz, nunca se torne um conhecedor. Permaneça aberto, nunca se torne fechado. Permaneça ignorante, vá em frente, jogando fora o conhecimento que acumula – automaticamente, naturalmente.
Cada dia, cada momento, livre a si próprio de tudo o que você aprendeu, e de novo, se torne uma criança. Tornar-se inocente como uma criança é o caminho para se viver e para se viver abundantemente.

OSHO
Tao, The Pathless Path, vol. 1

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