quarta-feira, 2 de abril de 2014
Abandonados
“Quer queiramos quer não, todo aquele que nos abandona é porque é suposto não ficar mais connosco.
Todavia, uma partida não representa necessariamente um final.
Bem pelo contrário.
Uma partida pode muito bem ser um recomeço, o início de algo novo que nos vai permitir de conhecer novas verdades. Sempre que alguém sai da nossa vida, deixa de cada vez algo connosco, mas também nos tira sempre alguma coisa.
Na verdade, sempre que alguém sai da nossa vida, nunca mais ficamos iguais.
A mudança que acontece em nós permite-nos no entanto descobrir e aceitar um novo sentido na vida, da mesma forma que a sua negação pode realçar em nós a frustração e a dor próprias de um abandono.
Alguém me disse um dia que toda a mudança só tem sentido se nos tiver ensinado a deixar partir em paz aqueles que nos abandonaram e nos tiver feito compreender que já nenhum deles vai mais alguma vez conseguir mudar-nos.
Quem mo disse, não podia estar mais certo.
Contudo, permitam-me acrescentar que, se não conseguirmos perdoá-los, arriscamo-nos a nunca entender a razão pela qual fomos abandonados.”
José Micard Teixeira
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