sábado, 16 de fevereiro de 2013

Kahlil Gibran on Love






When love beckons to you, follow him,
Though his ways are hard and steep.
And when his wings enfold you yield to him,
Though the sword hidden among his pinions may wound you.
And when he speaks to you believe in him,
Though his voice may shatter your dreams
as the north wind lays waste the garden.

For even as love crowns you so shall he crucify you. Even as he is for your growth so is he for your pruning.
Even as he ascends to your height and caresses your tenderest branches that quiver in the sun,
So shall he descend to your roots and shake them in their clinging to the earth.

Like sheaves of corn he gathers you unto himself.
He threshes you to make you naked.
He sifts you to free you from your husks.
He grinds you to whiteness.
He kneads you until you are pliant;
And then he assigns you to his sacred fire, that you may become sacred bread for God's sacred feast.

All these things shall love do unto you that you may know the secrets of your heart, and in that knowledge become a fragment of Life's heart.

But if in your fear you would seek only love's peace and love's pleasure,
Then it is better for you that you cover your nakedness and pass out of love's threshing-floor,
Into the seasonless world where you shall laugh, but not all of your laughter, and weep, but not all of your tears.
Love gives naught but itself and takes naught but from itself.
Love possesses not nor would it be possessed;
For love is sufficient unto love.

When you love you should not say, "God is in my heart," but rather, "I am in the heart of God."
And think not you can direct the course of love, for love, if it finds you worthy, directs your course.

Love has no other desire but to fulfill itself.
But if you love and must needs have desires, let these be your desires:
To melt and be like a running brook that sings its melody to the night.
To know the pain of too much tenderness.
To be wounded by your own understanding of love;
And to bleed willingly and joyfully.
To wake at dawn with a winged heart and give thanks for another day of loving;
To rest at the noon hour and meditate love's ecstasy;
To return home at eventide with gratitude;
And then to sleep with a prayer for the beloved in your heart and a song of praise upon your lips.





Tradução:

Então, Almitra disse:

‘Fala-nos do amor’

“Quando o amor vos acenar, segui-o, embora seus caminhos sejam árduos e íngremes.

E quando suas asas vos envolverem, entregai-vos; Embora a espada oculta em sua plumagem possa ferir-vos.

E quando ele voz falar, acreditai nele; Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento do norte devasta o jardim.

Pois ainda que o amor vos possa coroar, ele também vos pode crucificar. Ainda eu seja para vosso crescimento, também contribui para podar-vos.

Ainda que se eleve á vossa copa e acaricie vossos ramos mais tenros que tremulam ao sol, também desce até vossas raízes e as desprende da terra.

Qual feixe de milho, acolhe-vos em seu seio. Ele vos debulha a fim de expor vossa nudez. Ele vos destitui da palha com seu crivo. Ele vos tritura até atingirdes a brancura. Ele vos amassa até eu estejais prontos; E então vos submete ao seu fogo sagrado, para que vos transformeis no puríssimo pão do banquete divino.

Todas essas coisas o amor fará por vós a fim de que vos torneis sabedores dos segredos de vossos corações, e que, imbuídos desse saber, vos transformeis num fragmento do coração da Vida.

Mas se, por receio, desejais buscar somente a paz e o gozo do amor, É melhor cobrir vossa nudez, e abandonai a eira do amor, Para que possais entrar no mundo sem estações, onde podereis rir, mas não todo o vosso riso, e chorar, mas não todo o vosso pranto.

O amor dá de si apenas, e nada recebe senão de si próprio.

O amor não possui nem quer ser possuído;

Pois o amor ao amor se basta.

Quando amardes, não deveríeis dizer: ‘Deus está em meu coração’, mas sim: ‘eu estou no coração de Deus.’

E não pensai que seríeis capazes de determinar seu curso, pois o amor, se considerar-vos dignos, direcionar-vos-á.

O amor não tem outro desejo senão o de atingir sua plenitude.

Mas se amardes e necessitardes ter desejos, que sejam estes:

O de vos tornardes a corrente de um riacho a entoar seu canto para a noite;

O de conhecerdes a dor de tanta ternura;

O de serdes feridos por vossa própria compreensão do amor;

E sangrardes de bom grado e alegremente;

O de despertardes ao alvorecer com o coração alado e agradecerdes por mais um dia de amor;

O de repousardes ao meio-dia e meditardes sobre o êxtase do amor;

O de retornardes a casa ao anoitecer, plenos de gratidão;

E então adormecerdes com uma oração para o bem-amado em vossos corações e uma cantiga de louvor em vossos lábios.”



Khalil Gibran





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